O verdadeiro grande mal do futebol português | Relvado

O verdadeiro grande mal do futebol português

O grande mal do futebol luso está na enorme diferença entre os três grandes e todos os outros clubes
 
Portugal sub20 1-0 Camarões sub20 (Mundial 2011 Colombia)
Lusa

Muito se costuma falar do mal do futebol português e as opiniões são as mais diversas dependendo das pessoas e das cores clubistas.

É evidente que o futebol luso tem de mostrar algumas debilidades de tipo financeiro que têm a ver com a menor dimensão do país que não consegue ombrear com as maiores economias da Europa. Mas também é certo que, apesar disso, equipas como o FC Porto, Benfica, Sporting ou até o Braga têm conseguido, no caso dos dragões com assinalável continuidade, dar enorme réplica e mesmo vencer alguns dos mais importantes emblemas de Inglaterra, Espanha ou Itália.

Na minha opinião, discutível como todas e é para discutir que a trago aqui, o grande mal do futebol luso está na enorme diferença entre os três grandes e todos os outros clubes! Não é só nem isso é o mais importante, uma questão de adeptos, mas uma questão de capacidades financeiras, não é a diferença , mas o verdadeiro fosso que separa uns e outros! Repare-se que qualquer jogador que é contratado por algum dos grandes nunca volta a outros emblemas tal a diferença entre o que se paga nuns e noutros!

Por outro lado, qualquer jovem que se destaque num clube mais pequeno, se não for para ser contratado por um desses grandes, prefere ir para o estrangeiro pois consegue arranjar condições bem mais atrativas. Qualquer clube de 2ª Divisão de Espanha,. ou da Suíça, Grécia, Chipre, Roménia, Bulgária, Escócia ou outros países em que abundam os futebolistas nacionais, paga bem melhor que um Braga, Guimarães, Nacional ou Marítimo, os emblemas que vêm a seguir aos três do costume em aspirações.

O jogador português, fruto das boas prestações de clubes e seleções, tem mercado no estrangeiro, mercado esse que proporciona melhores condições financeiras que os clubes de segundo plano nacional e, por isso, mesmo por empréstimo vão para fora!

Veja-se o que se passa com os jovens que integraram a seleção de sub-20 que, recentemente, ficou vice campeã mundial: grande parte desses jovens já estão no estrangeiro para onde foram sem estatuto o que significa, na maioria das vezes, também sem serem capazes de evoluir. Creio que o ideal, para esses jovens, seria manter-se por cá e jogar em equipas menos complicadas que os grandes, mas não acontece isso!

Seria fundamental reduzir o fosso entre os grandes e os outros, mas cabe a estes descobrirem as formas de o fazer de forma a melhorar a sua competitividade! Não será seguramente sendo demasiado modestos e jogando mau futebol imposto por maus treinadores que isso será conseguido!

O que pensam os relvas, se é que, atualmente, pensam alguma coisa para além de fazer provocações aos adversários?

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Comentários [12]

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muito dificil mudar este estado de coisas

