Villarreal vs FC Porto: quem deve jogar de início?

Dia D para o futebol português, que pode carimbar uma presença a 100 por cento na final. O Villarreal tem a última palavra, mas também tem quatro golos de desvantagem perante uma equipa que, nos últimos tempos, só sabe golear. E que contra por triunfos todos os jogos fora na Liga Europa até este derradeiro passo para Dublin, onde se joga o troféu a 18 de Maio.

A missão afigura-se quase impossível para um submarino que quase foi ao fundo no Dragão, há uma semana. Mas antes disso, é certo, também foi capaz de meter respeito à nau portuense. O suficiente para que o comandante da armada portista queira “manter a identidade” e a filosofia de jogo que tão bons resultados deu na primeira-mão. E para que acredite que “uma catástrofe é possível”.

Nilmar, figura do ataque da turma espanhola, e Juan Carlos Garrido, o treinador, mantêm a esperança de marcar presença na capital irlandesa, argumentando que o FC Porto só foi mais forte na segunda parte do jogo no Dragão e apenas a partir da grande penalidade convertida por Falcao, que suscitou dúvidas.

O que é certo é que a esse golo do colombiano seguiram-se mais quatro, o que coloca os azuis-e-brancos quase com os dois pés na segunda partida mais desejada da Europa. E Juan Carlos Garrido pode esperar um adversário a atravessar um grande momento de forma, capaz de feitos épicos e de exibições brilhantes.

Leva 14 jogos consecutivos a vencer, para as várias competições: às duas vitórias históricas na Luz some-se duas goleadas ao Spartak de Moscovo, mais uma ao V. Setúbal, com as segundas escolhas, e ainda
uma vitória caseira frente ao Sporting. Isto, sem contar com os cinco tiros certeiros no submarino, claro.

Tridente de ataque amarelo e FC Porto habitual

Ora, se a fórmula para bater este FC Porto está ainda por descobrir, Juan Carlos Garrido acredita que a solução é montar uma estratégia de pendor claramente ofensivo. Por isso, André Villas-Boas pode esperar um trio de ataque de respeito, com os habituais Rossi e Nilmar a terem a companhia do ponta-de-lança habitualmente suplente, Marco Rúben, no “onze” inicial.

Marcos Senna, outra figura de proa da turma espanhola, está novamente disponível, após ausência por lesão.

Quanto aos dragões, adivinham-se regressos depois da poupança em Setúbal, com a provável exceção de João Moutinho. O camisola 8 é indispensável mas, em risco de suspensão e com quatro golos de vantagem, o mais seguro é não arriscar. O ex-leão deverá, por isso, ficar no banco, mantendo-se Rúben Micael entre as primeiras escolhas.

Mas engane-se quem pense que o FC Porto viajou descansado. André Villas-Boas já passou a mensagem por diversas vezes: é contra a euforia e a favor da concentração máxima. E, claro, a favor do tão apregoado estilo de jogo que lhe valeu o título de campeão nacional. Sem “medidas defensivas”. E sem medo do ambiente em Vila-Real.

O objetivo é ganhar, respeitando a “crença” do adversário numa reviravolta improvável. Uma coisa é certa. Ou melhor, duas. O Villarreal está ferido de morte, ou quase. E o FC Porto vive, de facto, dias de glória. Tudo se conjuga para um(a) final feliz. E em português. Toca a abater o submarino!

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