Pinto da Costa, a presidência e Portugal | Relvado

Pinto da Costa, a presidência e Portugal

Podemos afirmar que os adeptos portistas admitem a tirania do presidente sem verem inconveniente.
 
Pinto da Costa com telemóvel
Lusa

Frequentemente diz-se que Pinto da Costa sabe defender o seu clube como poucos o souberam. São palavras que ora podem ser atribuídas a adeptos, ora a adversários. Todos parecem reconhecer a sua capacidade em defender os interesses dos clubes. Nesta argumentação não é raro ouvir-se igualmente dizer que defende o clube como poucos, mesmo que por meios menos honestos. Palavras que tanto se atribuem a adeptos como adversários, também.

De facto, parece assumir-se nesta argumentação que para atingir os fins todos meios são viáveis. O que significa, por isso mesmo, que os adversários admitiriam proceder da mesma forma. Por outro lado, os adeptos não vêem imoralidade nenhuma nesses procedimentos. Mais ainda, os adeptos são tão fiéis a Pinto da Costa que lhe desculpam tudo, mesmo que isso prejudique o clube, digamos, a imagem do clube.

Em consequência, podemos afirmar silogisticamente que se adeptos portistas admitem a tirania do presidente e os seus meios para atingir os fins sem nisso verem inconveniente, dado que apenas defende os interesses do seu clube, pois então se é possível admitir que um presidente tiranize um clube e use de todos os meios para proteger o clube, mesmo que meios ímpios e desonestos, então segue-se que, na mesma linha de pensamento, esses adeptos portistas (e mesmo os adversários que admitem que Pinto da Costa é um presidente mesmo que use meios pouco honestos) admitem que um primeiro-ministro possa usar dos meios mais ímpios e desonestos para proteger o país (à semelhança do que frequentemente se costuma dizer a respeito de Salazar, a saber, que era ditador mas sabia defender o país).

Daqui se poderia presumir algumas conclusões:

a) que se adeptos de um determinado clube admitem que o seu presidente proceda tirânica e desonestamente para atingir os seus fins, é presumível que aceitem (ou aceitassem) que um primeiro-ministro seja também um tirano que use de qualquer meio para atingir os seus fins, desde que proteja o seu país;

b) por consequência, aceitam uma tirania;

c) dada a aceitação da tirania, segue-se que aceitam tudo que lhes será imposto, porquanto a assunção da tirania é justamente essa condição de possibilidade;

d) dadas as premissas anteriores, podemos presumir um traço caracteristicamente psicológico português nestas assunções, a saber, tudo é permitido desde que seja em defesa de qualquer coisa que nos diga respeito: um clube, um país, etc.;

e) assim, é muito plausível que, dadas as premissas anteriores, o povo português seja com efeito um povo imoral, pois aceita qualquer meio desonesto para atingir os fins, pois assume essa posição sem mais, e portanto aceita a tirania sem mais;

f) o povo português, então, é um povo que não só aceita ser submisso como tende para a tirania, caso em que, individualmente, cada um seria na condição de possibilidade mesma, um ditador.

Presume-se, em consequência, que Pinto da Costa não procedeu, não procede nunca mal na presidência do seu clube, pois, se os adeptos aceitam o procedimento, mesmo que desonesto, a aceitação é o resultado desse traço psicologicamente português de que tudo serve para se atingir os fins, desde que estes sejam alcançados e todos estejam contentes.

Conclusão: Pinto da Costa, à luz portuguesa, não procede nunca mal. Outra conclusão se tira, naturalmente: Portugal não tem corrupção, antes o que os putativos corruptos fazem é proteger o seu país, mesmo que isso implique proceder por meios desonestos.

FC Porto:

Comentários [51]

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Tirania de Titulos...

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Nada de novo.

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...um artigo interessante, pois levanta de facto a noção de que, em Portugal, o futebol se confunde com a própria ideia que temos do país...ainda que de forma completamente subversiva.

