“Receitas relacionadas com as apostas desportivas” | Relvado

“Receitas relacionadas com as apostas desportivas”

Bruno de Carvalho, candidato à presidência do Sporting, responde aos leitores do RELVADO. Fala do fi
 

Entrevista a Bruno de Carvalho, 4.ª parte

RELVADO: Quais as fontes de receitas que podem encontrar para o clube, exceptuando o naming do estádio, uma vez que o Sporting não tem praticamente património e já recebeu o dinheiros das receitas televisivas e publicitárias até 2018? (Prozac)
BRUNO DE CARVALHO: Novas fontes de receitas que procuraremos desenvolver: receitas relacionadas com as apostas desportivas que terão necessariamente de ser concessionadas a entidades privadas, a exemplo do que se passa já em Espanha, e que conduzem a um aumento da comparticipação directa aos clubes e a um aumento dos sponsors; aumento dos projectos de desenvolvimento de academias como a do Sporting, numa perspectiva de internacionalização; eventual alargamento da área de formação (incluindo formação de nível superior com parceiros como universidades e escolas de gestão), associada à academia e ao reconhecimento internacional do Sporting como escola de formação de alto nível, inclusive ligado ao desporto escolar. Estas e outras terão de ser alvo de análise e acreditamos que existe um imenso potencial no que o Sporting Clube de Portugal tem para oferecer.

R: Que papel assumirá o Sporting neste clima de tensão que se vive actualmente entre Benfica e FC Porto? (artenigma)
BC: Não é nada que nos diga respeito.

R: Qual vai ser a atitude institucional do clube perante os órgãos da Federação, Liga e Arbitragem? (JASS)
BC: Vai ser uma atitude de presença activa que garanta a equidade de tratamento destas instituições para com todos os stakeholders que perfazem o negocio do futebol.  Sem transparência e percepção de transparência não há negocio do futebol.  É das áreas onde o clube tem estado de forma dramática menos activo.

R: Pretende baixar os preços dos bilhetes, visto que, desde há uns anos, parece que se prefere ter 15 mil a pagar 20 euros do que 35 mil a pagar 10 euros? (killer kowalski)
BC: A política de pricing do Sporting não é mais nem menos do que a gestão do clube noutras matérias e configura uma total falta de sensibilidade em relação à actual situação económica do país, não reflectindo nem objectivos desportivos nem económicos. Uma política de estádio cheio assente na devolução do elemento sonho ao adepto comum cujos pilares sejam os de uma equipa competitiva deve ter uma estratégia de pricing adequada.

R: Pode prometer aos sócios que o clube vai deter sempre o controle sobre pelo menos 50% da SAD, ou é apologista de modelos mais arriscados, tipo Chelsea e outros? (Prozac)
BC: Posso prometer que comigo o clube irá sempre deter 50% mais 1 da SAD

R: Acha inevitável que uma administração seja quase refém do futebol, secundarizando as outras modalidades? É uma lei do mercado que não se pode inverter? (kiko5575)
BC: Penso que neste momento é muito difícil e não só em Portugal.  O Sporting é um clube ecléctico e o ecletismo permanecerá uma das nossas bandeiras mas não sejamos ingénuos.  O futebol é a mola real do clube e o barómetro do desempenho de qualquer administração.  Em Inglaterra os clubes são clubes de futebol.  As pessoas referem-se coloquialmente ao MUFC, Manchester United Football Club.  O nosso modelo é diferente mas o futebol tem a mesma importância, curiosamente.

R: Acha viável o regresso ao clube de modalidades já extintas como o Voleibol, o Ciclismo e o Basquetebol? Admite que essas modalidades surjam com secções autónomas em funcionamento fora de Lisboa, o mesmo se aplicando às actuais modalidades, ou seja, que a secção de futsal funcione em Leiria, por exemplo? (JASS)
BC: As modalidades de pavilhão ficarão claramente concentradas próximo do Alvalade XXI permitindo uma afluência de público entre o pavilhão e o estádio, como aliás sempre aconteceu no nosso clube.

Sporting:

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