Incompetência | Relvado

Incompetência

 

Fonte: Priberam "Inabilidade; inaptidão." Esta é a palavra que melhor descreve o Sporting do presente (e dum passado recente). Começa ao nível da gestão, prolonga-se na liderança técnica e redunda na prestação desportiva. Um denominador comum: a manifesta incapacidade em estar à altura dos pergaminhos do clube.

Não manifesto esta opinião como mera consequência dum mau resultado e de mais uma exibição horrível. Trata-se apenas de reconhecer uma maleita cujos sintomas assomam há já muito tempo. Enfiar a cabeça na areia é apenas protelar o momento da necessária viragem. Não basta afastar o Presidente. A seu coberto existem diversos pretendentes à cooptação "roquetteana", modus vivendi que tem dado de comer a muita, muita gente.

É necessário quebrar com a regra sucessória que tem sufocado o Sporting. Não basta afastar o Director Desportivo. Não coloco em causa o sportinguismo de Costinha, mas tem pago o custo da falta de tarimba. A planificação desportiva foi desastrada (especialmente tendo em conta o dinheiro que se gastou e as lacunas que permanecem).

Não basta despedir o treinador. Paulo Sérgio é vítima da sua falta de dimensão. E sofre de um dos piores defeitos de que um treinador de um clube como o Sporting pode padecer: o seu discurso não se reflecte na realidade. Fala de jogo que não se praticou, refugiando-se em desculpas meramente ilusórias. Está apenas a prazo, mas não deve obviamente ser o primeiro a sair.

Ao nível dos jogadores, o panorama é semelhante. Um Sporting vencedor é incompatível com a permanência dum Postiga péssimo profissional (a forma displicente como aborda os lances é algo impressionante!). Um Sporting vencedor é incompatível com a aceitação dos centrais como referências primeiras do chute para a frente. Um Sporting vencedor é incompatível com uma planificação de época centrada num jogador de 32 anos que já não consegue jogar só (embora muitíssimo lhe devamos, mas isso conta niente em futebol). Um Sporting fiel aos seus valores é incompatível com a presença de um jogador como Valdés, quando se desprezou um homem da casa como Hugo Viana.

O que falta, então, ao Sporting?

1. Liderança ao nível da gestão, mudando as pessoas, mas sobretudo os paradigmas.

2. Qualidade insuspeita na liderança técnica (técnico de créditos firmados, pago principescamente se necessário).

Endhoscopy

Sporting:

Comentários [40]

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Companheiro...

Só para agradecer a dica de Band of Horses. Gostei imenso.

 

Tenho andado numa de revivalismo, entre outras coisas ando vidrado com o album "menos antigo" de Mr. Bungle, o California. Ge-ni-al!

 

Abraço e vai dando mais umas dicas!

Sempre às ordens! ;)

 

É sempre gratificante encontrar pessoal que partilha gostos idênticos aos nossos!

 

Então, andas para os lados do grande senhor Patton? Ele tem tanta coisa boa, desdobra-se tanto que me vai confundindo e eu acabo por não conhecer a fundo quase nada dele, excepto o projecto original, os Faith No More...

Já agora, não sei se é bem a tua onda, mas experimenta ouvir Best Coast, a revelação de 2010, segundo o NME.

Arcade Fire partiram tudo em Santiago de Compostela. Já os vi 3 vezes ao vivo e nunca abrando o meu entusiasmo!

Conheces (ou já te indiquei) Temper Trap? Também estiveram nesse festival e são muito porreiros de ouvir.

 

Um abraço!

 

 

Olá! Não vejas no meu

Olá!

Não vejas no meu comentário uma crítica a Liedson. Apenas defendo que a sua prestação sofrerá um natural decréscimo, facto pelo qual teria sido primordial reforçar o ataque (aspecto completamente descurado, com a agravante do empréstimo de Pongolle.

Já não concordo contigo em relação a Hugo Viana. É um jogador que sempre foi bem sucedido nas passagens por Alvalade e Costinha foi especialmente deselegante com ele. Entre ele e Valdés, sempre, sempre Viana...

  O empréstimo de Pongolle,

 

O empréstimo de Pongolle, um jogador que custou 6.5M€ há 8 meses atrás... mais uma situação incompreensível!!

 

Para mim, nem Valdés, nem Viana - Luís Aguiar, por exemplo.

