Por vezes, há que dar a mão à palmatória!

Há bem pouco tempo tive oportunidade de tecer aqui no Relvado alguns considerandos sobre o atual momento da equipa do SCP, ao pronunciar-me negativamente sobre a sua gestão desportiva, referindo-me a algumas contratações discutíveis, Elias e Carrillo, à venda surpreendente de alguns jogadores que eram titulares, Hélder Postiga e Djaló, e por fim, atendendo ao anterior ponto onde as coisas se encontravam, pondo mesmo em causa o lugar do SCP como um dos três grandes do futebol português.

Só que no futebol o que sempre conta é a simples e velha questão de as bolas entrarem ou não, independentemente da forma como se conseguiu tal desiderato, e depois de ver o último Sporting-V. Setúbal, fiquei com a sensação de que afinal para os lados de Alvalade a situação tende a melhorar consideravelmente, embora no futebol nunca se possa embandeirar em arco, e mesmo tendo em conta que o Setúbal foi a Alvalade jogar o jogo pelo jogo, apostando na surpresa do momento.

É nestas coisas que o futebol nos está sempre a surpreender pela sua imprevisibilidade, fazendo desta fantástica modalidade que é amada pelo mundo inteiro, um turbilhão de paixões clubistas, mesmo que por vezes doentias, de sentimentos encolerizados, podendo mesmo pôr em perigo alguns adeptos mais fervorosos e desprotegidos, e por último, dando a possibilidade a quem como eu se precipitou ao fazer análises de circunstância, a se retratar e a pedir as devidas desculpas a quem se sentiu ofendido por razões próprias, e também pelo historial do clube leonino.

Ctadeu.