Mourinho "não distingue entre equipas defensivas ou atacantes" | Relvado

Mourinho "não distingue entre equipas defensivas ou atacantes"

O que interessa para o treinador português é ter "vencedores", lê-se em Inglaterra.
 
José Mourinho (Chelsea) sorridente

José Mourinho voltou ao Chelsea e a equipa de Londres ainda não está fora da luta pelo título da Premier League e encontra-se a 90 minutos do Estádio da Luz, para disputar a final da Liga dos Campeões.

O último feito do português aconteceu há dois dias, quando o Chelsea impôs a segunda derrota caseira ao Liverpool na presente temporada, ao vencer por 2-0 em Anfield Road.

Em Inglaterra tem sido muito comentada a tática de "dois autocarros" apresentada pela equipa de Mourinho, mas no jornal 'The Independent' lê-se que essa é uma "perspetiva errada" das estratégias do luso.

"Num curto espaço de tempo os jogadores do Chelsea transformaram-se numa equipa típica de Mourinho. Não é tão espetacular e goleadora como o Liverpool ou o Manchester City, mas realiza exibições muito disciplinadas e com enorme concentração", justifica o diário britânico.

"A resposta de Mourinho às questões em relação a táticas defensivas é que as pessoas estão a abordar a questão pela perspetiva errada. Ele não distingue entre equipas defensivas ou atacantes, só entre vencedores e derrotados", sublinha-se.

Internacional:

Comentários [1]

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-claro

E numa frase Mourinho resume toda a sua filosofia sobre futebol: Só se distingue vencedores de derrotados.
Não importa a forma ou conteúdo. Para Mourinho o Barcelona 2008 ou o Milan 1993 serão tão competentes como o Inter 2010 ou o Chelsea 2012. Vítor Pereira estará ao nível de Jorge Jesus porque conquistou o mesmo número de campeonatos em Portugal e Toni é melhor que Leonardo Jardim porque este último nunca venceu.
E com um discurso de engana tolos Mourinho continua a fazer-se passar pelo rei da táctica. Mesmo que a sua táctica seja, não jogar olhos nos olhos com o adverśario como se pede a qualquer equipa grande como o Chelsea o é, mas jogar cobardemente com todos a defender, praticando a negação do futebol limitando-se a anular os adversários abdicando ter qualquer ideia ou fio de jogo. As equipas de Mourinho são fortes perante os fracos e cobardes com sentimento de inferioridade perante os fortes. Como tem sucesso torna-se uma referência a copiar por outras equipas (Real Madrid em casa diante o Bayern) e o caminho para ganhar deve ser não a qualidade de jogo colectivo, de forma positiva, mas sim a anulação e negação do próprio futebol.