Valdés parece-me mais um "brinca na areia" que apenas rende se a equipa render. Um pouco como Matí, jogadores macios e pouco influentes no conjunto, que jogam muito para si próprios. Não tenho nada contra este tipo de jogadores, apenas acho que no actual Sporting nunca assentarão bem, porque, neste momento, precisamos de jogadores que puxem pela equipa, e não o contrário.

 

Enfim, poderíamos estar a tarde toda a trocar impressões, mas, no essencial, o que me parece é que o corpo directivo sportinguista tem estado alheio a todos estes "pormaiores", que, parecendo secundários, são eles que vão atestar a lógica (ou, neste caso a ausência de) do plantel.

 

 

Liedson..

...vejo muitos lagartos a pedir a "cabeça" do Liedson,mas porra não vejo ninguem a lutar mais do que ele.Aceito que pode estar na tal curva descendente,tem 33 anos,mas não é por ele.o talochas do treinador que coloque o Vuk ao lado do Liedsone depois diz qualquer coisa :).

 

Diz lá a tua opinião sobre o jogo de ontem,lol.

Abraço.

  Pois, também não entendo a

 

Pois, também não entendo a recente moda de cascar no Liedson, mas já sei que o nosso povo é de ondas e, ainda por cima, farta-se das caras que vê todos os anos.

 

Em relação ao jogo de ontem, eh pá, não quero chatear-me com os meus ilustres amigos portistas... Eheheh... ;)

Agora a sério:

Ontem vi a máquina a continuar a carburar a todo o gás, com uma dinâmica sempre constante e imune a faltas de motivação ou facilitismos - é obra, à quinta jornada, cinco vitórias!

Mas também vi uma gritante dualidade de critérios da equipa de arbitragem. Aliás, tanto nesse próprio jogo como em relação a outros: então a treta da "mão na bola" ou "bola na mão", repara só: mão na bola do jogador da Naval, na primeira jornada, e do jogador do Nacional, ontem; bola na mão do Rolando, 2 minutos depois, apenas...

Curva, se o meu Sporting estivesse bem, tinhas que me aturar, acredita... :D Mas, quando assisto àquela pobreza franciscana que vi no estádio da Luz, descem-se-me os índices de pica e vai-se-me a paciência para debater temas quentes e polémicos...

O Sporting também já foi beneficiado em dois jogos, esta época: Naval e Olhanense. Mas o FC Porto tem tido vários favorzinhos, embora, pelo que tem jogado, nem sequer pareça necessitar deles...

Outra coisa: que raio de atitude dos jogadores do Nacional, pá! Se fosse lampião (cruzes credo) até a comparava com a atitude frente aos gajos de vermelho...

 

Mas o Porto está imparável, basta ver alguns minutos de cada jogo...

 

Abraço!

 

 

Colocar em causa o Nacional.....

..penso que não é o mais correcto.Neste momento o FC Porto começa a criar dificuldades no adversário antes dos jogos,eles sabem que não podem falhar.É verdade que ficou uma grande penalidade por assinalar a favor do Nacional.mas convém lembrar o penalty falhado pelo Falcao :).

 

O teu sporting está doente,nem as unhas consegue mostrar.

Cumps

 o seu discurso não se

 o seu discurso não se reflecte na realidade

 

Sobretudo, e não é só o Paulo Sérgio, o seu discurso, porque não tem efeito na realidade, não produz efeito. É um discurso impregnado de chavões do futebol que não inscreve o Real.

 

Mas sobre o que dizes do Postiga discordo por completo. O rapaz não é displicente, pelo contrário é dos que mais dão dentro de campo. Se marca ou não, isso é uma outra história, mas que é dos mais empenhados é um facto.

Se analisares lance a lance

Postiga resulta numa quase absoluta nulidade. O pior é que o seu potencial até é assinalável, mas é um indíviduo animicamente muito fraco. Parece estar sempre à espera dum lance redentor, mas, perante a adversidade, pouco ou nada faz. Pessoalmente prefiro jogadores como Acosta ou mesmo Derlei que nunca viram a cara à luta. Postiga é um tipo que sobrevive à custa duma época razoável, daí em diante tem sido um 0 quase absoluto...

Nem mais

É um jogador cheio de vícios. Lento como nunca vi, para começar. Entra e não ganha em corrida a um único adversário, nem se entrar a dois segundos do fim. Raramente consegue jogar uma bola de primeira. Prefere receber, ficar engalfinhado no adversário (ou fingir que o está), libertar-se, eventualmente, e jogar para trás. Ou perder a bola.

 

Uma nulidade. Parece que é aplicado porque, enfim, lá se aplica mais que o Djaló. Mas isso até eu, na bancada.