Antes do mais, os meus parabéns pelo seu lúcido artigo.
O problema é que mudar este estado de coisas é impossivel com as actuais estruturas que dominam o nosso futebol.
Portugal deve ser dos poucos países da europa onde as pessoas de uma determinada localidade não são minimamente adeptas do grande clube dessa mesma terra, mas isso está a mudar. Antigamente a malta de Braga era benfiquista até dizer chega, hoje com a evolução do clube extravasando os seus limites geográficos já não será assim, os bracarenses sentem verdadeiramente o seu clube e como tal houve nesse sentido uma evolução positiva, o mesmo se passando com Guimarães mas eu diria que estes 2 casos são a excepção, a regra infelizmente é malta que vive em sanfona dos alhos e sem nunca ter visto sequer um jogo ao vivo é adepto invariavelmente do clube da terreola e de um dos 3 grandes. Penso ser um factor psicológico, aquela sede de vitória, mas isso são contas de um outro rosário e eu até estou à vontade pois sendo portista toda a minha familia da parte da minha irmã é (imagine-se) salgueirista com muito orgulho.
Outro factor que não vai mudar nunca é a distribuição dos dinheiros televisivos e aí os pequeninos levarão sempre no pelo. Ainda por cima o SLB não quer renovar o contrato com a Olivedesportos e a coisa vai-se complicar para a empresa de joaquim oliveira que poderá perder clientela com esse facto. Por mim tanto se me dá como deu, o que mais há são streams para se verem os jogos na internet e se calhar estão a inflaccionar muito a questão, mas uma coisa temos de reconhecer é que a sport tv sem os jogos do SLB é uma coisa diferente do que o contrário e isso obrigaria a uma nova redistribuição dos dinheiros para o futebol, se calhar ainda com mais prejuizo dos pequeninos (digo eu). Lá fora como os dinheiros envolvidos são bem mais elevados, e mesmo sendo a percentagem para os pequenos similar, recebem muito mais o que lhes permite compôr plantéis melhores e em teoria oferecer mais luta ao comprar jogadores com mais categoria.
Quanto aos jogadores portugueses fazerem parte dos planteis, a coisa tem vindo a piorar consideravelmente em função de valores até obscuros como as comissões dos empresários, os ordenados que os clubes pagam, os impostos a que os jogadores estão sujeitos (carga fiscal em espanha é muito menor por exemplo) e porque os clubes não têm muita paciência para os ver crescer como titulares. Acompanhei o inicio da era de ouro da cantera do FCP desde joao pinto, jaime magalhaes e fernando gomes e naquele tempo sendo o futebol diferente havia muito mais respeito pelo jogador saido da formação. Hoje o jogador é mais um número na equação. Mas de uma coisa eu sei, devia haver alguma limitação ao uso de jogadores brasileiros e extracomunitários no nosso futebol, mesmo que isso prejudicasse os 3 grandes a nivel internacional. Há um privilégio que não se justifica em relação ao jogador brasileiro quando sabemos que o inverso não sucede. Fica mais caro formar do que comprar e essa é a triste realidade, é como a fruta espanhola que compramos e que não vale um charuto comparando com a nossa (haverá certamente excepções).
Em resumo, a FPF precisa de alguém que pense a nossa realidade futebolistica nas várias vertentes, com algum distanciamento e isenção, de modo a que a indústria do futebol consiga sobreviver à crise que se avizinha e pode ser galopante em função dos rendimentos disponiveis das familias. Saudações desportivas.

Grandismo

Antes de mais, parabéns ao Dragão13 por trazer à discussão este assunto. É raro poder falar-.se nisso com pés e cabeça, contrariando o constante blá-blá à volta dos três do costume ou as assíduas e nojentas queixas destes para com as arbitragens. Sou assumido anti-grande desde que me conheço a respirar, devorar, a viver o fantástico jogo da bola. A par de ver o meu clube vencedor, gosto e torço - sempre - pelo crescimento dos 'não-grandes', pela luta contra o domínio 'unilateral' dos 'estarolas'. Gosto de ver quando se trabalha bem, em várias vertentes, mesmo com poucos recursos. Gosto que se encha o peito, sem medo, e que se enfrente os tubarões dentro e fora do campo.
Passando à discussão. Afinal o que os diferencia dos demais?

O 'fosso', como foi dito e bem, é demasiado grande. Comecemos pela razão demográfica, talvez a mais difícil de contrariar, pela nossa história, pela cultura que não favorece o amor ao clube da terra. Braga, Guimarães, Coimbra, Leiria, Setúbal, Barcelos, Olhão, etc., são cidades de um só clube, representativo da região no patamar mais alto do nosso futebol, mas que não têem expressão condizente no apoio a esses mesmo clubes. Atualmente, em alguns casos, trabalha-se bem para inverter esta tendência o que, juntamente com o sucesso desportivo, lentamente, poderá se chegar a níveis bem mais aceitáveis. Custa, é um processo moroso, mas pode e vai-se lá chegar, porque é possível.

