A primeira reacção de Luís Filipe Vieira à exclusão do FC Porto da Liga dos Campeões surge esta quinta-feira, em entrevista ao site oficial do Benfica, na qual afirma que «a imagem do futebol português defende-se punindo exemplarmente quem viola as regras e põe em causa a verdade desportiva», contestando assim a reacção de Gilberto Madaíl à decisão da UEFA. O líder dos "encarnados" sugere mesmo a demissão do presidente da FPF. Quanto ao recurso do FC Porto, Vieira diz não acreditar na revogação, por parte do Conselho de Justiça, da decisão da UEFA.



Luís Filipe Vieira falou, em entrevista ao site do Benfica, da suspensão do FC Porto das competições europeias na época 2008/09, revelando não ter ficado surpreendido com a decisão da UEFA.

«O que me surpreende é o descaramento de algumas pessoas mais preocupadas em desfocar a realidade conhecida de todos», referiu, argumentando que a CD da Liga se limitou «a verificar e a denunciar a realidade que o futebol português viveu na época de 2003/04». Para o líder dos encarnados, «se a investigação tivesse abrangido anos anteriores, a dimensão dos "apitos" seria bastante maior».



Relativamente às afirmações que têm vindo a público, sobre o Benfica se ter empenhado na sanção da UEFA, Vieira refere apenas que o clube da Luz «fez, como sempre, o que tinha de fazer», mostrando-se convicto de que o Conselho de Justiça não vai revogar o castigo imposto ao FC Porto e ao seu Presidente. «Estou convencido que haverá essa tentação, mas não acredito que tal venha a acontecer».


Na entrevista, o líder dos "encarnados" aproveitou para mostrar o seu desagrado perante a actuação de Gilberto Madaíl à frente da Federação. «Senti-o demasiado empenhado em contestar o Comité de Controlo e Disciplina da UEFA», considerando que «a imagem do futebol português se defende punindo exemplarmente quem viola as regras e põe em causa a verdade desportiva».

Luís Filipe Vieira vai mais longe nas suas declarações e refere mesmo que «se da pressão do presidente da FPF resultar o branqueamento dos comportamentos já provados e sancionados», Gilberto Madaíl «só terá um caminho a seguir: a demissão!»



Imagem: Lusa