Os erros morais e a ausência de valores da classe política são o fim do mundo em cuecas...mas, no futebol, são meios necessários para se atingir um fim. Gera paixões, este desporto. E como tudo o que envolve paixão, desliga-se com muita facilidade da razão...sendo muito fácil perder-se de vista o bom senso e a noções básicas de humanidade.

Contudo, tirania não seria o termo que utilizava para definir a forma de estar de Pinto da Costa. Esse homem é um déspota, um homem que usa e abusa de um autoritarismo populista que, note-se, tão bons frutos deu a inúmeras personagens ao longo da História, incluindo a história recente de Portugal.

Portanto, sim...é legítimo afirmar que uma considerável maioria de adeptos portistas (nem todos, existem ainda bastantes que apoiam, antes de mais e em exclusividade, o emblema) admite, sem qualquer tipo de prurido, a total subversão de valores perpetuada pelo presidente do seu clube, desde que lhes afague o ego.
Preocupa-me mais, sinceramente, o que irá acontecer, quando o déspota for fazer tijolo. O essencial no despotismo será sempre a capacidade do déspota em manter activa a noção de grandeza do seu governo, aparecendo, mostrando-se, falando do alto para os seus servos (a última na Afurada foi linda, da janelinha, a dizer adeus...)

Os seus súbditos não irão rever-se no déspota seguinte, até porque dificilmente se existirá outro no seio do clube, com a capacidade oratória de Pinto da Costa. Regra geral, é também condição sine qua non para a afirmação do despotismo. É um homem que emana inegavelmente uma aura de diferença. Caminha noutro patamar. De valores, de humanidade, de civismo.

Só não concordo é com uma coisa no artigo. O povo português está longe de possuir um traço psicológico que o defina como imoral e muito menos tende para a submissão. Aliás, é a presença destas figuras ao longo da nossa História que confirma precisamente o contrário. Não o toleramos. Elas são exceção. Estão longe de ser a regra. Somos, isso sim, é facilmente impressionáveis.

Não temos, de momento, a capacidade de destrinçar o trigo do joio a priori. Falta-nos subir uns degraus na escada social e civilizacional. Muitos anos de ditadura também a isso nos obrigam...

Lolll...

...Um espermatozoide a dialogar com um esquizoide...lolada...

Remeto para um livro do

Remeto para um livro do Professor José Gil, Portugal Hoje, o medo de existir, em que o Professor traça um perfil psicológico à sociedade portuguesa, sem contudo deixar de associar à ditadura de que fomos altos. Note-se um capítulo dedicado à inveja, que, à época não lhe havia dado muito atenção, e hoje me parece ser bastante pertinente. A extrapolação para a generalidade da sociedade portuguesa, à primeira vista, poderá parecer faliciosa, mas atentamente olhada dificilmente se não deixa reconhecer, ver, desvelar esse imoralismo e assentimento com tudo que há de corrupção. Como evidência, basta que dos grandes casos de corrupção quase ninguém foi preso. A sociedade portuguesa reclama disto mas até hoje pouco fez. Tudo se passa como que se nada tivesse passado. Toda a gente sabe, toda gente fala, mas ninguém faz o que quer que seja. E se alguns não se revêem nessa corrupção, outros há, os que refiro aqui, que de certa forma agiriam do mesmo modo. Não sendo propriamente adepto do holismo sociológico, não deixo contudo de verificar que em parte tem a sua plausibilidade. A História enquanto condição de possibilidade de estudo holístico, pode também assim ser vista como descontínua e portanto atermo-nos a períodos cuja episteme se nos revele mais da contemporaneidade do que a história teria revelado na sua totalidade.

...

"sem contudo deixar de associar à ditadura de que fomos altos"
Entre os povos latinos (Portugal incluído), a que muitos apelidaram de Jacobinos de todas as épocas, desde da época da Inquisição, são povos que nunca foram capazes de se elevar a uma outra concepção de liberdade. As suas simpatias nunca recaíram no mestre indulgente, mas sim em tiranos que os dominaram vigorosamente. Os povos latinos sempre erigiram as mais altas estátuas aos tiranos... o tipo de herói querido dos povos latinos terá sempre a estrutura de um César. A sua airosidade as seduz, a sua autoridade impõe-se e a sua espada mete-lhes medo.Os povos latinos sempre erigiram as mais altas estátuas aos tiranos..., o modelo de herói estimado dos povos latinos terá sempre as características de um César.

