Os Cinco Violinos | Relvado

Os Cinco Violinos

 

O artigo destaca a «imaginação sem limites, a improvisação constante, um instinto natural para o golo» dos cinco violinos. De Jesus Correia escreve-se que era «o mais especial de todos», nomeadamente por conciliar o amor pelo futebol e pelo hóquei em patins.Sobre Albano constata-se que «é considerado um dos melhores futebolistas» da história de Portugal, enquanto de Peyroteo se nota que foi elevado à categoria de «lenda». Relativamente a Travassos elogia-se-lhe a velocidade e de Vasques afiança-se que muitos o recordam por ter marcado um golo com a mão que ajudou o Sporting a ganhar o título em 1958.Digam de vossa justiça sobre este artigo lançado no jornal AS?polo

Sporting:

Comentários [56]

Seleccione a sua forma preferida de visualização de comentários e clique "Guardar configuração" para activar as suas alterações.

Uma geração de elite!

A equipa dos cinco violinos foi para o Sporting a sua grande fonte de novos adeptos ainda que tenha aparecido num tempo de escassa exposição mediática, sem televisões nem outros meios poderosos de Comunicação Social, porque, na altura era muito ganhadora e estava bastante acima dos adversários! Fizeram história no futebol português e não serão esquecidos! Interessante é entender porque é que o As os foi buscar agora!

Sei que é polémico...

...mas sempre achei que os violinos apesar de serem muito superiores aos adversários em Portugal, em termos de futebol internacional não eram nada de especial. Senão vejamos, que grandes campanhas fez a selecção nacional com eles em campo? Quantas Taças Latinas (penso que era a unica prova internacional de clubes que havia na altura)eles conquistaram? Tudo o que conquistaram foi cá no burgo. Posso estar muito enganado, mas a ideia que tenho é que o Sporting era o mais profissional em terra de um futebol bastante amador, e isso fez com que fossem super dominadores. Fica a nota que desde a década dos violinos (anos 50) que o Sporting não consegue voltar a ter um periodo de dominio no futebol português, visto que, nunca mais conseguiu conquistar 2 campeonatos seguintes.

Re: Sei que é polémico...

