Hulk: o menino chorão?

... e sabes que mais, tinha um defesa na minha equipa que uma vez deu-me um grande conselho: A melhor forma de enfrentar um defesa contrário é simplesmente continuar a forçar o meu próprio jogo. Isto é, como jogava a avançado, muitas vezes, sobretudo nas primeiras jogadas se causava desiquilíbrios, os defesas mais astutos, faziam quase sempre o mesmo, i.e., uma paralítica, um toque no tornozelo com pitons, assim para o descreto, etc, etc, etc, tudo isto com o intuito de intimidar/perder o controlo. A partir daí apenas os bons jogadores conseguiriam erguer e voltar ao jogo. Daí as palavras do veterano defesa que jogava comigo, era eu um benjamim. A partir desse momento começei a controlar melhor o temperamento e as emoções do jogo. Começei por perceber que os defesas ficavam mais intimidados quando eu continuava a tentar o desequilíbrio, quando eu os "sentava no chão", após essas picardias e diria por vezes o "anti-jogo", até porque havia tipos que a escalada chegava por vezes a razar a violência. Mas no fundo eram talvez os primeiros a congratular-nos no final de um jogo. O que acontece ao Hulk é exactamente isso mesmo. Ele precisa apenas e só concentrar-se no seu jogo. Por vezes, até poderá usar essas picardias a favor da equipa e com a ajuda dela. No entanto, para além do trabalho psicológico/mental, é preciso fazer um bom trabalho físico. Físico não apenas no sentido de ficar mais forte fisicamente, mas sobretudo ter a agilidade suficiente para poder evitar o confronto, ou até mesmo saber cair... mas isso daria outras histórias. Futebol é feito deste tipo de confrontos, tirar isso ao futebol, é retirar a incerteza do resultado. Se tirássemos isso ao futebol, o Brasil, pelo seu nível técnico seria constantemente o melhor do mundo.