Política de empréstimos do FC Porto

Actualmente o FC Porto parece ser a única equipa portuguesa capaz de ombrear com alguns dos grandes clubes europeus. Para conseguir manter esses patamares competitivos é necessário ter um plantel composto por jogadores que muitas vezes não são nada baratos para a realidade do nosso país. É também o clube que mais jogadores tem nos seus quadros, mas normalmente só 24 ou 25 é que podem fazer parte do plantel principal.No entanto muitos dos que estão emprestados, alguns a clubes estrangeiros, possuem qualidade para fazer parte do plantel de qualquer um dos grandes do nosso país. Uma questão se coloca aqui: porque insiste o clube em manter essa ligação aos jogadores, sabendo de antemão que alguns deles muito dificilmente regressarão ao plantel principal? Temos os casos de Ibson, Leandro, Pittbull, Renteria, Bolatti, etc. Ultimamente tem havido alguns jogadores que, não fazendo parte do plantel, têm sido uma boa fonte de receitas para o clube - casos de Hugo Almeida e mais recentemente Paulo Machado.Não será esta uma forma de gerar um maior número de receitas extraordinárias para assim manter o nível de qualidade do plantel principal? Apesar de o FC Porto ser o clube que mais receitas tem tido com a venda de jogadores, não são suficientes para conseguir uma gestão lucrativa. Há ainda muitos investimentos para pagar, principalmente em infra-estruturas. Como tal, é necessário arranjar formas de conseguir mais receitas e, como a principal fonte de receitas é muitas vezes a venda de activos, quanto maior for o número de bons jogadores, maior é essa probabilidade. Uma vez que só 25 podem fazer parte do plantel, o recurso ao empréstimo de jogadores com potencial, a clubes de média/grande dimensão, é uma forma de aumentar essas possibilidades.Não estarão os detractores do clube, fruto da rivalidade que nutrem pelo FC Porto, a tirar conclusões precipitadas e a não alcançar o verdadeiro objectivo desta estratégia de empréstimos?Chiperfield