Adiada audição a Pinto da Costa no julgamento dos terrenos das Antas

O líder dos dragões sentou-se no banco dos réus em vão, já que não foi ouvido pelo juíz responsável pelo processo. Em causa está a reclamação apresentada pelos ofendidos, a família Jaime Santos que cedeu ao FC Porto uma área de 5500 metros quadrados da Quinta do Salgueiral em 1956 e em 1968 com o intuito de aí virem a ser edificadas instalações desportivas junto ao velho Estádio das Antas.Alegando que o acordo então firmado não foi cumprido, os antigos proprietários querem uma indemnização que compense o prejuízo pelo facto de a área ter sido definida no Plano de Pormenor das Antas (PPA) como de uso para instalações desportivas e não para um empreendimento imobiliário, que seria mais rentável.A entensão do documento apresentado pelos advogados da família Jaime Santos motivou o adiamento do julgamento para 25 de Junho, data em que Pinto da Costa deverá ser ouvido. O presidente portista compareceu no Palácio da Justiça sozinho, tendo posteriormente surgido no local Nuno Cardoso, ex-presidente da Câmara do Porto, que está também implicado no processo.Nuno Cardoso - ex-presidente da Câmara do Porto
E se o presidente portista se escusou a falar com a comunicação social, o ex-autarca disse aos jornalistas que não faz «a mínima ideia» do que está em causa neste processo, afiançando que não conhece «absolutamente nada» dos seus moldes. «Todos os proprietários foram igualmente chamados a participar no Plano [de Pormenor das Antas] e tiveram as contrapartidas adequadas e a cidade foi a principal ganhadora», assegura Nuno Cardoso, frisando ainda que foi «tudo extremamente transparente e equitativo».Fotos: LusaSusana Valente