Mas passemos àquele que é, para mim, o principal motivo: o dirigismo português, a todos os níveis vergonhoso. Sim, a culpa para ainda estarmos num nível zero ou negativo é, precisamente, dos dirigentes. Dirigentes dos clubes, das associações, das federações, de quem tem o poder e a obrigação de re-organizar o futebol português. No nosso caso, incompreensivelmente, a união não faz a força, simplesmente porque ela nao existe.
Pergunto como é possível, nos dias de hoje, estarmos tão atrasados no que diz respeito à correta distribuição dos valores que resultam das transmissões televisivas? Sim, as transmissões, o 'ópium', o combustível que permite fortalecer e aumentar os recursos. Porque não se discute isso? Porque não se coloca sequer a hipótese de avançar - um pouco que seja - com esse reequilíbrio? Quem está a prestar vassalagem a quem? Qual o verdadeiro interesse das direções dos clubes que, à partida, são prejudicados (e sabem-no!!) pelo atual modelo mas nada fazem e nada dizem? Porque não há uma atitude de força? De quê ou de quem têem medo?
Realço os dirigentes dos clubes porque no que toca aos responsáveis dos organismos que regem o futebol, a esses é quase impossível pedir para terem essa iniciativa. A colagem aos três grandes é evidente - sempre o foi - o poder de decisão, o rumo, as mais importantes decisões, têem a 'chancela' dos maiores. A guerra é entre eles ou quem consegue ter uma maior influência no... sistema. O tão famigerado sistema, que mais não é que um total e absoluto 'grandismo'. Sempre o foi, exemplos não faltam, apesar de pouco ou nada mediáticos.

Como disse, o ponto de partida é - terá de ser - a redistribuição do dinheiro dos direitos televisivos. É absolutamente inacreditável que mais de 80% do valor total seja entregue a três clubes, num universo de 16 (ou 32, se contarmos todos os clubes em competições profissionais). Porque, relembro, o Liga joga-se com esse número de equipas, sem as quais os jogos não se poderiam realizar, como me parece óbvio... Isto, falando na Liga. A taça BES é, como sabemos, uma competição oficiosa...

A par desse 'obstáculo', há bastantes medidas que poderão minorizar o poderio dos mais ricos. A começar pela balbúrdia que é a questão dos empréstimos, dos jogadores contratualmente ligados aos grandes, mas que 'rodam' em outros clubes de menor expressão. Há uns anos, havia clubes com cerca de oitenta (80!!) jogadores com contrato, mais de dois terços para emprestar. Absolutamente inacreditável. Jovens ou não, portugueses ou estrangeiros, o clube pelo qual o jogador evolui verdadeiramente pouco lucra com esse facto, pouco mais que a vantagem desportiva de poder contar com os seus serviços. É pouco, muito pouco.
Emprestam-se sete, oito, dez jogadores ao mesmo clube!! Ainda recentemente isto foi feito. Como é que ninguém faz nada? E emprestam-se dois, tres, quatro anos, às vezes até desaparecerem do mapa. Sem problemas. Isto é mau para o futebol português, é mau para os clubes e para os jogadores. Só é bom para... claro, esses mesmo. Para não variar. Aah, e para os empresários.
A arbitragem. Claro. Ou julgam que são prejudicados os três grandes? Deixem-se disso. A 'regra' é o oposto. Em caso de dúvida, a balança tende sempre para o mesmo lado. E não falo de penaltys, de bolas que passam a linha de golo ou foras de jogo que só as imagens retiram dúvidas. Não falo disso. Refiro-me à postura. Ao pré-concebimento, ao medo de errar demais contra o mais poderoso. Alguns de negro têem pavor a isso. A profissionalização é obrigatória; será, pelo menos, um ponto de partida. Exemplos? Não faltam. Vou dar dois dos mais marcantes, que decidem títulos, campeonatos: Braga, duas semanas seguidas, na Luz e na Pedreira contra o Porto. Lembram-se? Não há vergonha na cara. Faro, 98/99, motivando aquele que é ainda hoje o maior castigo a um dirigente português (e falhou o soco, o que foi uma pena); olhos de assustado do sr. árbitro quando, de repente, repara no relógio e vê que já passa do minuto 85 e o resultado está em 0-2. Sim, em Alvalade acabou por se fazer a festa, mesmo antes do desafio começar; a tal festa inédita, que nunca se tinha feito e nunca mais se fêz. Referi estes casos porque, aqui, a vergonha na cara não existe. Quando é preciso, faz-se, simplesmente. A impunidade é total.