»Remeto para um livro do

»Remeto para um livro do Professor José Gil, Portugal Hoje, o medo de existir, em que o Professor traça um perfil psicológico à sociedade portuguesa, sem contudo deixar de associar à ditadura de que fomos altos. Note-se um capítulo dedicado à inveja, que, à época não lhe havia dado muito atenção, e hoje me parece ser bastante pertinente»

O José Gil no perfl sociológico/psicológico que traça da Sociedade Portuguesa, releva o tal "cantinho especial" e tão Português: a inveja, e ela é simplesmente, o reconhecimento da superioridade do outro, ou dos outros, ou então a forma incompetente dos invejosos admirarem os competentes!

O divã do Sigmund ajudaria a explicar tanta, tanta coisa! lol

...

...a inveja e a mesquinhez não são exclusivos do ser português.

Não tive ainda a oportunidade de ler o livro ao qual te referes, mas sei que falta avaliar condigna e de forma séria o impacto do Estado Novo no desenvolvimento da sociedade portuguesa, nomeadamente de que forma as gerações pós 25 de Abril ainda sofrem com a estagnação inteletual que foi imposta aos portugueses durante o regime de Salazar.

Não nos podemos também esquecer que a restauração da democracia foi um processo muito mal conduzido. Levou-nos do 8 ao 80 e nenhuma sociedade se equilibra quando a sua génese se apoia num momento de extremos. Os 3 pilares de democracia (re)nascem enquinados (aliás, arrisco-me a dizer que nunca estiveram direitos), sendo talvez o mais gritante o da justiça, que não teve prurido em assumir posições políticas, subjugando-se a interesses vários "a bem da Nação". Vícios que perduram e põem a nu as nossas debilidades enquanto sociedade.
Mas confio que com o crescente poder concedido a quem pouco pode fazer, nomeadamente através do acesso à informação, Portugal poderá acelerar o passo na tal subida de degraus. Já nem tudo se passa com se nada tivesse passado.

Irão sempre haver "Pintos da Costa" e irão sempre existir aqueles que seguem cegamente as fábulas de tal gente. Mas confio que serão cada vez menos. Aos poucos, vemos que enquanto sociedade, a portuguesa começa a ter mais critério.

Vai demorar, sem dúvida...e não duvido que cabe aos Tribunais e à Justiça uma fatia muito importante no bolo da dita "revolução mental". Resta-nos confiar que os "Pintos da Costa" deste país encontrem cada vez mais barreiras no subjugar a vontade de muitos à sua...

a questão da psicologia

a questão da psicologia portuguesa é bastante pertinente e difícil de descrever. Muitos têm tentado em vão. Eduardo Lourenço, José Gil, Teixeira de Pascoes entre outros. Mas todos eles padecem de uma análise rigorosa e partem de petições de princípio. Basta a própria questão para ser petição de princípio. Que é isso de psicologia portuguesa? Claro que partir daqui é cair numa petição de princípio. Pretende-se confirmar o que de antemão já está pressuposto. Concordo com isto. Mas também não vejo por que não procurar essa psicologia, no pressuposto que possa de facto haver. Lévi-Strauss demonstrou muito bem que não havia diferença entre o pensamento selvagem e o pensamento moderno, partindo justamente de uma ideia anti-histórica e de não haver progresso na histórico. As formas de pensar, os ritos, mitos e hábitos culturais e organizacionais mostram que o tipo de pensamento e hábito cultural, etc., implica uma obediência inconsciene às tácitas imposições estruturais. Encontram-se aí os princípios de uma homologia fundamental entre os pensamentos selvagem e civilizado, e da contigência da história. Como efeito, se partimos de uma análise estrutural de forma a captar o inconsciente subjacente às estruturas. Inconsciente não freudiano, mas sem sujeito. Creio que a análise estrutural straussiana daria bem conta da psicologia portuguesa.

