Os grandes capitães do futebol português

Dos que eu vi, foram joão Vieira Pinto, Veloso e Paneira, pelo Benfica. Jorge Costa e João Pinto, pelo Porto; Oceano e Pedro Barbosa, pelo Sporting; Sanchez e Paulo Sousa, pelo Boavista. no estrangeiro, Maldini, Baresi, Dunga, Deschamps e Matthaus foram alguns dos mais marcantes das últimas décadas. Agora dos que não vi jogar, aquele de que ouço mais referências é de Coluna, o capitão do Benfica nos anos sessenta. a título de exemplo. aqui ficam umas linhas elucidativas do site brasileiro Trivela: "Coluna: Monstro Sagrado, o grande capitão Recordando os gloriosos anos 60 do Benfica na Europa, é impossível não destacar aquele que foi o líder mais imponente que o clube português já conheceu. Não havia adversário que não o respeitasse ou colega que se sentasse ou levantasse da mesa sem um sintomático “Dá licença, senhor Coluna?” Dentro do campo, não havia papelinhos “à la Mourinho”. Devidamente autorizado pelos treinadores, roubava-lhes a braçadeira para os 90 minutos. A de treinador, claro – a de capitão, só a obteve depois da aposentadoria de José Águas. Figura serena e paternal, Coluna confere a humildade e compostura que caracterizam o período áureo das Águias durante toda a década de 60. O ‘Monstro Sagrado’ foi um dos maiores de todos os tempos do futebol português. (...) O que torna este ‘Monstro Sagrado’ assim tão carismático? Os dez campeonatos nacionais conquistados? Os 126 gols em 525 jogos oficiais com a camisa do Benfica? O fato de ser o jogador com mais partidas realizadas com a braçadeira de capitão do Benfica (desde 1963 a 1970)? Tudo isso, claro. Mas também há o resto. Mário Coluna é daqueles jogadores que já não se fabrica. É irrepetível. Firme como um contrabaixo. De um olhar sereno, sábio e que ao mesmo ostentava uma tamanha aura guerreira que fazia com que nenhum adversário conseguisse dormir tranqüilo na noite anterior a uma batalha com o ‘Monstro Sagrado’. Coluna era um protetor, que não admitia que ninguém crescesse para um colega. “Eles (colegas) sentiam-se protegidos. Perguntem ao Simões, coitado. Ele era muito castigado e nessas alturas tinha de impor a minha presença. A frase que mais intimidava os adversários era ‘Se tocas mais no miúdo, sais daqui com uma perna a lamber a outra’. Depois, agarrava-os pelas articulações dos ombros e ia apertando, cada vez com mais força. Eles gritavam e eu dizia: ‘Estás com vontade de rir?’” É possível que aquele que cometesse uma falta sobre Simões ou Eusébio desconhecesse o fato de que Mário Coluna praticava pugilismo na adolescência, em Lourenço Marques.

Os jogadores em campo tratavam-no por Senhor Apesar de não ser do meu tempo era este o Grande Capitão

Do que dizem os mais velhos,jose aguas,coluna, da minha infancia,humberto coelho,ja adulto veloso, e joao pinto. Fora do meu clube,o j pinto do fcp,o oceano do scp.

Dos que tive oportunidade de ver, não houve nenhum que suplantasse o João Pinto. Um capitão que dentro do campo era um exemplo para os companheiros. Era claro e notório o respeito que todos os seus colegas (e mesmo adversários) tinham por ele. Colocava sempre os interesses do FCP e do grupo à frente dos dele!! Inesquecível a subida da escadaria do Estádio do Jamor, com os colegas de equipa atrás dele, e posteriormente a protegerem-se atrás do capitão (que jamais se escondia), da chuva de objectos arremessados pelos adeptos rivais. Para mim foi o capitão do FCP. A seguir a ele coloco o Gomes, que quanto a mim não tinha o carisma do João Pinto dentro do terreno de jogo, mas tinha-o junto dos adeptos. A seguir virá o Jorge Costa, que é um misto do João Pinto e do Gomes.