1º-gostaria de emendar uma coisa em que eu errei que foi em relação à Taça Latina. È verdade que quando começou a Taça Latina os 5 violinos aimda estavam em acção,foram à final e perderam injustamente segundo as crónicas da altura com o Barcelona pela diferença minima. Transcrevo a seguir um artigo do falecido Carlos Miranda, que não era sportinguista, publicado em A Bola, jornal de que foi director, a 22 de Janeiro de 1994, e o qual guardei até hoje: “«Violinos» que tocaram cedo demais Nós, os que andamos há muito tempo nestas coisas do desporto, do futebol, não deixamos sempre de ficar um tanto estupefactos de as gentes de hoje não conhecerem aqueles que ainda agora são grandes ídolos para nós. Eusébio, por exemplo, é um caso de ontem, mas que ainda hoje continua vivo na memória de todos, mais que não seja por causa das evocações televisivas. E nós podemos ver aquelas grandes jogadas, aqueles golos imortais do benfiquista. Mas na nossa recordação ainda perduram jogadas, golos, exibições de grandes futebolistas, hoje perfeitamente desconhecidos. Já nem vamos falar no Pepe, que é uma figura do romanceiro do nosso futebol, como Cândido de Oliveira ou Jorge Vieira que continuaram nas lides jornalísticas ou clubísticas. Mas quem se recorda de jogadores como os sportinguistas Mourão, Soeiro e João Cruz? Quem ainda se lembra de ter vibrado com a energia dos benfiquistas Francisco Ferreira e Guilherme Espírito Santo? Entre os portistas, quem se lembra da classe do Pinga, do Carlos Pereira, do Araújo, de Guilhar? Quem cita os academistas Alberto Gomes e até mesmo Bentes? O elvense Patalino, o algarvio Grazina e tantos outros que encheram os nossos campos de futebol de grandes momentos de beleza? Passaram. Foram esquecidos. A confirmar que a glória não é eterna. E só os escolhidos pelos deuses ficam, para sempre, na memória das multidões. Atente-se no caso da Taça dos Campeões Europeus. Depois do Real Madrid, de Puskas e Kubala, o Benfica de Costa Pereira, Coluna e Águas foi a segunda grande equipa da prova. E, no entanto, no nosso parecer, outra grande equipa portuguesa só não arranjou uma notoriedade de lenda no futebol europeu... porque veio adiantada: o Sporting! Essa equipa tinha um quinteto avançado (antigamente as tácticas eram mais límpidas, as equipas apresentavam «1x2x3x5», com o guarda-redes quietinho nas balizas, dois defesas, três médios, com um deles a recuar para a marcação ao avançado-centro contrário, e cinco avançados - um desperdício e uma beleza...). O Sporting, por tradição, era a equipa das grandes linhas avançadas e uma delas teve a sua época de grande evidência: Mourão, Soeiro, Peyroteo, Pireza e Cruz. Este quinteto já era de ouro. Mas os jogadores foram envelhecendo, foram-se retirando... e chegou a altura em que só ficou Peyroteo, que foi recebendo novos companheiros. E o quinteto ficou famoso: Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travaços e Albano! Era uma linha avançada colossal, também apoiada por bons jogadores nas linhas da rectaguarda. Mas, ao nível das competições europeias, esta equipa sportinguista - cognominada como a dos «Cinco Violinos» - teve um pecado: chegou adiantada às competições, aparecendo dez anos antes do princípio das competições europeias, em 1955. Não fora isso e estamos certos de que o Sporting teria sido, durante três ou quatro anos, «Campeão Europeu». A velocidade do Necas (sim, esse mesmo, o que, em alternativa, era jogador de hóquei em patins do Paço de Arcos), toda a mestria artística de Vasques, o jeito «buldozzer» de Peyroteo, a classe de Travaços, o irrequietismo de Albano, fizeram daquele quinteto uma das coisas grandes do nosso futebol, que se impôs no período pós-guerra, e que mereceu de Tavares da Silva, que foi seu técnico e, também, um dos mais brilhantes críticos do futebol português, o epíteto de «Cinco Violinos». Como era ver jogar aquele Sporting? Talvez a melhor ideia fosse fornecida por um velho amigo nosso, amizade perdida no tempo, e que nos contava a sua especial maneira de ver futebol: - Quem vai ao futebol, por muito que se preocupe, é-lhe difícil ver o evoluir geral de uma equipa. Por isso, a maior parte das vezes os adeptos seguem os avançados, deliciam-se com os pormenores dos avançados. Eu, sei lá porquê, fui sempre de opinião contrária, gostava de estar aflito. Estar aflito e ver como as dificuldades se resolviam. Sempre gostei de ficar atrás da baliza do meu clube, o Benfica. Gostava de ver os outros virem por ali abaixo, com todo o sinal de perigo, e verificar como os defesas do meu clube resolviam as situações, anulavam essas iniciativas perigosas. Enfim, há quem goste de tudo. Mas tudo mudou com o aparecimento daquela linha avançada do Sporting. Tudo mudou ou tudo se complicou. Havia um estado de confusão que me assaltava. Eu estava na ideia de ver os do «meu» Benfica resolverem o assunto, o perigo das avançadas «leoninas». Mas começou a criar-se, em mim, um estado de espírito confuso: eu já não sabia se queria ter a alegria de ver os «meus» benfiquistas resolver as situações, se ansiava para que o belo jogo dos «leões» tivesse a concretização que merecia... Como referiu Carlos Pinhão, um dia, os «violinos» do Sporting entraram na história do futebol português e, por maioria de razão, na história do futebol do Sporting. Mas nunca é demais referir que foram os «violinos» que