O ano do tudo ou nada para o Benfica

Creio que resultados desportivos terão sempre que vir assegurados de mais valias financeiras. Como empresas que são, e que tanto movimentam, têm que garantir a priori a sua sustentabilidade, e, no estado actual das coisas, somente o seu sucesso na área do desporto não é viável. Aquilo que eu acho, e me parece ambíguo, é saber que temos um conjunto de "empresas", concorrentes como é óbvio, mas que lutam pelo mesmo objectivo: sucesso, seja ele em que área for. No entanto, dispendem esforços enormes em abater a concorrência, enquanto que seria mais lógico enveredar por uma estratégia concertada, que mantivesse uma política de acalmia, de camuflada "aliança institucional" e que pudesse mudar um pouco a mentalidade que se vive neste país. Penso que tal foi feito em Espanha, e com relativo sucesso. Mudar a cabeça dos adeptos é impossível. Fanáticos e gente doente irá existir sempre. Mas quando isso se verifica nos dirigentes há algo que não corre bem e, no seguimento, ver isso na classe que supostamente tem que gerir o futebol é grave. Ou seja, o constante clima de suspeição, onde tudo e nada é escrutinado e nunca sob o signo de algo positivo, não abona a favor da saúde do nosso futebol. Os investidores ressentem-se disso. Contentam-se com pouco. Saldo 0 não é admissível onde quer que seja. Se tal é o panorama actual, não temos nada assegurado... Nesse aspecto acho que o FCP dá cartas. Independentemtnte de questões paralelas, a sua estrutura funciona com uma lógica empresarial...e os frutos de tal mentalidade estão à vista, quanto mais não seja nos negócios que fazem. O resto já é outra história. Mau ou bom, depende da perspectiva. O Benfica, caso não tivesse manietado pela lógica do resultado desportivo é que interessa, essa eterna imposição...enfim...estaria talvez um clube diferente. Mau ou bom, depende da perspectiva. :) Cumps.