Transferências, jogadores estrangeiros e leis afins

Primeiro, quero realçar que me considero uma pessoa liberal e sem preconceitos de raça, credo ou cultura. Segundo, acredito que todos têm direitos iguais, independentemente do local e ou da profissão que tenham. Terceiro, concordo que os melhores tenham mais condições (leia-se vencimentos) e melhores regalias, mas como em tudo, deveria haver um limite.

Consideraria correto, um pouco ao estilo da NBA, que houvesse uma bolsa de transferências, onde clubes que tivessem ficado em pior classificação no ano anterior teriam direito de opção na escolha sobre uma possível lista de reforços. Podendo no entanto abdicar dessa posição em detrimento de outro clube, recebendo para isso jogadores desse clube em troca.

Para criar esta lista de reforços, teria que se considerar os jogadores dos escalões inferiores e os de formação. Aí os clubes que têm forte formação, neste caso como o Sporting, Porto e Benfica, ficariam a perder. Como o Estado utiliza fundos públicos para os clubes que tem formação, dado que estes se substituem ao estado, penso que o carácter financeiro está acautelado.

Esta ideia poderia ser desenvolvida para as ligas nacionais, ou poderia em última análise ser feita para Champions. Sendo feita a nível Europeu, os clubes nacionais de países em que as verbas são parcas, caso da Liga Portuguesa, estaríamos a ter mais do mesmo. Já que os clubes habituais seriam os mesmo que dominam há anos o futebol nacional.

Caso se optasse por esta ideia, e dado que todos os jogadores a nível mundial sonham jogar na Europa, far-se-ia uma lista com os melhores jogadores de todas as outras ligas, e os clubes com pior classificação na Champions teriam direito de escolha sobre os melhores.

Assim, se calhar e como habitualmente, salvo raras exceções, ficamos em lugares baixos, teríamos hipóteses de ficar de vez em quando com algumas estrelas, sendo no entanto obrigados os clubes portugueses a liberar jogadores para os clubes em pior classificação na sua liga.

Faria sentido se houvesse transparência, tetos salariais e honestidade no futebol, quer nacional, quer europeu, ou mesmo mundial.