Eleições no Sporting - a emenda pior que o soneto

Temos assistido a grande destaque dado a estas eleições no Sporting, foram debates, entrevistas e reportagens sobre as mesmas, havia um denominador comum às mesmas, União!

Cada candidato com o seu trunfo futubolistico, com a sua equipa bem formada com ou sem fundo, desde o inicio se adivinhou um duelo a 2.... Godinho Lopes e Bruno Carvalho adiantaram-se à concorrencia e a disputa está para durar.

Definitivamente Godinho Lopes não é o presidente de muitos sportinguistas, não há união e o clube (apoiantes) desuniu-se. O volte face nas eleições e no vencedor levou a atitudes menos próprias fruto de quem, às 6 da manhã, viu o seu vencedor ser vencido....

Estas eleições (para mim pelo menos) leva nos a pensar na "democracia" de haver sócios com 1 voto e outros com 25 votos, quem teve mais pessoas a apoiá-lo e a votar nele não venceu. Não é justo....

Para contornar isto e evitar "novos sócios" à pressa basta criar no regulamento de um sócio apenas poder ir votar com 1 ano de associativismo, é impossivel um clube mudar e se optar pela "juventude" com um sistema arcaico destes... Os mais velhos têm sempre (ou quase sempre) uma atitude mais conforme e menos rebelde em relação aos mais novos.

Por outro lado, haver 16.000 votantes num universo de 35.000 (numero muito baixo que merece dos sportinguistas alguma reflexão) parece me um rácio bastante bom. Podendo apenas votar em Alvalade isso impede/não cativa pessoas de outros lados do país a votar- outra injustiça.

Posto isto, e falando se por um lado de irregularidades, havendo também de certeza alguma ponta de frustração a falar de certeza, que futuro nos reserva esta presidência? O que nos reserva esta eleição?

Godinho Lopes - e parece me claro que o ponto forte de qualquer presidente são os resultados de futebol - tem até Setembro para mostrar serviço, é meio ano em que claramente não será o presidente de todos os Sportinguistas e andará sempre com a sombra das eleições a persegui-lo, só com resultados a vai atenuar, mas e até lá? Como poderá ele dirigir realmente o clube havendo uma falange de jovens que vão e marcam presença no estádio e não se pejam de mostrar o seu desconforto? Que soluções? Marcar uma segunda volta ou repetir as eleições? Penso que só se juridica e legitimamente realmente houver motivos se pode ir por este caminho... Afinal, houve também milhares de votantes em GL que talvez não o mereçam....

Dos 5 candidatos gostei da postura de Bruno Carvalho a apelar à calma, goste da eloquência de Dias Ferreira, não gostei do peddo de desculpas de Godinho Lopes a justificar algum excesso de linguagem nas eleições (acabou por dar razão a Bruno Carvalho neste ponto) , achei ridiculo (se for verdade) que Pedro Baltazar nem tenha mais aparecido em Alvalade depois de votar e gostei da postura de Abrantes Mendes (foi oposição mas não fugiu com o rabo à seringa).

Enfim, que resulta para o Sporting destas eleições além de divisão e desconfiança?