Benfica: Sofrer primeiro e dar a volta depois (Crónica)

O Benfica venceu em Paços de Ferreira por 2-1 e igualou o Sporting de Braga no segundo lugar do campeonato, ambos com menos um ponto do que o FC Porto. Um triunfo muito suado num jogo com vários lances polémicos de arbitragem.

Saviola e Cardozo, a dupla do título benfiquista em 2009/10, começou de início, solução como se sabe, muito raramente utilizada esta época.

Logo aos 4 minutos, Nolito esteve perto do 1-0, mas Cássio defendeu. O Paços, que nos últimos tempos tem somado resultados positivos em série, não dava espaços aos jogadores encarnados e também aparecia com perigo junto da baliza de Artur Moraes: aos 11' Michel obrigou o guarda-redes a boa defesa.

As águias voltaram a cheirar o golo aos 15' por Saviola, com nova defesa de Cássio e aos 25', por duas vezes na mesma jogada: pelo rei do desperdício (Saviola...) e por Cardozo.

O jogo estava rijo e bem disputado e apesar da superioridade dos visitantes, não se pense que os pacences estavam encolhidos. Também iam dispondo dos seus momentos de perigo, nomeadamente aos 27' num cabeceamento de Ricardo que passou muito perto da barra. Foi o aviso para o golo, no minuto seguinte, apontado por Michel, depois de Artur Moraes ter ainda defendido o primeiro remate de Manuel José.

Logo a seguir, má notícia para Henrique Calisto, com Manuel José a sair lesionado, sendo rendido por Álvarez. Mas o Paços de Ferreira continuava em alta e Melgarejo mostrava-se ao "patrão": aos 37' ia marcando um golo de bandeira, mas Artur Moraes voltou a responder presente.

Até ao intervalo, não faltou emoção e Bruno César protestou penálti: num ângulo da transmissão televisiva, parece falta, noutro parace que se atira para o chão. Bruno Esteves nada assinalou.

Melgarejo mostra-se, águia responde

Jesus não perdeu tempo e no recomeço colocou Nelson Oliveira e Gaitán nos lugares de Nolito e Saviola. Mas foi o Paços de Ferreira a reentrar (bem) melhor, criando lances de muito perigo. Melgarejo atirou ao poste e sucediam-se as oportunidades de golo para a equipa da casa, que encostava os visitantes às cordas.

O Benfica reequilibrou depois de 5 minutos de sufoco, mas sem criar oportunidades de golo. E respondia o Paços em contra-ataque, com Melgarejo a dar cabo da cabeça a Luisão, que não tinha pernas para o acompanhar. Numa jogada conduzida pelo jovem paraguaio, Michel e Alvarez tiveram o golo nos pés.

Bruno César escapou ao segundo amarelo depois de ter dado um "pisão" num adversário. E quando nada o fazia prever, o Benfica chegou ao empate, numa jogada construida pelos jogadores que entraram: "cavalgada" e assistência de Nelson Oliveira (voltou a entrar muito bem), golo de Gaitán.

Era o estímulo que faltava à águia. Bastaram apenas cinco minutos para chegar à vantagem, num grande golo de Bruno César, de livre direto.

As coisas ficaram mais complicadas para o Paços de Ferreira quando Michel viu (bem) o segundo cartão amarelo, após falta sobre Bruno César. E Ricardo viu o vermelho direto aos 88', mas nem tocou em Bruno César. O jogo acabou nesse momento...