Crise: bordel e funerária patrocinam clubes gregos

Diz o povo, que a dificuldade aguça o engenho. Em tempos de crise, não poderia ser mais verdadeiro o ditado popular que chega à esfera do futebol, designadamente ao grego. Com a Grécia no pelotão da frente dos maus tempos económicos do Velho Continente, os clubes têm que ser imaginativos, e pouco esquisitos, na hora de procurarem patrocinadores.

É precisamente o que se passa com o Voukefalas, clube da cidade de Larissa, que arranjou o patrocínio de um bordel. O emblema já jogou com o logo do novo patrocinador num jogo amigável e espera agora a autorização da Federação Grega de Futebol, para o poder utilizar nos jogos oficiais.

O presidente do Voukefalas, Ioannis Batziolas, justifica que o clube foi "forçado" a recorrer ao apoio do bordel por ter perdido o apoio financeiro da Federação.

"Quando anunciamos aos jogadores que o nosso patrocinador seria um bordel, eles quiseram logo saber de eventuais bónus", revela ainda Ioannis Batziolas, numa Rádio grega. "A proposta foi feita estritamente por razões económicas. Quando foi feita, não a podíamos recusar", acrescenta ainda o dirigente.

Mais peculiar é o caso do Paliopyrgos, clube da cidade de Trikala, que tem como patrocinador uma agência funerária. O emblema joga, desde o início da temporada, com um equipamento totalmente negro e com a publicidade à Funerária Karaiskaki 53, cujo logo é ilustrado por uma cruz azul clara.

"Foi uma questão de sobrevivência. O dono da agência funerária é um amigo e concordamos", refere o diretor geral do Paliopyrgos, Lefteris Vasiliou, citado pela imprensa grega. "A época passada foi muito difícil, com a crise económica. Não tivemos um patrocinador nos últimos três anos", salienta ainda Vasiliou.

A originalidade estará já a surgir efeitos positivos, no caso do Paliopyrgos, que terá aumentado as vendas das suas peculiares camisolas.

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