chegaram adiantados ao seu concerto. Tivessem nascido dez anos mais tarde e teriam sido muito capazes de ofuscar o brilho dos Puskas, Di Stefanos e Kopas. Foram «violinos» que tocaram cedo demais e, por isso mesmo, não puderam participar na grande apoteose do futebol do Velho Continente.” Vou agora recordar o onze-tipo do Sporting nesse período: - Azevedo: para muitos o melhor guarda-redes português de sempre, jogou no Sporting entre 1935 e 1952, conquistando 21 títulos. Foi 19 vezes internacional. Ficou conhecido pelo espírito de sacrifício, que o levou a jogar encontros decisivos com a clavícula partida (Benfica) e com o pé partido (Belenenses, final da Taça). O Sporting ganhou ambos e Azevedo esteve em grande. Memorável. - Álvaro Cardoso: formado nas escolas do V. Setúbal, era o defesa-direito e capitão de equipa. Jogou no Sporting entre 1938 e 1948 e ganhou 13 títulos. Jogou 13 vezes na selecção. Era bom tecnicamente e um verdadeiro líder, que se impunha aos colegas e aos dirigentes, se fosse preciso. - Manuel Marques: era o defesa-esquerdo. Jogava sempre com um lenço preso nos calções. Esteve no Sporting entre 1935 e 1951 e foi duas vezes à selecção. Ganhou 19 títulos ao todo. O complemento ideal para Cardoso. - Canário: era o médio-direito e só não era violino de nome. Jogou no Sporting entre 1938 e 1952, conquistando 16 títulos. Foi 10 vezes à selecção. Em caso de necessidade jogava no ataque e chegou a fazer 16 golos numa época. Mas foi no meio campo que se destacou, a criar jogo para os violinos tocarem. - Barrosa: jogava a defesa/médio central e era a alma da equipa. Esteve no Sporting entre 1940 e 1950 e não admitia jogar noutro clube. Ganhou 12 títulos e foi sete vezes à selecção. Tinha terminado a carreira em 49 e o clube pediu-lhe para jogar mais um ano. Aceitou, devolvendo ao clube todo o dinheiro que devia ter ganho nessa época. Sá Pinto, Beto, etc, amor à camisola? Deixem-me rir. - Veríssimo: jogou no clube entre 1941 e 1953 e ganhou 12 títulos. Era médio-esquerdo e o jogador menos vistoso da equipa. Por isso mesmo foi o único a nunca representar a selecção. Mas era útil e o primeiro a parar o jogo adversário. - Jesus Correia: jogou no Sporting entre 1943 e 1953 e podia ter ficado mais uns anos, mas, colocado entre a espada e a parede, decidiu-se pelo hóquei em patins. Venceu 11 títulos e foi 13 vezes internacional. Era extremo-direito e tirando Peyroteo era o menos habilidoso dos violinos, mas compensava com a velocidade, a força e a capacidade de cruzar e rematar. Marcou mais de 150 golos oficiais pelo Sporting. - Vasques: era o interior-direito e o mais artista dos violinos. Por isso chamavam-lhe Malhoa. Fazia o que queria com a bola, mas era também o mais irregular e o que mais desesperava os adeptos. Era alto e tinha bom jogo de cabeça e poder de remate e é ainda o segundo melhor marcador de sempre do Sporting no campeonato. Marcou mais de 220 golos oficiais. Jogou no Sporting entre 1946 e 1959 e venceu 11 títulos. Jogou 26 vezes pela selecção. - Peyroteo: é difícil encontrar palavras para o descrever. Não tinha muita habilidade, mas em termos de capacidade goleadora não houve como ele em Portugal, nem talvez no mundo. Marcou 330 golos em 197 jogos no campeonato. É o melhor goleador português de sempre no campeonato e o melhor do mundo a nível de média de golos, 1,68 por jogo. Inatingível. Marcou cerca de 530 golos oficiais pelo clube em 12 anos (de 1937 a 1949), ganhando 17 títulos. Podia ter jogado mais uns anos, mas era mais lucrativo acabar a carreira e receber a receita do jogo de homenagem do que renovar pelo Sporting. Pela selecção fez 20 jogos e marcou 15 golos, número óptimo numa altura em que Portugal ganhava a pouca gente. É uma lenda do futebol e merecia mais memória do que a que tem recebido. - Travassos: jogou no Sporting entre 1946 e 1959, tal como Vasques, conquistando 11 títulos. Fez pouco mais de 120 golos oficiais e era o menos concretizador dos violinos. Mas compensava e de que maneira. Era interior-esquerdo de nome, mas na verdade era o 10, o maestro da equipa. Jogava a um ritmo elevado, pelo que não custa a adivinhar que seria um craque absoluto hoje em dia. Foi o primeiro português a ser chamado para a selecção da Europa (daí a alcunha Zé da Europa) e com 35 jogos por Portugal foi durante alguns anos o mais internacional de sempre. Foi talvez o melhor jogador de sempre do Sporting. - Albano: era o extremo-esquerdo e o maior malabarista da equipa. Jogou no Sporting entre 1946 e 1953, ganhou 14 títulos e marcou mais de 150 golos oficiais. Foi 15 vezes à selecção. Baixo e rápido, dava cabo da cabeça aos defesas contrários. Num jogo em Inglaterra, diz a lenda, passou por baixo das pernas do seu marcador directo. A seguir o meu amigo diz o seguinte: Fica a nota que desde a década dos violinos (anos 50) que o Sporting não consegue voltar a ter um periodo de dominio no futebol português, visto que, nunca mais conseguiu conquistar 2 campeonatos seguintes. Outro erro meu amigo. Os 5 violinos só jogaram todos juntos entre as épocas de 46 a 49 ano que Peyroteo abandonou e,durante estes 3 anos,venceram só os 3.Depois continuaram juntos os outros 4 o que logo diz-nos que o famoso quinteto já tinha acabado e, o Sporting venceu ainda os campeonatos entre 50 e 54,por isso como vê aquilo que disse não corresponde à verdade. Cumps.

