Empurrão do árbitro e Hulk em grande (crónica)

O FC Porto venceu em casa o Gil Vicente por 3-1, no jogo que abriu a segunda jornada do campeonato. Os dragões assumem a liderança isolada à condição e se a Académica e o Vitória de Setúbal não ganharem os seus encontros nesta ronda, o dragão assume a liderança isolada.

Comecemos pelas coisas boas desta noite quente no Dragão: 43 mil espetadores no estádio; os habituais lances espetaculares de Hulk, que voltou a encantar com jogadas fabulosas em que meteu o "turbo" e marcou um golo que merece ser visto e revisto; um Gil Vicente muito organizado e com jogadores de classe, nos quais sobressaem João Vilela e Hugo Vieira, entre outros.

Agora o lado mau deste jogo: o dedo do árbitro Rui Silva, com nítido prejuízo para o Gil Vicente, que já tinha tido razões de queixa no jogo da primeira jornada (o primeiro golo do Benfica foi fora-de-jogo). Logo no primeiro minuto, Sapunaru teve uma perda de bola incrível a meio-campo para Hugo Vieira. O extremo só foi travado em falta por Otamendi, já na área. Penálti indiscutível, mas quando se pensava que o árbitro Rui Silva iria expulsar o central argentino - o gilista ia completamente isolado para a baliza de Helton- exibiu apenas o amarelo.

João Vilela não tremeu na marca dos 11 metros e colocou os gilistas em vantagem. Mas Rui Silva não permitiu que os visitantes ficassem felizes durante muito tempo, ao ver um 'penálti-fantasma' de João Vilela sobre Hulk. O próprio Hulk encarregou-se da marcação da falta, com sucesso.

Aos 16 minutos, o FC Porto operava a reviravolta, com belo cabeceamento de Sapunaru, a desviar canto de Hulk.

O Gil Vicente não se foi abaixo e continuou a jogar olhos nos olhos com o FC Porto. Aos 17 minutos, André Cunha e Hugo Vieira não marcaram por acaso.

Até ao intervalo, o FC Porto viveu apenas dos remates de longe de Guarín e de algumas arrancadas de Hulk. Era pouco e o resultado no descanso era injusto para o Gil Vicente.

E o árbitro Rui Silva cometia asneiras atrás de asneiras, marcando faltas ao contrário, num autêntico chorrilho em que prejudicou as duas equipas. Mas os dois erros mais graves, já referidos anteriormente, foram contra o Gil Vicente...

Hulk resolve à bomba!

Hulk acabou com o jogo aos 50 minutos. E à "bomba"! Um golão, de livre, sem hipóteses para o guarda-redes visitante. E de facto, o 'Incrível' acabou literalmente com a partida. Os visitantes baixaram os braços e o encontro passou a decorrer numa toada morna, com os azuis e brancos a dominarem sem sobressaltos.

Hulk, sempre ele, colocava em pânico a defesa do Gil e até houve oportunidade para Vítor Pereira dar uma chance a Djalma, que entrou para o lugar de Varela. Beluschi também entrou (rendeu Guarín) e Walter também teve alguns minutos para jogar. Ainda deu para falhar um golo incrível, acertando meio na bola, meio na atmosfera.

O Gil Vicente manteve sempre uma postura digna, mas não conseguia criar perigo junto da baliza de Helton. E nestes últimos minutos, o 4-1 esteve mais perto do que o 3-2.