Pedro Henriques explica o que vai fazer no Sporting (Exclusivo)

O antigo árbitro Pedro Henriques vai dar alguns "cursos" de formação de arbitragem no plantel principal do Sporting. Em declarações ao Relvado, explica como tudo se irá passar. "Vou falar em três ou quatro sessões com os jogadores, mas quero realçar que não vou trabalhar para o Sporting", diz. Pedro Henriques sublinha que já desempenha esta função "há vários anos, nomeadamente em equipas dos distritais".

O ex-árbitro dá um exemplo concreto de algo que poderia ter sido evitado por um jogador do Sporting, caso tivesse frequentado uma formação. "Depois de marcar um golo à Lázio, o Insúa pontapeou a bola para a bancada e viu o amarelo. Alguns minutos mais tarde foi expulso e a equipa teve de jogar quase toda a segunda parte com 10. No final do jogo, ele assumiu não saber que um jogador que pontapeia a bola para a bancada depois de marcar um golo terá de ver o amarelo...", sublinha.

O antigo juiz espera mostrar "o que é um árbitro e como este reage", o que, diz, "poderá levar a que haja uma maior compreensão por parte dos jogadores". Pedro Henriques diz que a colaboração "deverá começar ainda este mês, mas ainda não há data marcada".

Sporting com razões de queixa? Às vezes...

No início desta temporada, o Sporting e o setor da arbitragem estiveram em conflito, levando inclusivamente a que os juizes profissionais se recusassem a apitar os jogos da equipa, na segunda jornada. Pedro Henriques tem esperança que esta formação permita um desanuviamento na relação. "Espero que isso aconteça. Eu tive a oportunidade de dizer que esse processo foi mal gerido pelo clube e por João Ferreira, o árbitro que espoletou a situação", recorda.

E será que esta época o Sporting tem razões de queixa dos árbitros? "Nos meus comentários, reconheci que houve de facto razão em algumas situações. Mas como se sabe, os jogos dos três grandes são muito mediatizados, é normal que sejam os mais polémicos... Às vezes o Sporting, Benfica e FC Porto têm razão nos protestos, outras vezes não...", defende.