Villas-Boas: "É preciso travar a euforia"

André Villas-Boas era um homem naturalmente feliz após a goleada imposta ao Spartak de Moscovo.

"Ainda nos falta jogar a segunda-mão, no sintético, mas é um ótimo resultado", disse no flash interview no final do jogo. Mas também chamou a atenção dos jogadores para algum relaxamento: "A equipa jogou bastante bem na segunda parte. É preciso travar um pouco esta euforia, podíamos ter sofrido com alguns desequilíbrios no final, quando a que a equipa se deixou empolgar pelos adeptos".

Já na conferência de imprensa mais prolongada, o treinador do FC Porto reconheceu que, apesar de tudo, a sua equipa poderia ter entrado melhor. "O Spartak é uma equipa que privilegia o toque e tem jogadores criativos. A nossa entrada não foi boa, mas respondemos muito bem na segunda parte", disse. E voltou a apelar à calma: "Temos de manter o critério e combater a euforia. O imprevisível acontece quando menos se espera".

Villas-Boas admitiu também que o jogo até se tornou mais fácil do que esperava. "É um resultado ótimo, mas não estávamos à espera de tantas facilidades.O Spartak merece-nos respeito e aos 33 segundos podia estar em vantagem. Veremos o que pode acontecer no jogo da segunda-mão".

Os excelentes resultados das outras equipas portuguesas em prova mereceram também um comentário: "É ótimo, em termos de coeficiente, vamos colher os frutos disso de forma extrema. Ficámos todos mais perto das meias-finais".

Karpin: "Não há explicação para isto"

Já Valery Karpin era a imagem da desilusão no final: "Nos primeiros 20 a 25 minutos o jogo esteve equilibrado. Tivemos dois momentos em que podíamos ter marcado. Depois disso, a equipa baixou, o FC Porto marcou e a partir daí tudo ficou mais difícil... Sou o culpado da derrota, como sempre acontece quando a equipa perde. Não há explicação para isto. Até podia perceber se isso tivesse acontecido na segunda parte, no minuto 70 ou 80, mas assim não percebo".

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