Durão e Madaíl como testemunhas de Valentim no Apito Dourado

Durão Barroso e Gilberto Madaíl foram arrolados como testemunhas de defesa de Valentim Loureiro no âmbito do processo "Apito Dourado". A notícia é avançada pela Agência Lusa que destaca os nomes do actual presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro de Portugal e do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) como alguns dos elementos mais afamados chamados a deporem em abono do líder da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e ex-presidente desta estrutura. António Mortágua, juíz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e presidente do Conselho de Justiça da FPF, será também testemunha abonatória de Valentim Loureiro no processo cuja Instrução foi já deliberada pelo Tribunal de Gondomar.


No que respeita ao arrolamento de Durão Barroso, o Jornal de Notícias adianta que o ex-primeiro-ministro português foi chamado para justificar a presença de Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF e arguido como Valentim Loureiro no processo, numa visita oficial do governo ao continente africano. Durão Barroso chefiava na altura o executivo luso e a presença de Pinto de Sousa na comitiva oficial de visita a terras africanas é apontada no "Apito Dourado" como uma suposta contrapartida oferecida pelo Major ao ex-dirigente da FPF para obter a sua colaboração na nomeação dos árbitros.
Note-se que Valentim Loureiro é acusado de 26 crimes de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e de dois crimes dolosos de prevaricação. Além do presidente da Câmara de Gondomar e de Pinto de Sousa há mais 25 arguidos, entre os quais 12 árbitros de futebol, no processo que arranca para a Instrução apenas no que concerne às suspeitas envolvendo o Gondomar da Liga de Honra.