Re: Sei que é polémico...

Primeiro a selecção nacional nunca fez nada no tempo deles por duas razões. 1ª- Naquela altura não havia taças europeias assim como não havia ainda a taça latina e,poucas vezes,os jogadores portugueses tinham contacto internacional. 2º-A nivel de selecções os jogos também eram raros e temos pena que naquela altura Portugal não tivesse jogadores de nivel igual aos 5 violinos de forma a construir um selecção forma. Como é óbvio,5 jogadores não fazem uma equipa. ...mas sempre achei que os violinos apesar de serem muito superiores aos adversários em Portugal, em termos de futebol internacional não eram nada de especial. Meu amigo antes de dizer uma asneira destas veja 1º os resultados que o Sporting fez com equipas de renome estrangeiras e depois fale. Só para lhe avivar um pouco a memória,o Sporting foi a Madrid vencer e golear o Atlético Madrileno hoje de Madrid com 6 golos de Jesus Correia e,todos nós sabemos,o quanto estava mais avançado na altura o futebol Espanhol do que o Português. E se ainda tiver dúvidas,consulte na net sites e blogs que falam daquela altura e,todos eles,são unânimes em considerar o Sporting numa potência do futebol europeu na altura. Cumps.

Re: Sei que é polémico...

É a minha opinião. São questões que podem ser alvo de diversas opiniões. O meu comentário é todo assim, uma opinião. Apenas o facto dos violinos terem sido a unica vez que o Sporting dominou a sério o futebol português, é um facto. Por isso merecem ser respeitados, pelo menos em Portugal tiveram um dominiu incomparavel. Cumps,

Re: Sei que é polémico...

Amigo e eu respeito e muito a sua opinião agora não posso é concordar com ela porque no meu entender e pelo conhecimento que eu tenho através da leitura,comentários de pessoas de diversos clubes que tiveram a oportunidade que eu e muitos aqui no forum,não tivemos de ver actuar aquela equipa,a sua opinião foge muito do que foi a realidade. Mas volto a frisar que respeito a sua opinião. Cumps.

