Soares Franco nega que Sporting tenha recebido dinheiro da transferência de João Pinto | Relvado

Soares Franco nega que Sporting tenha recebido dinheiro da transferência de João Pinto

 


Soares Franco nega que Sporting tenha recebido dinheiro da transferência de João Pinto
O presidente do Sporting, Felipe Soares Franco, declarou hoje que nem o clube ou algum dirigente a ele ligado recebeu qualquer verba no âmbito da contratação do antigo futebolista João Vieira Pinto para Alvalade, na época de 2000/2001.




O também presidente da SAD "leonina" falava no Tribunal Criminal de Lisboa na qualidade de representante legal da acusação particular (clube e sociedade anónima) movida contra José Veiga por crime de ofensa a pessoa colectiva e difamação com base em declarações proferidas pelo empresário, entre Novembro de 2006 e Fevereiro de 2007, nas quais remeteu para o Sporting esclarecimentos acerca do paradeiro de dinheiros daquele negócio.

O dinheiro pago pela contratação do jogador «não foi para ninguém do Sporting nem para nenhuma conta do Sporting, de certeza absoluta», assegurou Soares Franco, ao ser interpelado pela acusação, na primeira sessão do julgamento à qual José Veiga não compareceu por estar ausente em serviço no estrangeiro, tendo por isso sido condenado pelo tribunal ao pagamento de uma coima.

Soares Franco manteve ao longo de toda a sua intervenção em tribunal a «convicção de que José Veiga tentou sempre denegrir o Sporting e os seus dirigentes» e que «não tem absolutamente quaisquer dúvidas» de que o empresário, ao remeter para o clube e os seus dirigentes esclarecimentos sobre aquele negócio «sabia do impacto que as mesmas teriam» para a opinião pública e o bom nome de «uma instituição centenária e com o estatuto de utilidade pública».

«O Sporting sabe muito bem para onde foi o dinheiro (em cheque e transferências), está tudo documentado e ele (José Veiga) também sabe», disse. Aliás, o responsável do clube reiterou durante o seu depoimento que o Sporting gostaria que este julgamento fosse adiado até que terminassem as investigações em curso relativas àquele negócio dirigidas pelo Ministério Público e com a participação da Polícia Judiciária. A juíza Ana Marisa Arnedo, invocando questões formais e processuais, indeferiu um pedido de suspensão do julgamento apresentado pela acusação, através do advogado Rui Patrício, no qual requeria que se aguardasse o fim do inquérito em curso sobre esta matéria.

O advogado de defesa de José Veiga, Pedro Garcia Correia, questionou Soares Franco sobre os fundamentos que o levaram a concluir pela difamação e ofensa nas declarações do seu constituinte, tendo o presidente do Sporting aludido ao «tom e à insinuação que se dá às frases» para justificar a ausência de qualquer dúvida acerca da gravidade das palavras dirigidas pelo empresário contra o «bom nome e a honorabilidade» do clube e dos seus dirigentes.

O antigo administrador do clube Carlos Freitas, testemunha arrolada pela acusação e também pela defesa, sustentou perante o tribunal que as palavras de José Veiga - designadamnte «perguntem aos dirigentes do Sporting onde está o dinheiro» - tiveram, em sua opinião, dois objectivos: «defender-se e lançar a suspeita sobre o Sporting e os seus dirigentes».

Carlos Freitas, que esteve em Alvalade durante cerca de nove anos (onde exerceu vários cargos) enalteceu ainda a «conduta do clube em matéria de cumprimento das suas obrigações, quer fiscais, quer legais» para concluir que os dirigentes do clube, para si, «são 100 por cento credíveis». Disse ainda que, à época da contratação de João Pinto (Verão de 2000), era assessor da administração e que, na véspera de o atleta anunciar que era um jogador livre (rescindiu amigavelmente com o Benfica) recebeu um telefonema de José Veiga a prepará-lo para «uma surpresa no mercado» que iria acontecer no dia seguinte.

Questionado pela defesa se tinha conhecimento de José Veiga ser o empresário de João Vieira Pinto, Carlos Freitas disse desconhecer se havia um documento escrito a provar essa relação, mas afirmou que Jorge Gomes e Jorge Baidek, que trabalhavam para a Superfut, propriedade do empresário, acompanharam toda a negociação entre o clube e o jogador até à assinatura do contrato.

Declarou ainda que o valor do contrato rondava (em escudos) os dois milhões de contos (cerca de 10 milhões de euros) repartidos por 500 mil contos/ano (2,5 milhões de euros) entre salários e prémio de assinatura e que o paradeiro do dinheiro que está a ser investigado pelas autoridades não foi nem para o Sporting nem para qualquer dirigente do clube.

No final da primeira sessão ficou também decidido que as testemunhas apresentadas pela acusação e que foram também arroladas nessa qualidade pelo advogado de José Veiga poderão voltar a ser ouvidas pelo tribunal a pedido da defesa, que não prescindiu desse direito. A próxima sessão - continuação de audição das testemunhas - está agendada para o próximo dia 25, seguindo-se mais duas: a 03 e a 24 de Abril.

Lusa

Sporting:

Comentários [5]

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Espero que tenha a certeza!

Mas caso se confirme o contrário, então é actuar! O Sporting não pode pactuar com este tipo de comportamentos e muito menos refugiar-se nalgum argumento folclórico do "futebol vale tudo"! Saudações Leoninas

Isto e muito facil!

Entre o Sporting e o vigarista do Jose Veiga,sera facil ver quem e culpado....o Veiga para o calaboico! Saudacoes desPortistas.

Re: Isto e muito facil!

deve ser que vai fazer companhia aquele presidente que foi apanhado a corromper arbtiros...

Re: Isto e muito facil!

Decidir entre o Veiga e eu é que já seria mais complicado. Mas ainda assim, acho que sei quem iria para o calabouço...

O dinheiro

ganhou pernas e fugiu e só por má fé é que ninguém vê que foi isso que aconteceu!