O que fazer com Yannick

Vamos lá a ver uma coisa. O Veloso, por uma razão que sempre me ultrapassou, parece ter merecido sempre menos margem de manobra que os outros. Seja porque é filho do Veloso, seja porque tem madeixas, rabicho, o que for no cabelo, seja porque fez uma vez um desfile na sua folga... a mim, só me chateou quando andou amuado uns tempos porque não o deixaram sair para o Bolton. Isso foi patético. A diferença é que, quando chegou a hora de jogar, não o vi amuadinho e a fazer frete. Mas, lá está, quem estiver para embirrar com outras coisas (pai do Veloso, cabelo, passerelle), vai ver sempre o Miguel Veloso a jogar mal e a ser mau profissional. E posso meter o Moutinho no mesmo saco, mais coisa, menos coisa. Foi absurda aquela conferência de imprensa, mas a verdade é que estamos a falar de jogadores de 21 anos, não de comandantes de 28, ou lá o que é. Se sinto orgulho ou não? Não sinto especial orgulho por ver como capitão um jogador que disse que queria sair, mas sinto especial orgulho por ter como capitão um jogador que dá sempre o máximo pelo clube. E nisso, o Veloso, embora a anos luz do Moutinho, também é referência, porque, salvo raríssimas excepções (raríssimas, mesmo), o Veloso, quando entra em campo, não está de trombas e para jogar a passo (isso é o Djaló, e nem é de agora!). Jorge Costa, já homem feito, atirou com a braçadeira do Porto para o chão. Moutinho, que é um gaiato, deu uma conferência de imprensa (ou equivalente) porque queria sair. Acontece. Perdem crédito junto dos adeptos, mas mantém bastante a partir do momento em que, no campo, correm e lutam pela camisola que vestem. O que salta aqui à vista é que tens dois pesos e duas medidas, conforme os jogadores se chamem Moutinho e Veloso ou Lucho e Lisandro.

aliás, viu-se (vê-se) o rendimento de uns e de outros ao longo da época, para se perceber quem cagou em quem...