Benfica 3-1 Newcastle: meias-finais à vista

O Benfica continuou esta quinta-feira a série de bons resultados e exibições e tem as meias-finais da Liga Europa à vista. A vitória frente ao Newcastle por 3-1, no Estádio da Luz, permite encarar com confiança a viagem a St. James Park, na próxima quinta-feira.

Foi uma vitória justa mas mais difícil do que os números deixam antever, perante uma equipa inglesa que vive muito da inspiração dos seus jogadores mais ofensivos, mas que está bastantes furos abaixo dos encarnados.

O Benfica entrou algo desconcentrado no jogo, como tem acontecido nos desafios em casa na Liga Europa. Apesar de causar perigo desde cedo na área inglesa – dois remates de longe de André Gomes e Gaitán, aos 8 e 10 minutos -, no outro extremo do campo a defesa dava demasiado espaço aos rápidos avançados do Newcastle.

O meio-campo também não ajudava como devia: Matic e André Gomes raramente se entenderam: o sérvio fez dos piores jogos da época, o português sentiu o peso de substituir Enzo Pérez.

Foi dessa forma, aproveitando as debilidades iniciais do Benfica, que os visitantes marcaram, aos 12 minutos. Sissoko, pela direita, deixou Melgarejo para trás e cruzou para Cissé enganar os dois centrais encarnados e bater Artur.

O Benfica sentiu o golo e andou perdido no campo nos minutos que se seguiram. Não fosse o poste e Cissé teria feito aos 23 minutos o segundo golo, que poderia ter mudado o rumo do encontro.

Não marcou Cissé, marcou Rodrigo, dois minutos depois. Cardozo rematou, Krul defendeu para a frente e o hispano-brasileiro foi mais rápido na recarga.

O Benfica animou-se com o golo do empate e empurrou o Newcastle para a sua defensiva. Nos últimos 20 minutos da primeira parte, viu-se o Benfica que tem cativado esta época os adeptos: uma equipa alegre, dinâmica, com fome de vitória. O 2-1 quase surgiu aos 27 minutos, quando André Gomes e Ola John, na mesma jogada, evidenciaram a categoria de Krul. Pediu-se penálti por mão na bola de Yanga-Mbiwa, mas o árbitro esteve bem.

Sem baixar o ritmo, os homens de Jorge Jesus continuaram a testar a organização defensiva dos forasteiros. Aos 36 minutos, Krul esteve outra vez em grande, ao tirar o golo a Rodrigo; aos 40, Matic foi displicente na área e rematou fraco.

O ritmo baixou na segunda parte, que começou com um enorme calafrio. Aos 47 minutos, Cissé, sempre ele, ultrapassou Garay, fez um chapéu a Artur e a bola foi devagar, devagar… até ao poste.

Assistiu-se então à pior fase do encontro, só desfeita quando Jesus percebeu que, para ganhar, teria de pôr os melhores em campo. A passagem da hora de jogo, tirou André Gomes e Rodrigo e fez entrar Enzo e Lima. O ritmo e a velocidade aumentaram de imediato.

Foi o apurado sentido posicional de Lima a desatar o nó, aos 65 minutos. Santon atrasou para o guarda-redes mas Lima antecipou-se e roubou a bola. Após contornar Krul, só teve de empurrar para o 2-1.

O Newcastle sentiu o golo e recuou. Fisicamente, notou-se também falta de andamento dos ingleses, o que foi aproveitado pelo Benfica, empurrado pelos adeptos.
O 3-1 surgiu aos 71 minutos, de penálti. Cardozo até marcou por duas vezes, mas o árbitro mandou repetir. Uma grande penalidade bem vista pelo árbitro: Taylor tinha usado a mão na área.

Antes do final, Gaitán ainda teve nos pés o 4-1 que resolveria a questão. Mas o Benfica, que não haja dúvidas, é muito mais equipa que este Newcastle.