Há que arrepiar caminho pelos clubes não favorecidos, porque é possível vencê-los, quebrar ciclos, quebrar a hegemonia. A vantagem está e estará do lado dos três 'estarolas', mas não de forma tão constante, tão insípida, tão evidente. Exemplos, como bem se recordarão, existem.

Um artigo digno desse nome...

Saudo o dragão13 por elevar o nível deste relvado, o que de resto não é nenhuma surpresa para mim....

Tenho a dizer em relação ao artigo que existe na minha opinião uma outra perspectva de abordar a questão e que ainda só vi aflorada muito pela rama.

Existe um problema cultural enraizado na nossa sociedade, que é esta troika sporting-benfica-porto, que não deixa margem para que os clubes de dimensão inferior cresçam. As pessoas foram educadas, ensinadas, (wathever) a ver apenas estes 3 clubes pois eram os clubes que levavam o nome de portugal a todo o mundo e como tal estigmatizou-se muito os clubes de cidade e de região.....e esta situação tem vindo a agravar-se (embora o Braga a continuar nesta senda de sucessos poderá ser um verdadeiro caso de sucesso impar no futebol portugues pela sua continuidade)...

A actual situação depressiva em que o pais se encontra mergulhado não permite que se tenha uma perspectiva mais optimista em relação ao futebol e às suas disparidades.
Eu tenho o exemplo do clube da minha cidade, o Enorme Vitória de Setúbal, que para mim em termos de palmarés será provavelmente o 4º ou 5º grande clube nacional, e onde comecei a dar os meus primeiros passos no mundo da bola, tanto como jogador como observador do fenómeno e do jogo, e que na decada de oitenta (uma decada depois dos seus tempos aureos) o estádio do Vitória enchia com relativa facilidade e motivava uma dinâmica na cidade (especialmente em dia de jogos grandes) como nunca mais se viu....o próprio estadio foi construido pela ajuda (fisica-mão de obra) e boa vontade das gentes de setubal
os domingos à tarde eram reservados para a bola onde sagradamente marcava presença com o meu avô desde os meus 4/5 anos...Depois veio a primeira crise que motivou a primeira chegada do FMI a Portugal onde o distrito de Setubal foi dos mais afectados pela pobreza e fome....o Vitória era (e é mas em dimensões muito menores ) um clube representativo de uma região...uma pessoa entrava num café em Alcácer ou Sines (+/- 100km's de distância) e lá tava o emblema do vitória na parede. Não houve uma verdadeira passagem de testemunho do valor e da sua representação enquanto clube para as gerações futuras (situação em que os clubes serão os principais culpados mas na altura estas situações não eram valorizadas como são hoje em dia).
Actualmente, o futebol é um negócio, que movimenta milhões, onde não há espaço para o "amor à camisola"....
à falta de exemplos deste tipo de jogador "com amor á camisola" o fenómeno do futebol foi-se desvirtuando da sua essencia e foi-se adaptando às condições de mercado, mercado este que tem sempre tendencia a favorecer os maiores clubes (empresas) em desprimor dos clubes de dimensão inferior (sem sentido perjurativo obviamente).