Re: Sei que é polémico...

E eu a sua ;) Cumps

Ó Polo!!

Não devias ter posto essa do golo com a mão. Agora cada vez que houver um erro de arbitragem contra o Sporting, vai haver um que vai dizer: HA pois! E em 1958 quando voces marcaram um golo com a mão e decidiu um campeonato ? :)

Re: Ó Polo!!

Porque não?Eu não falo só quando o meu clube é prejudicado.Para ter crédito para falar quando os outros são beneficiados também terei que reconhecer quando o meu é. Isto é a minha forma de estar com a qual podes não concordar,mas desde que eu me sinta bem com ela,não há nada nem ninguém que me faça mudar de estrategia. Mas quando disserem isto há sempre uma na manga para lhes dizer e avivar-lhes a memória. Não brinco em serviço.

Re: Ó Polo!!

hehehe É por pontos de vista como estes que eu me identifico contigo. Só faltam é umas jolas e uns tremoços para os discutir pessoalmente ;-)) Cumps

Re: Ó Polo!!

Qualquer dia amigo iremos ter oportunidade para isso. Deixa-me recuperar primeiro e depois passaremos acção. Cumps.

Isto de revisitar a História do MAIOR o SPORTING

CLUBE de PORTUGAL, dá para conhecer, outras opiniões de gente já desaparecida, como esta : A primeira versão dos Violinos era composta por ( Adolfo Mourão, Manuel Soeiro, João Cruz, Fernando Peyroteo e Pedro Pireza.) "Ficaram a perder em fama e mediatismo, ganhavam no conceito de Orquestra Genial." - Adolfo Albino Mourão, Extremo-Direito, ganhou 10 títulos Campeonato de Lisboa 3 Campeonatos Portugal 2 Campeonatos Nacionais e 1 Taça de Portugal, marcou 79 golos em 129 jogos. Passou o testemunho a Jesus Correia. - Manuel Soeiro Vasques, (Primeiro Rei dos Marcadores do Campeonato Nacional nos moldes actuais), Ponta-de-Lança, ganhou 3 Campeonatos de Portugal 1 Taça de Portugal. - Fernando Peyroteo já todos conhecem o perfil. - Quanto aos outros dois, João Cruz e Pedro Pireza, se conhecerem algo dos jogadores, acrescentem ao comentário. Jadscl

Re: Não esquecendo Azevedo

E lá atrás, se não me engano, o Azevedo.

Re: Não esquecendo Azevedo

Sim tens razão.

Cheguei do treino do Chavaleco e jantei, como

sempre apressadamente e fora de horas, véspera de fim-de-semana vamos ao Café a correr antes que encerre e regressar à base. Já arquivei os dados, do João Cruz e do Pedro Pireza. Agradecido Jadscl

