Sporting-Belenenses: em holandês se escreve zege* (crónica) | Relvado

Sporting-Belenenses: em holandês se escreve zege* (crónica)

Foi um triunfo suado, aquele que o Sporting conseguiu frente ao Belenenses. Mas acabou por justificá
 
Sporting-Belenenses (05/12/11): Schaars faz o 2-0
Lusa

Dois golos holandeses, apontados na segunda parte, colocaram o Sporting nos quartos-de-final da Taça de Portugal, onde vai defrontar o Marítimo. Mas o Belenenses de José Mota demonstrou, se dúvidas houvesse, que há bom futebol na Liga Orangina e obrigou os leões de Domingos Paciência a terem de correr mais do que estariam à espera para garantirem o apuramento. Mas no final, venceu o Sporting com naturalidade.

O Belenenses apresentou-se no estádio do único grande ainda em prova na competição com a lição muitíssimo bem estudada. José Mota, experiente, não inventou e apostou numa estratégia de contra-ataque puro, com uma defesa reforçada e um meio-campo que recuava em bloco sempre que o Sporting tinha a posse da bola. Quando os homens de Alvalade falhavam um passe em zona proibida, o que na primeira parte aconteceu com frequência, os visitantes aproveitavam para lançar os homens da frente, com destaque para Camará, que ganhou mais lances do que perdeu com Insúa.

O Sporting foi-se deixando cair na armadilha gizada por José Mota. A frente de ataque, constituída por van Wolfswinkel, no centro, e Capel e Bojinov nos flancos, esbarrava na muralha contrária. O meio-campo denotava pouca velocidade e ainda menos criatividade. Contam-se pelos dedos de uma mão as jogadas bem delineadas pelos homens da casa no primeiro tempo. Dois remates de Schaars – o mais esclarecido esta noite – aos 12 e 13 minutos não tiveram sequência na meia-hora seguinte.

Pelo contrário, o Belenenses colecionou oportunidades de golo. Aos 15 minutos, Sidnei deu o mote, ao fazer a bola passar perto da baliza de Rui Patrício. Aos 25, foi Rodrigo Nascimento a desperdiçar um contra-ataque, com três homens do Belenenses para dois do Sporting; quatro minutos depois, Sidnei esteve novamente perto de festejar; e aos 32 Rodrigo errou o alvo por muito pouco.

Ralhete ao intervalo resultou

Domingos Paciência tinha motivos para ralhar com os seus jogadores ao intervalo. Um deles já não voltou: Bojinov, que pouco ou nada fez, deu o seu lugar a Carrillo.

A segunda parte começou como a primeira tinha acabado. Os primeiros a causarem perigo foram os de azul: Camará ganhou outra vez a Insúa e rematou por cima. Mas foi o Sporting a marcar logo a seguir. Jogada rapidíssima e exemplar de contra-ataque, entre Carriço, Capel e Insúa, para o argentino cruzar de forma perfeita. Van Wolfswinkel, como de costume no sítio certo, não falhou.

Estava feito o mais difícil. O Sporting acordou, o Belenenses abriu espaços e o cariz do jogo passou a ser outro. Capel meteu a bola na baliza, a passe de trivela de Carrillo, mas não contou (estava adiantado por milímetros).

Camará, aos 61 minutos, ainda tentou o empate, mas caiu na área sem falta e viu o amarelo. E os holandeses do Sporting resolveram em definitivo o assunto dois minutos depois: Schaars tocou para van Wolfswinkel, que devolveu ao compatriota para este fazer o 2-0. Mais simples e eficaz era impossível.

Até final, referência apenas para mais alguns minutos dados por Domingos a André Martins, e pela aposta em Santiago Arias. No Belenenses, notou-se um remate de Maranhão, quase no fim.

* zege é vitória em holandês

Sporting:

Comentários [2]

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domingos

tire lá a sua paciencia mas o bojinov não merece que lhe dê mais um minuto que seja , é jogador profissinal á 15 anos já passou por clubes bons de mais par ser um bloco no campo quem não dá na inglaetrra não dá em lado algum ~desculpe mas é a verdade chega

Resultado pesado...

..para o Belenenses.José Mota mostra mais uma vez,que tem condições de primeira liga.

Ricky é um grande avançado.