Diogo Salomão: "É uma honra estarem contentes comigo" | Relvado

Diogo Salomão: "É uma honra estarem contentes comigo"

Extremo português tem sido elogiado pelas suas exibições nos jogos-treino do Deportivo da Corunha.
 

Diogo Salomão tem estado em bom plano nos seus primeiros tempos ao serviço do Deportivo da Corunha. O extremo emprestado pelo Sporting tem recebido elogios dos companheiros de equipa, não escondendo a satisfação com esse facto. "É uma honra que em apenas duas partidas já estejam contentes comigo. Prometo dar tudo pela equipa", refere, em declarações reproduzidas pelo jornal 'Marca'.

O internacional sub-21 português descreveu-se, para quem ainda não teve oportunidade de o ver jogar. "Gosto de jogar nas alas, não me vejo em outra posição... E trabalho durante toda a partida", diz.

Salomão diz que ainda é muito cedo para dizer se vai ficar mais do que um ano no Deportivo. "Sou um jogador com o qual o Sporting conta para o futuro. Pode ser que continue aqui ou não... Mas escolhi este clube pelo seu currículo e história. É um clube grande que em breve estará de volta à Liga espanhola", antevê.

A terminar, o jovem extremo comparou o futebol que se joga em Portugal e Espanha. "Não vejo grandes diferenças nos aspectos técnico ou tático. Mas aqui a velocidade é maior", refere.

Internacional:

Comentários [2]

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Depois de ver

as novas contrataçoes..vai jogar muito mas..NO BANCO OU BANCADA.