Re: Isto de revisitar a História do MAIOR o SPORTING

João Pedro da Cruz Eu dou uma ajuda companheiro. João Pedro da Cruz. Extremo Esquerdo/Avançado. Nasceu a 31 de Outubro de 1915, em Évora. Faleceu a 7 de Julho de 1981, em Évora. Títulos no Sporting: 3 Campeonatos Nacionais (1940/41, 1943/44 e 1946/47), 2 Taças de Portugal (1940/41 e 1945/46), 1 Campeonato de Portugal (1937/38) e 8 Campeonatos de Lisboa (1936/37, 1937/38, 1938/39, 1940/41, 1941/42, 1942/43, 1944/45 e 1946/47). 10 Internacionalizações. João Cruz foi um fabuloso jogador que passou pelo Sporting durante 11 anos, conseguindo inúmeros títulos e sendo o 10º melhor marcador de sempre do clube. Era avançado, mas jogava a extremo esquerdo no habitual esquema da época de cinco avançados ao lado daqueles que os mais antigos garantem ter superado os Cinco Violinos: Adolfo Mourão, Manuel Soeiro, Fernando Peyroteo (que fez parte depois dos Cinco Violinos) e Pedro Pireza. Acabou por perder fulgor quando apareceu o Violino Albano e acabou a sua carreira aquando do aparecimento do Violino Manuel Vasques. Nascido em Évora, começou a carreira no Vitória de Setúbal e veio para o Sporting em 1936. Estreou-se na 1ª jornada do Campeonato de Lisboa, que viria a vencer, no jogo frente ao Carcavelinhos que acabou com um empate a 2 golos, com Soeiro a marcar os dois golos aos 35m e 88m. Sob o comando de Joseph Szabo, o Sporting alinhou nesse dia 11 de Outubro de 1936 com: Azevedo; António Serrano e Joaquim Serrano; Abelhinha, Henriques e Faustino; João Cruz, Pireza, Soeiro, Adolfo Mourão e Francisco Lopes. A sua estreia a marcar com a camisola leonina ocorreu uma semana depois na goleada que o Sporting infligiu ao Benfica por 5-0, no Campo das Amoreiras. João Cruz iria inaugurar o marcador aos 17m, sendo seguido por Soeiro aos 29m e 70, Pireza aos 77m e Faustino aos 88m. Na época seguinte, chegaria ao Sporting um senhor chamado Fernando Peyroteo e estava formado o primeiro grande quinteto atacante do Sporting com João Cruz, Fernando Peyroteo, Pedro Pireza, Adolfo Mourão e Manuel Soeiro. Os antigos garantem que este suplantou os Cinco Violinos, Peyroteo, Albano, Vasques, Jesus Correia e Travassos. João Cruz iria marcar 22 golos num total de 28 jogos disputados, ajudando à conquista de mais um Campeonato de Lisboa. João Cruz iria marcar sempre uma quantidade apreciável de golos ao longo da sua carreira de leão ao peito, sendo que o seu ano mais produtivo foi o de 1942/43, em que apontou um total de 25 golos em 30 jogos. Nesse ano, história com contornos de épico: num jogo contra o Benfica, o guarda-redes Azevedo lesiona-se aos 52m e João Cruz vai para a baliza. Não sofreu golos durante os restantes 38m do jogo! Começou a perder algum fulgor com a chegada de Albano e, após uma época em mal jogou, vê a chegada de Vasques cortar a sua presença na equipa. De facto, o seu último jogo com a camisola do Sporting data da época de 1946/47, no Campeonato da I Liga, na derrota por 3-1 em casa do Benfica. Foi no dia 8 de Junho de 1947, sob o comando de Robert Kelly, com o golo a ser marcado por Sidónio Silva aos 26m, sendo que o Sporting apresentou uma equipa de segunda linha: Manuel Reis; Ismael