Fernando Riera, tricampeão pelo Benfica, morreu aos 90 anos | Relvado

Fernando Riera, tricampeão pelo Benfica, morreu aos 90 anos

 

O treinador chileno Fernando Riera, tricampeão português de futebol ao comando do Benfica, morreu na madrugada de quinta feira, vítima de ataque cardíaco, anunciou com grande destaque a imprensa chilena.

“Faleceu às 10 da noite por enfarte. Nos últimos dias não estava muito bem. Não é muito inesperado, pois já tinha 90 anos”, afirmou um filho de Fernando Riera, citado pelo jornal chileno “La Tercera”.

Como jogador, Fernando Riera representou o Chile na fase final do Mundial de 1950, tendo marcado um golo aos Estados Unidos, e, já como técnico, levou o seu país ao terceiro lugar no Mundial de 1962, que organizou.

Em Portugal, o chileno, nascido a 27 de junho de 1920 em Santiago do Chile, passou por Belenenses (1954/55 a 56/57), Benfica (62/63, 66/67 e 67/68), FC Porto (72/73) e Sporting (74/75), tendo “brilhado” sobretudo nos “encarnados”, pelos quais conseguiu 69 vitórias em 92 jogos.

Riera conduziu o Benfica ao título em 1962/63 e, numa segunda passagem, em 66/67, tendo ainda iniciado a campanha rumo ao cetro de 67/68.

Na primeira época, e em substituição do húngaro e bicampeão europeu Bela Guttmann, o chileno conduziu os “encarnados” a uma terceira final consecutiva da Taça dos Campeões, perdida para o AC Milan (1-2, em Wembley).

Na época de 67/68, em que o Benfica ainda foi liderado por Fernando Cabrita e o brasileiro Otto Glória, Fernando Riera conduziu a equipa nas duas primeiras rondas da Taça dos Campeões, deixando-o nos quartos de final.

Antes, em 1954/55, no começo da sua carreira como treinador, este quase a levar o Belenenses a um segundo título de campeão nacional (após 45/46), mas perdeu-o a quatro minutos do final da última jornada.

Um golo do “leão” Martins, aos 86 minutos, empatou o Belenenses (2-2), no Campo das Salésias, e ofereceu o título ao Benfica, então liderado por Otto Glória.

Numa longa carreira como técnico, Fernando Riera passou também por clubes como o Nacional, do Uruguai (1960), o Boca Juniors, da Argentina (71 e 72), ou o Deportivo da Corunha, de Espanha (73).

Riera morreu na sua casa em Providencia, à qual rapidamente foram chegando familiares e amigos, e hoje o seu corpo será trasladado para outro lugar, sendo que o funeral deverá realizar-se sábado.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Foto: sxc

 

Benfica:

Comentários [1]

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Grande figura do futebol nacional que merece....

a homenagem merecida!

E por acaso nem sabia que era ele o treinador dos pastéis naquele dia fatídico nas Salésias. Tudo feito para o Belém ser campeão, com a nação Sportinguista não muito preocupada com a derrota do nosso clube, mas...

E por relatos do meu pai que esteve presente neste jogo, os pastéis não contentes com a possibilidade de se sagrarem campeões, tornaram-se similares aos seus rivais fundados no seu bairro, tendo começado a provocar, durante todo o intervalo o 6º violino Martins.

Conta o meu pai, que nessa semana começou uma boataria onde se envenenava o vizinho do lado com uma estória de uma hipotética traição da mulher ao pobre Martins, cenas próprias desta maralha latina atlântica, que culminou com as bocas para dentro do campo e os devil horns na direcção do Martins, que pelos relatos nem estaria para jogar.

Mas ser do Sporting e representar o Sporting é acima de tudo um estado de alma de honra e orgulho, e quando estava tudo para se fazer um Belém campeão, o Martins a vestir a camisola do Leão, mostrou aos arrependidos adeptos azuis, que acima de tudo há que respeitar o adversário!

Não sei se será da maresia ou do cheiro do esgoto, mas as coisas nascidas ali para Belém geralmente nunca se endireitam !

 

Saudações Leoninas