Vieira e Hermínio num encontro... casual

Hermínio Loureiro e Luís Filipe Vieira encontraram-se quarta-feira num Hotel de Lisboa. Os dois dirigentes alegam que foi por mera casualidade, mas depois das críticas tecidas pelo presidente do Benfica à arbitragem os dois homens terão certamente abordado os processos relacionados com o "Apito Dourado". Vieira não queria ser filmado e desentendeu-se com jornalistas da RTP.


O Canal público ainda não revelou imagens do incidente, mas os relatos de jornalistas presentes no Hotel, e que acompanhavam um evento relacionado com a Câmara de Comércio luso-espanhola, dão conta do desagrado de Vieira quando confrontado com a equipa de reportagem da RTP que o pretendia filmar. À saída do Hotel, um dos acompanhantes do presidente da Luz terá mesmo empurrado o repórter de imagem da estação, enquanto o líder das águias terá agarrado no microfone do jornalista e tê-lo-á atirado ao chão.


Vieira justifica a pretensão de não querer ser filmado com o facto de não estar naquele momento num acto oficial relacionado com o Benfica.

O presidente da Luz alega que o encontro no Hotel com Hermínio Loureiro foi meramente acidental. Mas os dois dirigentes terão trocado algumas palavras e parece seguro que os processos "Apito Dourado" e "Apito Final" terão fiado a conversa.

Os alegados inquéritos disciplinares instaurados pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga a Vieira e ao treinador Fernando Chalana, depois das declarações destes contra as arbitragens no fim do empate no Bessa, terão também sido abordados no encontro entre os dois dirigentes. Vieira terá manifestado certamente o seu desagrado a Hermínio Loureiro.


Mas as vozes críticas das águias relativamente aos homens do apito não se calam. O vice-presidente Rui Cunha constata que «o Benfica foi prejudicado nitidamente em confronto directo com adversários que lutam pelo segundo lugar». Em declarações divulgadas no sítio da Internet do Benfica, o dirigente considera ainda que «aquilo que se tem passado não são coincidências, é uma associação de factos», diz.

E Rui Cunha cita vários exemplos de alegados erros de arbitragem. «Fomos prejudicados ante o Paços de Ferreira, quando assinalaram uma grande penalidade inexistente», conta, realçando que, na mesma semana, «o mesmo árbitro que mais tarde errou no Bessa foi aquele que assinalou, mal, uma grande penalidade a favor do FC Porto, no Restelo». É Lucílio Baptista que continua a merecer reparos do emblema da Luz. O "vice" do Benfica fala ainda do jogo do Sporting frente ao Braga, de domingo passado, para notar que «foi mal anulado um golo» aos arsenalistas.


Fotos: Lusa