Eduardo Lourenço, Gil,

Eduardo Lourenço, Gil, poderei aceitar, mas o que faz aí Teixeira Pascoes? Apenas pelo facto de ter escrito em meados do século passado »a arte de ser Português»?

António Barreto será que te diz alguma coisa?

Vê atentamente este retrato sociológico de Portugal (tem vários módulos), e tirarás várias conclusões ou ilacções, sobretudo sobre as alterações sociais (e tem aí muito da nossa psicologia) verificadas em Portugal ao longo das últimas quatro décadas, num perfeito retrato da sociedade Portuguesa contemporanea. Nos vários módulos, tens imagens a preto e branco, e outras mais coloridas, escolhi este módulo, com o magnifico "Doiro" do Adolfo Rocha a abrir este módulo:

http://youtu.be/p8IIdulwXsY

já leu o livro do Teixeira?

já leu o livro do Teixeira? Se sim, sabe do que estou a falar. Quanto ao Barreto, não me merece qualquer credibilidade, assim como a sua esposa. De referir, já agora, que aos nomes acima apontados, posso acrescentar Fernando Pessoa. Quanto ao resto, não há substrato algum para comentar. Ainda espero uma refutação à minha argumentação que não se baseie em títulos ganhos e meras considerações espúrias.

A arte de ser Português do

A arte de ser Português do Teixeira de Pascoaes? Li sim, retrata o nosso perfil, a nossa raça, aliás, já na época renascentista foi louvada pelos Lusíadas de Camões, e noutro contexto bem distinto, Camões também afinal também retratou a Alma Lusitana!

Quanto ao António Barreto, e à Filomana Mónica, respeito opiniões e divergencias respectivas...

»Ainda espero uma refutação à minha argumentação que não se baseie em títulos ganhos e meras considerações espúrias»

Voltando á questão desportiva: Durante 4 décadas, e abordo as anteriores a Abril de 1974, o Benfica ganhou 20 Campeonatos de Futebol, 15 Taças de Portugal e 2 Taças dos Campeões Europeus, em contraste, o Porto no mesmo período ganhou 5 Campeonatos e 3 Taças de Portugal. Será que o José Gil ou o Eduardo Lourenço encontram uma explicação lógica para tais diferenças abissais? Ou encontremos a resposta de tais registos desportivos opostos, no centralismo que imperava no Estado Novo?

Qual a parte que não entendeu

Qual a parte que não entendeu no meu argumento que não me importa a factualidade dos ganhos de Pinto da Costa, e ainda que não ataco Pinto da Costa (coisa que poucos portistas perceberam) mas antes os adeptos e até adversários que o defendem mesmo admitindo que ele procede por meios desonestos?

E explicação para isto, há?

Repito :

Voltando á questão desportiva: Durante 4 décadas, e abordo as anteriores a Abril de 1974, o Benfica ganhou 20 Campeonatos de Futebol, 15 Taças de Portugal e 2 Taças dos Campeões Europeus, em contraste, o Porto no mesmo período ganhou 5 Campeonatos e 3 Taças de Portugal. Será que o José Gil ou o Eduardo Lourenço encontram uma explicação lógica para tais diferenças abissais? Ou encontremos a resposta de tais registos desportivos opostos, no centralismo que imperava no Estado Novo?

Começa por aqui!

...

...o que é isso de "psicologia portuguesa"? Boa pergunta. Responder a tal questão creio que irá sempre resvalar para um sem numero de lugares comuns e chavões que não se coadunam, tampouco fazem a devida leitura do que foram as imensas alterações na nossa antropologia social nos últimos 20/25 anos.

Aliás, vivemos um período interessantíssimo para esta problemática...sobre o qual Levi Strauss teria efetivamente muito a dizer. :) Não nos podemos esquecer que sucedem-se alterações estruturais e estruturantes de extrema importância para nós, enquanto animais sociais, enquanto portugueses e, acima de tudo, enquanto europeus...praticamente a titulo diário. E não vejo assim tanta obediência a tais imposições. Rescreve-se a história ao mesmo tempo que discutimos isto.

