Mais uma vez os mercados latinos...

Que na América Latina proliferam bons jogadores é certo, mas os meios necessários para obter os respectivos passes é que levantam sérias dúvidas... Um clube português que queira adquirir o passe de um jogador tem de primeiro saber se está a negociar a transferência com o clube de proveniência, empresários, agentes, o conglomerado que detém o passe, o próprio jogador, ou mesmo uma combinação de várias.Logo nesta fase o facto de existirem demasiados intervenientes no negócio inflacciona o preço do jogador, os pagamentos necessários e a repartição desses valores, por duas ou mais entidades, causam logo entraves; e depois temos a clareza do negócio em si. Existem cláusulas nos contratos em que se premeia o empresário pelo número de vezes que o jogador é transaccionado, outras que a partir de X montante da transferência a entidade que detinha o passe inicialmente ainda tem direito a uma contrapartida.Outro aspecto, os pagamentos como e a quem são feitos. Porque é que existem empresas que detém passes de jogadores? Não deveria ser exclusivo dos clubes ou dos jogadores independentes? Nos jornais falam-se em determinados valores da aquisição de jogadores, mas o que não deixa de ser notório é a lavagem de dinheiro sujo que é feito em todo o negócio... Quem faz a devida regulação destas transferências?Também é conhecido que na compra de um jogador o clube pode não ficar com a totalidade do passe, ou seja, o clube não tem o jogador por inteiro, ficando, caso não detenha 51% do mesmo, sujeito a outros interesses em volta deste atleta.Esta falta de transparência nestes negócios é benéfica para os clubes e outras entidades, o que levanta a questão sobre que mais interesses existirão por detrás de uma simples aquisição de jogadores latino-americanos que nos últimos anos têm mais de uma vez demonstrado não serem em tudo superiores aos jogadores nacionais.
SportingSimpatizante