Pinto da Costa diz que João Moutinho é jogador à Porto

Pinto da Costa não admite «ser condenado» no âmbito do Apito Dourado, mas se o for o presidente do Porto diz que vai «até às últimas instâncias internacionais». Declarações à revista Visão, onde o dirigente confessa que se sente «perseguido». Entre as habituais farpas ao Benfica e a Luís Filipe Vieira, fica ainda o elogio a João Moutinho, «um jogador "à Porto"».



Em grande entrevista à Visão, Pinto da Costa não muda o tom provocatório para com os rivais da Luz e Luís Filipe Vieira em particular. Sobre o presidente do Benfica, diz que ainda é sócio do Porto e que tem «as quotas em dia». Também garante que sabe qual é o problema do clube, mas não o revela. «Se dissesse, eles ainda o resolviam! Estão bem como estão», afirma.

No plantel encarnado atesta que não lhe interessa nenhum jogador, «nem que estivesse livre». Já do Sporting admite que gostaria de contratar João Moutinho de quem diz ser «um jogador "à Porto"», ressalvando contudo que o capitão de Alvalade é «inegociável» para a SAD leonina.

E quanto a transferências do Dragão, Pinto da Costa refere que Ricardo Quaresma será o jogador mais difícil de segurar no Porto, porque tem «cláusula de rescisão».


Na mesma entrevista, o presidente dos dragões revela «tranquilidade» relativamente aos processos disciplinares que correm na Liga de Clubes por causa do "Apito Dourado". Em caso de condenação promete ir «até às últimas instâncias internacionais», considerando que terá «oportunidade de revelar muitas coisas». «Não admito ser condenado», assevera contudo.

Pinto da Costa confessa ainda que se sente «perseguido» e «seleccionado» como alvo e aponta Carolina Salgado como o «ponta-de-lança» do Ministério Público. «Ser uma figura do Porto e do Norte que sobressai origina problemas, perseguições e incompreensões», defende. Voltando a sublinhar que a sua ex-companheira foi «industriada» nos seus depoimentos, assegura que Filipe Vieira a acompanhou à Polícia Judiciária e que a jornalista Leonor Pinhão, assumida benfiquista, ultimou o livro que Carolina publicou.

No saldo dos 26 anos de presidência, o líder portista entende que conseguiu «muito mais» do que sonhou e afiança que deixará a presidência «quando entender» e «antes dos sócios quererem», garantindo ainda que vai «provar aos calculistas que o FC Porto continuará conquistador» depois da sua saída.

Em termos políticos, Pinto da Costa defende a regionalização e admite vir a apoiar uma candidatura independente à Câmara do Porto. Não nega também poder vir a concorrer ele próprio à autarquia. «A isso, não digo nunca», constata.



Fotos: Lusa