Já eras ó salmao fumado..........LOLOL

A derrota do Sporting frente

A derrota do Sporting frente ao Valência por 0 - 3 teve como efeito acordar os sportinguistas do estado inebriante em que vinham estando. De facto, cada início de época tem habitualmente o mesmo efeito nos apaixonados pelo futebol. Há sempre a esperança de que a época que se avizinha seja melhor que a que passou, mesmo que a precedente haja correspondido às expectativas.
Com efeito, a vinda de vários jogadores (a dispensa de outros tantos), os elogios permanentes da imprensa a cada um deles, elevando-os a patamares que alguns nem sequer chegam a atingir, elogiando capacidades que tão-pouco têm, os mesmos elogios às políticas dessas contratações; um novo treinador; e a juntar a tudo isto uma nova direcção, com novos directores, com discurso aparentemente novo mas em cujo bojo não é senão uma repetição dos discursos de outrora a que os adeptos correspondem com uma alegria inebriante porque já sob o efeito dos inícios de época, resulta na absoluta incapacidade de avaliar convenientemente o trabalho que se está fazendo.
A derrota de ontem do Sporting não põe em causa todo o trabalho já realizado até aqui. Mas, por outro lado, também não pode ser motivo de satisfação.
As contratações, em razão da debilidade financeira do clube, são as possíveis, e é com estas que Domingos trabalha e tem de trabalhar. Mas se as contratações são as possíveis, e por ora apenas temos um esboço do valor real de cada jogador, não obstante se poder aferir em alguns quer as suas qualidades, quer as suas debilidades e daqui se poder retirar algumas ilações, no que tange às dispensas poder-se-iam objectar, porquanto algumas são disparatadas. O mesmo dir-se-á da permanência de alguns jogadores.
Destarte, a dispensa e empréstimos de jogadores como Salomão, Wilson Eduardo, Pedro Mendes, Torsiglieri, a permanência de jogadores como Tiago, Polga, Carriço, Postiga, Evaldo, Yannick, Matias e Izmailov são tão questionáveis como certas contratações.
Salomão dera mostras de talento na época passada, contribuindo inclusive, em determinadas alturas em que a equipa se mostrava literalmente amadora, com algumas boas exibições e golos; Wilson Eduardo fizera uma época razoável no Beira-Mar, chegando a falar-se na hipótese de integrar o plantel principal do Sporting; Torsiglieri mostrara-se bastante competente quando fora chamado à titularidade; Pedro Mendes não precisaria de apresentações, visto que é um dos melhores trincos portugueses.
Deste modo, de entre estes quatro jogadores, Pedro Mendes será talvez aquele cuja dispensa será menos questionável, na medida em que além de já ter uma idade (muito embora essa seja também uma das desculpas mais absurdas do futebol português: haja visto Milan, entre outros) é um jogador que nos últimos anos tem tido sobejos problemas físicos. Mas se com efeito Mendes tem tido estes problemas, por que razão um jogador como Izmailov, que tem tido problemas semelhantes e se tem visto na pré-época constantemente condicionado, permanece no plantel? O mesmo, com devidas diferenças porque lesões não tão graves, dir-se-á de Matias. E que dizer da contratação do jogador búlgaro, que tem um passado de lesões que não seria de descurar. Mas que dizer dos empréstimos de Wilson Eduardo, Salomão e Torsiglieri, quando se mantém Yannick, Izmailov e Polga/Carriço?, para se mencionar jogadores das mesmas posições (e que dizer do norte-americano?).
Numa rápida passagem pelos jornais on-line são unânimes os comentários quanto à fragilidade da defesa, sobretudo na zona central, e na lateral esquerda, e bem assim sobre a necessidade de um ponta-de-lança. Verifica-se igualmente alguns comentários menos simpáticos sobre Bojinov. Ressalta uma pergunta: se simples adeptos conseguem detectar estas lacunas na equipa, por que razão não as detectam os responsáveis? Outras das críticas têm sido sobre Daniel Carriço e a quase obrigação de ser titular . Por que razão se tornou este jogador quase um indiscutível? (Haja visto os lances dos golos do Valência em que Carriço está neles todos.)
As dispensas e empréstimos de jogadores não devem servir para mostrar aos adeptos que apenas houve mudança ou, que parece ser o caso, servir de desculpa para se contratar uns quantos jogadores, mas antes devem ser tomadas com inteligência e cotejando com as putativas contratações. Assim se empresta e assim se dispensa.
Em vista disso, cotejando as dispensas e empréstimos com as contratações e permanências verifica-se que aquelas não são, de todo, inferiores a estas.
Assim subiste uma pergunta tanto mais pertinente quanto um facto por ora sucedido, qual seja, a do volte-face na dispensa de Pereirinha, que permanecerá no plantel e por sua vez dispensar-se-á João Gonçalves: quem dispensa e empresta, e com que razões, e se Domingos tem nelas voz, assim como nas contratações.