Borges e Juvenal Silva; Canário, Manuel Marques e Veríssimo Alves; Armando Ferreira, Luís Cordeiro, Sidónio Silva, António Marques e João Cruz. João Cruz, que faleceu em 1981, fica, assim, na história do Sporting ao ser o 10º melhor marcador de sempre com mais de uma centena de golos e por ser dos mais titulados. Contabilizou um total de 14 títulos e 10 Internacionalizações pela selecção portuguesa. É uma figura incontornável na história do Sporting Clube de Portugal! Carreira 1934/35: V. Setúbal 1935/36: V. Setúbal 1936/37: Sporting 1937/38: Sporting 1938/39: Sporting 1939/40: Sporting 1940/41: Sporting 1941/42: Sporting 1942/43: Sporting 1943/44: Sporting 1944/45: Sporting 1945/46: Sporting 1946/47: Sporting Carreira no Sporting* 1936/37: 14;5 / 7;2 / 10/2 1937/38: 13;7 / 5;3 / 10;12 1938/39: 13;6 / 6;1 / 8;6 1939/40: 17;10 / 4;3 / 10;4 1940/41: 13;5 / 7;4 / 10;11 1941/42: 21;12 / 3;1 / 10;12 1942/43: 17;15 / 3;1 / 10;9 1943/44: 16;3 / 2;- / 7;3 1944/45: 7;2 / 8;- / 8;1 1945/46: 12;- / -;- / 3;- 1946/47: 2;- / -;- / 1;- Pedro Pireza Posição: Extremo Direito Data Nascimento: 03/09/11 (falecido) Naturalidade: Barreiro Altura/Peso: - cm / - Kg Nacionalidade: Portuguesa Palmarés Títulos conquistados: 1 Campeonato Nacional (1940/41); 1 Taça de Portugal (1940/41); 2 Campeonatos de Portugal (1935/36 e 37/38); 7 Campeonatos de Lisboa (1935/36, 36/37, 37/38, 38/39, 40/41, 41/42 e 42/43). Internacionalizações: 2 Nasceu na zona histórica do Barreiro - N.ª Sr.ª do Rosário - em 1911. Aos 14 anos iniciou a sua actividade profissional nos caminhos-de-ferro como serralheiro e no Luso Futebol Clube como futebolista. Passou depois para o Futebol Clube Barreirense, ao serviço do qual, em 1930, ajudou a conquistar a Taça da Caridade. Ainda ao serviço do Barreirense fez parte da selecção B, num jogo disputado contra a selecção de Marrocos. Do Barreirense para o Sporting Ingressou no Sporting Clube de Portugal aos 22 anos, onde disputou 258 jogos, entre Campeonatos de Lisboa, Campeonatos da Liga, Campeonatos Nacionais, Reservas e Particulares. Tal como Adolfo Mourão - com quem fez uma das melhores linhas avançadas do Sporting CP, ao lado de Manuel Soeiro, Fernando Peyroteo e João Cruz - não era um avançado-centro, mas sim, um atleta utilizado mais recuado, sobretudo no lado direito, lugar que ocupou durante vários anos, até o ceder a Jesus Correia. Pireza foi mais um jogador da tal geração fantástica que antecedeu a lendária dos 5 violinos, actuava na direita e tinha na sua velocidade de finta e execução as suas maiores habilidades, servindo muitas e muitas vezes os avançados Peyroteo e Soeiro na perfeição. O avançado Pedro Pireza marcou pelo Sporting 119 vezes. Ainda nos «leões» foi convocado para a selecção A. Regresso ao Barreiro Em 1947 regressou ao Barreirense. Posteriormente, foi treinador em diversos clubes: em Beja, na Marinha Grande, na Guarda, em Sacavém e na Covilhã. Em 1987, a Câmara Municipal do Barreiro atribuiu-lhe o galardão «Barreiro Reconhecido» na área do Desporto. É uma das velhas glórias do desporto rei do Barreiro. Depois de passar pelo clube da terra, Pedro Pireza mudou-se para o Sporting onde efectuou um percurso brilhante.