Se a tudo isto associarmos a mercantilização do futebol juvenil é fácil perceber como o futebol portugfuês chegou onde chegou.

Se associarmos tb às receitas de TV tb se percebe bem as disparidades criadas pelo sistema que está instituido....

De momento o que penso que poderia ser feito no imediato para tentar equilibrar um pouco estas disparidades seria mesmo a imposição de cotas de jogadores portugueses nos clubes, tanto amadores como profissionais.

Em relação à fuga de jogadores nacionais pouco à a fazer uma vez que portugal não tem condições (muito menos neste momento recessivo que atravessamos) para manter os jogadores após terem sido aliciados com propostas muito tentadores com valores muito acima dos praticados cá. Esta é a nossa realidade. O nosso pais é pequeno, os valores do mercado não são comparáveis com outros paises europeus e neste sentido teremos de trabalhar sob o pressuposto de sermos um país exportador de talentos. Focando-nos neste aspecto penso que será mais fácil chegarmos a uma estabilidade competitiva e económica no futuro.

Bom...

Bom artigo... Mais uma vez, é de salientar alguém escrever um artigo de futebol no seu todo do que apenas para entrar em picardias... Continua assim...

Em relação ao tema, concordo com as medidas indicadas pelo mercurio44... criar a limitação de estrangeiros, principalmente nas camadas jovens, ajudará em muito à evoluçaõ do jogador português...
No entanto, há um pormenor... O futebol português, como o país, tem menos capacidade financeira que a maioria dos restantes países europeus... Basta vermos o que pagam os grandes em Portugal e os grandes lá fora.... e isso é igual para os restantes "patamares" de grandeza clubistica...

A Liga e a FPF nada fazem porque, para mim, na realidade, não interessa fazer coisa alguma... O futebol em Portugal tornou numa verdadeira gamela de onde todos os "porcos" comem... empresários, presidentes, treinadores (muitos pedem dinheiro aos seus jogadores para que estes possam jogar de inicio, por exemplo)... os politicos querem ser vistos nos jogos, especialmente nos internacionais... os juizes e afins querem ir a Alvalade, Luz ou Dragão, ver os jogos da Champeons... O presidente da FPF está lá há 20 anos com o compadrio de todos... As associações empatam a aprovação de estatutos porque perdem poder, não interessando (a estas) se as equipas portuguesas poderiam ou não ficar fora das competições europeias...

Ou seja, no futebol português pensa-se em tudo menos em futebol, em como melhorar a competição... no futebol português pensa-se em dinheiro, de preferência o do "meu" clube... o resto interessa muito pouco...

O que isto precisa mesmo é de uma lavagem profunda... espero que o Fernando Gomes e o próximo presidente da FPF consigam fazer mais e melhor...

E é, também por isto, acho, que o jogador português da "cantera" vale nada nas contas dos clubes... Regra geral, o jogador português vale muito pouco para a cupula do futebol português... a não ser que jogue lá fora e "projecte" o nome de Portugal...

SL

problemas diferentes..

A diferença entre os 3 grandes clubes portugueses e as restantes equipas é similar ao que acontece em Espanha.
Existe uma diferença brutal entre as receitas dos diversos clubes que em portugal e Espanha é alavancada pelas receitas da tv - um dos principais factores de diferenciação. De notar que infelizmente também a própria Uefa segue o mesmo caminho nas competições europeias.. Uma vitória na LC vale 800mil e na LE vale 140mil!! Considero inadmissíveis tal diferença..A Uefa está a contribuir para a criação de clubes de 1ª e de 2ª categoria..