Se é certo que Domingos teve voz na agora permanência de Pereirinha, por que razão não o manteve inicialmente (iria manter João Gonçalves) e agora após ter-se repescado Pereirinha e de o ter visto treinar, se decidiu a mantê-lo? Porque não o deixou treinar-se durante o primeiro mês da pré-época para daí retirar a sua conclusão? Porque só agora achou que ele seria útil e João Gonçalves não? Que legitimidade tem um treinador que dá (?) voz para a dispensa de um jogador sem o ter visto treinar-se para depois o repescar (ainda que por necessidade mas que resultou na sua permanência) e mantê-lo no plantel? Não teve Domingos voz total nas dispensas, empréstimos, permanências e contratações? Se não, não deve um treinador ter voz activa nelas, senão mesmo ser a principal voz no que ao plantel diz respeito?, com a consciência das debilidades do clube, pois claro.
A contratação de Capel assim como a possível contratação de um outro extremo são sintomáticas de como a política de contratações, dispensa e empréstimo tem vindo a ser feita. Na verdade, há umas semanas, não se falava na necessidade de mais extremos, e recentemente Carlos Freitas dizia que o Sporting estava bem servido de extremos, falando inclusive que a permanência de Pereirinha também resultaria numa solução. Dias depois fala-se na possibilidade da contratação dum extremo do Barcelona. Mas o que ninguém fora capaz ainda de perguntar ao director do Sporting foi: se havia assim tanta necessidade de extremos, por que razão se não o disse imediatamente?, e por que razão se emprestou Salomão? e Wilson Eduardo? E perguntas ainda mais pertinentes: seriam Salomão e Wilson Eduardo inferiores a Yannick? Quais as razões do empréstimo de Salomão? São questões que se gostariam de ver respondidas.
Ainda: Cédric Soares foi emprestado à Académica; Adrien idem. Por sua vez, Santiago Arias foi contratado para defesa direito, o mesmo lugar que Cédric faz. Este tem 19 anos, Santiago Arias os mesmos 19. Cédric é proveniente da formação e, diz-se, uma promessa. O valor da sua cláusula é de 30 milhões, o que demonstra a esperança e confiança que se tem no seu valor. Santiago Arias chega da Colômbia e é também uma promessa, assim o dizem. O valor da cláusula é de 20 milhões. O primeiro, Cédric, não tem espaço no plantel e por isso fora emprestado; o segundo, Arias, por seu turno, tem espaço no plantel. Pergunta-se: quais as razões para se dispensar um, Cédric, e se comprar um outro para o mesmo lugar, com a mesma idade?, se aquele até tem uma cláusula superior à do contratado, o que significaria, em princípio, com maior valor. Arguir-se-ia, se acaso as idades fossem diferentes, que se devia à idade, à falta de experiência. Mas na verdade ambos têm a mesma idade, e não se vê razão aparente para que um tenha mais experiência do que outro, conquanto possa ter jogado na equipa principal do seu país, mas enfim realidades futebolísticas assaz diferentes.
Da mesma forma, dispensou-se Diogo Salomão, cuja idade é de 22 anos, e comprou-se um extremo (avançado?) com idade de 20 anos: Carrillo. Ambos com cláusula de 30 milhões de euros: o que pressupõe que se tem esperanças em ambas e que a qualidade, à luz da cláusula, deve ser semelhante (ainda que ver-se as coisas desta forma não seja fiável). Quais as razões para o empréstimo de um e a integração no plantel de outro? A idade e a experiência não podem ser, dado que o que fica no plantel é mais novo. Assim como se mantém uma contratação de um outro jovem, 18 anos, no plantel: Rubio. Quais as razões para se integrar jovens provenientes do estrangeiro no plantel principal, e a mesma oportunidade não ser dada aos da formação? (Este ano apenas André Martins foi integrado, e a sua qualidade é bem discutível) São questões que se gostariam de ver ser respondidas.
A chegada de Carlos Freitas e Luís Duque, tão esperada por alguns, ao Sporting deve ser vista tanto com optimismo como com desconfiança. Optimismo porque quer um quer outro já em tempos construíram bons plantéis; desconfiança, porque também já tiveram os seus erros (o que é natural, enfim). Mas o que se não deve esperar é complacência para com eles, porquanto se alguém tiver de responder pelos falhanços, se os houver doravante, são eles, mais do que quaisquer outros.
A derrota frente ao Valência poderá por um pouco de travão na euforia que se vem constatando nos sportinguistas (euforia de que a imprensa tem muita culpa, porquanto elogiando à saciedade esta política de contratações, e culpa maior na sobrevalorização dos jogadores contratados), e, acima de tudo, poder mostrar aos dirigentes de que na defesa muito trabalho precisa ser feito, seja pelo técnico, seja por eles mesmos arranjando soluções que garantam qualidade.
É preciso ter os pés assentes na terra, em razão das dificuldades do clube. Não se exigir muito. Mas da mesma forma é preciso que se seja honesto com os sócios (explicar-se todas aquelas questões) e não se prometer mais do que aquilo que é permitido, a fim de não suceder o que ontem se viu: uma desilusão. E a desilusão só existe em virtude de ilusão.