Sporting: Caicedo apto para a Champions

Venci per noi Independentemente da equipa quer jogar, só peço que dêem tudo...e que alcalcem um resultado que nos permita discutir a eliminatória em Florença! FORÇA SPORTING!!!

Artur Agostinho: De bradar aos céus! Felizmente não sou apenas eu a "dar na cabeça" - permitam-me a expressão - de um dos mais importantes cidadãos do mundo da bola. É desse mesmo que estou a falar. Do sr. Joseph Blatter, dono e senhor todo-poderoso do futebol do planeta Terra. O homem que conseguiu que o bispo auxiliar de Lisboa - esse, sim, cidadão culto, inteligente e respeitável - lhe tivesse dedicado um oportuno artigo de opinião, publicado recentemente no "Correio da Manhã". Talvez muita gente se tenha surpreendido pelo facto de um ilustre dignitário da Igreja ter decidido intervir de forma tão profunda e objetiva sobre matéria tão terra-a-terra como o futebol. A verdade é que a incrível atitude (mais uma!) do presidente da FIFA, sempre preocupado em manter uma imagem de "Deus Super Omnia" é, realmente de... bradar aos céus! Não admira, pois, que um bispo, lúcido, moderno e humanista como D. Carlos Azevedo, tenha reagido pronta e frontalmente a tão ridículo despautério. Tudo começou por força de um protesto, enviado à FIFA pelo presidente da Associação Dinamarquesa de Futebol, reclamando contra a forma como foram festejados alguns golos na final da Taça das Confederações. E não se pense que nessas celebrações houve atitudes impróprias ou gestos obscenos. Nada disso! Apenas gestos de agradecimento a Deus, por quem tem o direito de n'Ele acreditar, e que não visavam ofender fosse quem fosse. Surpreendentemente, o presidente da FIFA deu o ámen à "indignação" (!) do presidente da associação dinamarquesa e os jogadores mais exuberantes foram advertidos. Mas Blatter foi mais longe e prometeu vetar toda e qualquer "manifestação religiosa" no próximo Mundial da África do Sul. O sr. bispo auxiliar de Lisboa diz - e muito bem - que "colocar limites à festa de um golo só parece razoável por razões éticas, se der lugar a gestos ofensivos". E acrescenta que "não molesta ninguém que alguns jogadores exprimam a sua fé num gesto de ação de graças a quem consideram o centro das suas vidas". Nunca vi quem quer que fosse ofender-se com o facto de alguns jogadores se benzerem quando entram em campo ou erguerem as mãos aos céus depois de marcarem um golo decisivo. Nem mesmo os ateus confessos alguma vez reclamaram de gestos semelhantes tão habituais num guarda-redes que defende um penálti como no avançado que marca um golo. A televisão tem mostrado, inclusivamente, alguns futebolistas em oração, nos momentos que antecedem o apito inicial. A Fé não persegue nem incomoda ninguém. Mesmo quem a não tem. Chama-se a isso tolerância - sentimento que, pelos vistos, o presidente da FIFA desconhece. Melhor seria que o sr. Blatter se preocupasse com o que continua a denegrir a imagem do futebol - violência, atropelos à verdade desportiva, corrupção, "sistemas" obscuros criados para servir de forma ilícita o futebol-negócio, tráfico de influências, segurança nos estádios, apostas clandestinas, "compra" de resultados e, por aí fora! Mas tudo isso é de somenos importância para quem, como exemplo acabado de um narcisismo sem limites, só sabe olhar para o seu próprio umbigo. Autor: ARTUR AGOSTINHO Data: Segunda-Feira, 17 Agosto de 2009 - 20:36 in Record online P.S: ACREDITA LEÃO!!! SPORTING, O CLUBE DE PORTUGAL!!!