Urge rever alguns mitos da "psicologia portuguesa" e aí sim...Levi Strauss seria autor a ler e a reler com atenção. Alias, a queda de ícones, dos tais "Pintos da Costa", seria decisiva para dar o tão desejado e cada vez mais necessário "empowerment" ao português tipico, ainda inconsciente da sua própria capacidade individual. Mas concordo...apesar de ventos de mudança serem já observáveis, ainda vigora muito a obediência inconsciente, como aliás, o futebol o comprova.

Batatas e cebolas

Sou o único que acha ridículo comparar futebol com um país?
Adoro futebol, mas por amor de Deus, futebol é futebol, quer se queira quer não, é um jogo!
Se existem pessoas que acham que gerir um país é um jogo e um entretenimento, por mim tudo bem, simplesmente acho ridículo...

Do melhor ...

... que tenho lido por aqui.

Classificação do artigo: Muito bom!

Obrigado.

Obrigado.

Eis explicada os 31 anos de

Eis explicada os 31 anos de Presidência de Pinto da Costa, 31 temporadas que garantiram ao Porto 58 títulos (dos 69 conquistados pelo Porto), e acumula PdC mais 3 titulos nos 4 anos em que foi Chefe Departamento de Futebol do F C Porto, nos idos anos 70. De relevar que entre esses 58+3 títulos conquistados por Pinto da Costa, 7 deles foram Taças Internacionais, isto é, esse Porto Tirano e Presidencialista, estende os seus "tentáculos desonestos" também à Europa do Futebol, numa palavra: notável!

Já os recorrentes "sucessos desportivos" do Benfica, podem ser muito bem explicados pela quantidade de "Proenças" que pululam na Benfica SAD!

Sumáriamente, a coisa resume-se a 2 paragrafos!

Recapitulemos: se os adeptos

Recapitulemos: se os adeptos do FCP e adversários reconhecem em Pinto da Costa uma capacidade enorme de defender os interesses do seu cube, e se reconhecem com frequência que essa capacidade releva de um procedimento pouco honesto mas cujos meios justificam os fins, então segue-se que admitem que se poderá proceder por meios desonestos para se atingir esses fins. Esta assunção implica por conseguinte que também eles (adeptos e adversários) procederiam dessa forma.
Estas premissas são dedutivamente válidas.
Se me perguntarem se nas premissas é necessário justificar a generalização de adeptos, sim, é. Mas eu não utilizo o quantificador “todos”. Simplesmente refiro adeptos e adversários. Podem ser muitos, podem ser poucos. Mas os que reconhecem isso, claramente admitem que também procederiam da mesma forma.
E quanto à veracidade de alguns adeptos e adversários reconhecerem que Pinto da Costa pode proceder por meios desonestos, essa é demonstrado com frequências quer nas televisões, quer no discurso quotidiano desses adeptos e adversários.
Quanto ao facto de ter presumido, e repito, presumido, que do facto de haver adeptos e adversários que reconhecem esse procedimento menos honesto e portanto que há pessoas portuguesas que admitem proceder da mesma forma, desde que os meios justifiquem os fins, não sendo verdadeira, é muito plausível, portanto, presumir que algo psicológico existe no português que faz com que assuma essa condição desonesta perante certos interesses.
Portanto, não vejo em que o seu comentário desmonta o meu argumento. Do facto de o Porto ter ganhado imensos títulos sejam nacionais ou estrangeiros não se segue que tal reconhecimento por parte dos adeptos e adversários seja inválido.
Uma atitude honesta não se mostra pelos títulos ganhos.

não vai responder de acordo com as suas expectativas,

se é que perante esta circunstância as possui... eheheh
o que escreveu faz todo o sentido, já o havia referido, e este interessante tema, está mais que aprofundado e debatido na literatura de determinadas disciplinas da ciência... a população portuguesa possui factores históricos e imediatos que os caracteriza e os conduz de forma muito peculiar