Em 1964 o Senhor Fernando Mendes levantou a nossa linda Taça das Taças, outro enormíssimo capitão que se lhe segue é o Sr. José Carlos. Mais da actualidade o Leão de "Sarilhos Pequenos" o Sr. Manuel Fernandes. Os outros grandes capitães são os Senhores : Oceano Cruz; Pedro Barbosa; Beto e Sá Pinto.

No meu Sporting claramente o Manel Fernandes. Mas o Barbosa e o Oceano sempre tiveram aquela aura de superioridade sobre todos os outros intervenientes no jogo, principalmente sobre os árbitros, que com estes três não havia espaço para nos gozar mais ainda. No caso do benfas vi sempre o Humberto Coelho como o grande capitão e o exemplo em todos os aspectos, tomara o Simão tivesse a metade da postura dele dentro e fora de campo. Mas o Veloso e o Galrinho também foram referências das boa postura e do respeito pelo adversário. No caso do Porto, e apesar das referências João Pinto e Jorge Costa, sempre tive uma grande consideração pelo Fernando Gomes. Um "senhor", como dizem aí no Porto. Até na "maoização" que lhe fizeram por parte do Octávio e de muitos outros que nunca deram a cara, manteve sempre a postura de uma pessoa séria e nunca falou mal do seu clube quando foi contratado pelo Sporting. E vontade não lhe terá faltado, mas como a justiça nunca falha, iremos ver o homem ainda como presidente do seu Porto. saudações leoninas

João Alves; Artur; Adão; Pedro Barny; Phill Walker; Bóbó; Tavares; Rui Bento; Ricardo; Litos; Pedro Emanuel; JVP; Sanchez; William, todos me deixaram inolvidáveis lembraças que me colocam um sorriso na face...bem todos não tem a parte final do angolano, jejejeje...

Primeiro tenho de admitir que sinto enorme tristeza quando olho para o meu clube e vejo a braçadeira no braço do Lucho (atenção, eu acho o Lucho um grande jogador)! Um capitão tem de representar o espírito do Clube e ser um exemplo para os colegas e uma referência junto dos adeptos! No meu FCP o João Pinto e o Jorge Costa foram os grandes capitães (o Gomes também pode ser incluido neste lote)! Refiro o Bento porque, apesar de guarda-redes, assumia uma postura em campo que contagiava todos os colegas a "comer a relva se for preciso".

É para mim a definição de capitão, por muito respeito por todos os clubes, este defesa direito ficará na história. Também gostei de ver Pedro Barbosa no Sporting, a presença dele mexia com a equipa. Talvez Bilro no Leiria seja a referência que também consigo apontar como "grande capitão".

...pode nem ter sido o mais carismático, nem o melhor que já passou pelo Benfica, mas marcou-me por ser o capitão da equipa quando comecei a ver futebol. Num jogo, contra (se não estou em erro, aos anos que isto foi) o Fortuna de Dusseldorf o Benfica estava a perder 2-1 na alemanha. Alguém foi á linha centrar e Humberto coelho apareceu para cabecear. Atrás de si tinha Fernando Chalana a dizer-lhe "estou" ( o que segundo muitos é falta, mas acho que os alemães não percebiam) e conta o próprio Humberto: pensei, esta bola ou entra ou vai à barra e decidiu-se a cabecear. Bem, a bola levou uma força que parecia rematada com o pé. Outra característica que me impressionava era a sua serenidade. Podia estar o público todo aos berros, colegas e adversários histéricos, que Humberto Coelho tentava serenar a situação como se de nada se tratasse. Confesso ter saudades desse tempo. Não só pela segurança com que via um Benfica jogar à Benfica, mas também por não haver, nem por sombras, comportamentos como o deste ano no Bessa que tanto me envergonhou como adepto. JPS