Calciopoli: Escutas à moda de Itália

O processo "Calciopoli" está de novo na ordem do dia em Itália com a divulgação de escutas telefónicas que não foram incluídas nas acusações iniciais e que implicam Massimo Moratti e Giacinto Facchetti, o actual e o antigo presidentes do Inter. A equipa de Mourinho pode perder o título de 2005/2006 que ganhou na secretaria.




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Vídeo que revela dois telefonemas entre Massimo Moratti e Paolo Bergamo, o homem que nomeava os árbitros no seio da Federação Italiana. A primeira escuta é relativa a 25 de Dezembro de 2004 e Moratti revela-se satisfeito com as escolhas dos árbitros para os jogos do Inter, mas Bergamo diz que se pode «fazer melhor» no sentido de as escolhas serem feitas de forma «menos casual».

Na segunda escuta, de 10 de Janeiro de 2005, depois do Inter-Sampdoria (3-2), Moratti e Bergamo comentam positivamente a prestação da equipa de arbitragem no jogo. Bergamo fala ainda da «cordialidade» que mantém com Facchetti e refere que se está «a esforçar ao máximo para criar satisfação», sugerindo o nome de dois árbitros com vista ao jogo seguinte contra o Bolonha.

Facchetti, entretanto falecido, é também "apanhado" em várias escutas com Bergamo a falar de árbitros e numa delas percebe-se que o antigo dirigente está de visita a casa do homem que escolhia os juizes.

O Tribunal de Nápoles discute neste momento o pedido de Luciano Moggi, ex-dirigente da Juventus e um dos principais condenados no processo, para a admissibilidade de 75 escutas telefónicas que não foram incluídas nas acusações iniciais e que implicam actuais e antigos dirigentes do Calcio.