At. Madrid teve que convencer Salvio a sair para o Benfica

O conselheiro delegado do Atlético de Madrid, Gil Marín, fala da transferência de Salvio para o Benfica e diz que "não estava prevista a saída" do jogador. "Mas, quando não restava outra alternativa, apesar de querer ficar, fizemos-lhe ver que era necessário a sua transferência para aproximarmo-nos do equilíbrio", justifica o dirigente em entrevista ao jornal espanhol Marca.

Na mesma publicação, o dirigente diz que "foi uma irresponsabilidade" pagar 40 milhões de euros ao FC Porto por Falcao. "Depois de vender na mesma época De Gea e Kun, para assumir compromissos que tínhamos com a Agência Tributária, esse risco de contratar por 40 milhões um avançado roçava a irresponsabilidade. Hoje em dia, todo o mundo o vê bem, mas eu recordo que no mês de janeiro um sector do público assobiava o jogador", constata.

Gil Marín revela ainda que o Atlético manteve "conversações com mais de um clube de Rússia, França ou Inglaterra, que estavam dispostos a pagar a cláusula de rescisão de Falcao". Mas, "se há alguém que está a demonstrar compromisso, vontade e 'ganas' de continuar no Atlético, é Radamel", afiança ainda, notando que o internacional colombiano "poderia forçar uma situação, como muitos outros futebolistas forçam, para ter revisto o seu salário, para sair e conseguir um ordenado maior noutro clube, mas demonstrou não apenas ser solidário, companheiro e profissional, mas também ser um homem que respeita o assinado".

Por fim, o dirigente assume que o Atlético vende futebolistas "por necessidade", para "cumprir compromissos", frisando que, "desde a descida", o clube vem "arrastando um deficit de tesouraria" que obriga a permanentes "equilíbrios difíceis e a assumir riscos com entradas e saídas".