Quanto ao jogador português, a situação é agravada em Portugal pela ausência de regras para defesa do jogador português. E a situação era relativamente simples de reverter, para isso:
- Fomentar a criação de equipas B que jogassem na Liga de Honra, à imagem do que sucede em espanha;
- Obrigar a que cada clube tivesse 40% de jogadores portugueses no plantel, com o minimo de 30% em cada jogo;
- Deixar as equipas junior inscreverem somente 3 jogadores não-portugueses em cada equipa das camadas jovens.

Três medidas simples que ajudariam o futebol português.

Mas a Federação, a Liga e os Clubes NADA fazem.. E são TODOS culpados pela presente situação-..

Mas pensa por outro prisma

A política do FC Porto, é valorizar para vender caro e hoje, os rivais de Lisboa fazem o mesmo. Mas a verdade é que se pensares bem, a maioria dos grandes negócios que os dragões fizeram, de Fernando Gomes e Oliveira, passando por Rui Barros e Domingos, até Fernando Coutro, Sérgio Conceição, Ricardo Carvalho ou Bruno Alves foram com jogadores da casa que, segundo dizes e penso que não é bem assim, nunca tiveram valor até ao momento em que foram vendidos!

bem vou falar em páz e dár uma opinião sobre este tema

o mál está em não acreditar que isto pode acontecer
http://noticias.pt.msn.com/internacional/ministro-polaco-fala-em-risco-d...

Confusão...

Penso que terá razão no que diz no seu artigo. Assim como acho que o FilipeCosta e o tiaguinho_and, também têm razão. É um assunto delicado e muito complicado, daí todos terem razão! Tinha de ser decidido algo sobre estas situações, não a niveis internos (nos diversos campeonatos), mas antes através da Fifa. Mas a esses não interessa, e enquanto não interessar, os pobres continuarão pobres, e os ricos continuarão ricos. Quem manda no futebol, não é muito diferente dos governantes dos Países! Por isso, está tudo uma grande confusão.

assimetrias

Mas essas assimetrias existem em todos os lados, em todos os campeonatos. . . Como na nossa sociedade existem ricos e pobres. . . Não é verdade?

Claro que é mas...

Na sociedade há ricos e pobres, mas também há remediados e classe média baixa e média alta! No futebol português, como que falta esasa classe média! Há Porto, Benfica e Sporting que são muito grandes e há todos os outros que são pobres. Faltam os remediados, entendes?

Desde logo,

Escreveste um excelente artigo, com uma boa base de discussão!!

No entanto, e antes de passar ao comentário, uma pequena nota.
""no caso dos dragões com assinalável continuidade, dar enorme réplica e mesmo vencer alguns dos mais importantes emblemas de Inglaterra, Espanha ou Itália...."
Isto é desnecessário no artigo, só o entendo como "provocações aos adversários".. subtil, mas ainda assim..

Vamos ao que interessa,
De facto o problema tem muito que ver com dinheiro, Cidades como Faro, Evora, Setubal, Guimarães, Braga, Coimbra, Funchal.. supostamente teriam clubes mais fortes que competissem com os de Lisboa e Porto. Nestas apenas um/dois sobrevivem. Boavista e Belenenses sentiram-no.

Em Portugal existe um fenómeno que não se passa nos outros paises.. as pessoas são dos clubes da cidade onde vivem, mas são também de Benfica, Sporting e porto.. Em Inglaterra, Italia, França, Argentina, Brasil isso não acontece. É cultura e a nossa forma de ver o nosso futebol, acredito que nesta altura Guimarães e especialmente Braga.. podem mudar o rumo dos acontecimentos.

Só um aparte, mas dentro do conteudo

Contabilisticamente um jogador da cantera vale ZERO!!! Só os comprados valem como activos. Mesmo vendendo a fundos parte dos passes dos jovens, os fundos pagam uma bagatela, o que significa valorização como activo quase ZERO.

Sabias disto? Um Sul Americano vale como activo pelo valor pago e valorização do mercado, um tuga vale zero(se for da cantera).

Por isso, para valorizar os activos é melhor comprar que formar.

Cumprimentos.