Por vezes a PRESSA, não é PRESS, é má conselheira

Re: Isto de revisitar a História do MAIOR o SPORTING (polo, 2 pontos , hoje às 20:32) Cheguei do treino do Chavaleco e jantei, como (ChegueiCagueiEFui-me, 2 pontos , hoje às 22:54) sempre apressadamente e fora de horas, véspera de fim-de-semana vamos ao Café a correr antes que encerre e regressar à base. Já arquivei os dados, do João Cruz e do Pedro Pireza. Agradecido Jadscl

Estás perdoado ronny ;)

A justiça foi feita 50 anos depois!

Re: Estás perdoado ronny ;)

Esse ano (ano do golo com mao do ronny) o sporting foi roubado em muitos mas mesmo muitos jogos e so precisava de + 1 ponto para ser campeao acho que mesmo que por causa desse golo nao tenhamos sido campeoes pelo os outros jogos o deviamos ter sido pra alem de fizemos muito mais por o merecer do que o porto esta é apenas a opiniao do outro "Violino" :P

Vamos lá a dissecar, um a um os 5 VIOLINOS!!!

Foi, nessa altura que se denominou o sistema táctico de WM!!! - Albano Narciso Pereira, (O pequeno violino), extremo-esquerdo, apontou 252 golos em 443 jogos pelo Sporting, ganhou 8 Campeonatos Nacionais e 4 Taças Portugal. - António Jesus Correia, ( Desportista de dois amores Futebol/Hóquei Patins), extremo-direito, apontou 254 golos em 315 jogos pelo Sporting, ganhou 7 Campeonatos Nacionais e 3 Taças Portugal. Momento de glória, o Sporting jogou no Estádio Metropolitano, em Madrid, com o Atlético local, no âmbito de alguns jogos Internacionais que acentuaram a ideia comum aos adeptos Portugueses : a equipa Sportinguista, junta e em forma, era das melhores da Europa. Venceram os Leões por 6 a 3 e foi Jesus Correia que apontou os 6 golos. - Fernando Baptista Seixas Peyroteo, (Máquina de fazer golos), Avançado-Centro, apontou 693 golos ao longo da sua carreira, venceu 1 Campeonato de Portugal 5 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal. Entre todos os jogadores no Mundo que disputaram Campeonatos Nacionais continua a ter a melhor média de golos por jogo 1,68. "O mais notável de todos os avançados-centros de Portugal" dixit Cândido de Oliveira - José António Barreto Travassos, Médio-Centro (à altura não se denominava de Nº 10), apontou 182 golos em 454 jogos pelo Sporting, ganhou 8 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal. Este foi o nosso Zé da Europa, o primeiro Português nº 10 a ser convocado para uma Selecção Europeia. - Manuel Vasques, (Artista da Bola), Médio/Avançado, apontou 312 golos em 492 jogos, ganhou 8 Campeonatos Nacionais 2 Taças Portugal. "Malhoa lhe chamaram e ele gostava.Mereceu o apelido pela Arte que empregava em campo." Jadscl

Re: Vamos lá a dissecar, um a um os 5 VIOLINOS!!!

Muito bom, CCF. Fiquei a saber muito mais acerca dos 5 violinos. Cumps

Re: Vamos lá a dissecar, um a um os 5 VIOLINOS!!!

Grande comentário companheiro.Quem ainda não conhecia o B.I. dos 5 violinos,com este teu comentário ficou de certeza a conhecer. Brilhante,melhor é impossivel.

golo com a mão???

hummmmmmm...... :) qt ao artigo em si, acho excelente e denota o bom jornalismo. por cá , penso que estão um pouco esquecidos desta equipa pois já foi há 50 anos... muitos de nós nunca os viram... tb há de acontecer às outras equipas

Peyroteo...

Gostava de o ter visto jogar, um jogador que marca 331 golos em 187 jogos da Liga...bem não ha palavras para descrever isso... Segundo os dados oficiais no total da sua carreira marcou 529!!! Golos em 327 jogos. Pela selecção marcou 15 em 20 jogos, era um verdadeiro terror das balizas. Incrivel... não era um violino era uma orquestra inteira... Cumps

Re: Peyroteo...

ele era 2 orquestas lol

Re: Peyroteo...

Quando pesquisei sobre isto até olhei 2 vezes para ver se estava a ler bem...

Re: Peyroteo...

Houve um Famalicão-Sporting, nos anos 40, que ficou 5-9! Deviam ser cá uns jogaços!

Re: Peyroteo...

Coitado do meu Famalicão, a levar no pelo desde 1940... Na altura pareciam jogos de hóquei, deviam jogar sem defesas ou sem guarda-redes!!!

Re: Peyroteo...

Naquela altura era raro alguém sair triste dos campos de futebol(excepto quando a sua equipa perdia)pois aquilo que dá alegria ao povo durante um jogo(os golos)havia com fartura.

Re: Peyroteo...

E mesmo assim foste à procura de outro artigo sobre o Peyroteo para ver se não tinha havido algum erro naquele que tinhas acabado de ler.