Japão campeão do mundo de futebol femininoAs japonesas conquistaram o título ao derrotar na final os EUA após grandes penalidades. |
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17 de Julho de 2011, às 21:29 |
O Japão conquistou este domingo o Mundial de futebol feminino, na Alemanha, ao derrotar os EUA na final, num jogo que só ficou decidio na marcação de grandes penalidades.
Em Frankfurt, desde cedo que os EUA mostraram que queriam dominar o encontro e apresentaram uma equipa muito mais ofensiva. Prova disso é que a primeira oportunidade de golo surgiu logo aos 30 segundos, num remate ao lado.
Depois, duas bolas nos ferros: Rapinoe rematou ao poste aos 15 minutos e, cinco minutos depois, Wambach enviou uma "bomba" à barra, em duas jogadas construídas pelo lado esquerdo.
Pouco depois da meia hora foi a vez de Cheney ser a protagonista em dois lances, ao fazer um desvio de um cruzamento que saiu um pouco ao lado, isto já depois de ter cabeceado a bola um pouco por cima, que ficou na rede superior da baliza contrária.
A dois minutos do intervalo surgiu o único "esboço" de oportunidade do lado do Japão, quando Ohno cruzou e Ando falhou a emenda para o golo. O descanso chegou com 0-0 no marcador.
Golos surgiram na segunda parte
No segundo tempo a tendência do jogo manteve-se. Alex Morgan, que havia entrado ao intervalo, criou o primeiro lance de perigo logo aos três minutos, quando a bola rondou a linha de golo.
Wambach voltou a ameaçar com um cabeceamento que proporcionou uma boa defesa a Kaihori, mas os EUA acabariam mesmo por marcar aos 68 minutos, por Alex Morgan, que foi mais rápida que a defesa contrária e inaugurou o marcador num remate cruzado.
O jogo parecia controlado pelas norte-americanas, que estiveram sempre melhor na partida, mas aos 80 minutos surgiu o golo do empate. As defesas dos EUA complicaram uma situação aparentemente fácil e Miyama aproveitou as hesitações e igualou o encontro.
Prolongamento não chegou para o desempate
O empate conduziu a partida para o prolongamento, no qual as americanas voltaram a ter mais domínio e a ser mais perigosas.
Esse domínio foi concretizado aos 103 minutos, com Alex Morgan a destacar-se novamente, ao cruzar milimetricamente para a cabeça de Wambach, que fez o 2-1. Foi o quarto golo de Wambach no torneio, todos eles de cabeça.
Já na segunda parte do prolongamento, nova confusão na área americana, desta vez não aproveitada pelas japonesas, e pouco depois Kinga ainda tirou a guarda-redes Solo do caminho mas não conseguiu marcar devido a um corte da defesa adversária para canto.
Um dos momentos do jogo apareceu aos 116 minutos, na marcação de um pontapé de canto desviado com um toque habilidoso, de calcanhar, da capitã japonesa Sawa, que assim restabeleceu a igualdade.
Até ao final, Wambach teve oportunidade para marcar, na linha da pequena área, mas rematou por cima. Nota ainda para a expulsão de Iwashimizu, quando travou Alex Morgan que seguia isolada. Do livre nada resultou e seguiram-se as grandes penalidades.
Japão mais eficaz nas grandes penalidades
O desempate nos penaltis correu muito mal aos EUA, já que nos três primeiros remates, Boxx e Leath permitiram a defesa a Kaihori, e Lloyd atirou por cima.
Logo a seguir, a japonesa Nagasato também falhou, mas foi o único remate desperdiçado pelas asiáticas, enquanto as norte-americanas falharam em três ocasiões.
Kumagai marcou o último golo da competição, finalizando o resultado de 3-1 nas grandes penalidades.
Na sua primeira final num Mundial, as jovens japonesas - que tiveram a participação no torneio em risco devido ao sismo e tsunami em março - são as novas campeãs mundiais.
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Exemplo para o mundo
Enviado por joevalve a 18 de Julho de 2011, às 09:53.Tive a felicidade de poder assistir quase na integra a este fantástico jogo de futebol e apenas posso realçar que foi um exemplo para o mundo. No final fiquei com sensações distintas, se por um lado os EUA mereciam claramente a vitória pelas inúmeras oportunidades que tiveram e por deixar fugir o pássaro duas vezes (a 2ª a 4 minutos do fim do prolongamento), por outro lado fiquei feliz por o japão ter ganho nos penalties pois aquele povo habituado a sofrer, ainda a recompôr-se do tsunami, merece certamente que estas pequenas heroínas tenham conseguido lá chegar pela primeira vez na sua história e que reconforto moral isto vai ser para os japoneses. Que grande propaganda para o futebol feminino foi este mundial, a todos os niveis, desde o organizativo passando pelas arbitragens, pelo inúmero publico que assistiu mesmo depois da eliminação da alemanha pelo japão. O futebol é por vezes ingrato, os EUA não foram eliminados pelo Brasil porque marcaram um golo caido do céu no último minuto (e depois ganharam nos penalties), ontem assistiu-se praticamente ao inverso com as japonesas a empatarem quando já ninguém acreditava (e depois os EUA perderam nos penalties)..Pena que uma vez mais a melhor equipa não chegue à final, estou a falar do Brasil que tinha tudo para sair da alemanha com o titulo e fraquejou uma vez mais. Faz-me lembrar a Holanda no sector masculino que já jogou 3 finais e nunca ganhou nenhuma. É a vida.