Que tipo de FC Porto é este?

Devido ao meu portismo incondicional e confiança que tenho na direção do FCP, e fundamentalmente na pessoa do seu eterno presidente, JNPC, já por aqui tenho defendido não só a opção técnica do treinador, como também os próprios jogadores, por serem eles que têm a obrigação de espelhar no terreno de jogo a qualidade do futebol praticado.

Todavia, como tudo na vida, qualquer ato menos bem praticado ou menos conseguido, como diria Vítor Pereira, seja ele do foro desportivo, social ou político, terá sempre um princípio e um fim. E por muita pena que se perca um futuro bom treinador, um apaixonado pelo seu clube de coração, ou mesmo o próprio cidadão no vazio da selva do futebol, que tende sempre a não saber lidar com estas situações, criando sempre problemas nas carreiras de jovens treinadores quando não conseguem obter os êxitos pretendidos no início das suas carreiras, alguma coisa se terá que fazer para minorar e alterar o atual estado das coisas para os lados do Dragão. Muito sinceramente, já não me lembrava nem estava habituado a uma pobreza franciscana de estilo de jogo tão triste, tão lento e sem chama, de dinâmica de processos e com contínuos erros de opções técnicas.

Por último, sem querer aqui colocar o garrote somente a Vítor Pereira, sabemos bem que nestas circunstâncias será sempre ele o alvo a abater, por ser sempre a solução mais simples e mais barata. No entanto, outras soluções se podem vir a perfilar no quadro da composição do plantel, uma vez que estamos bem perto da reabertura do mercado de transferências, que penso que poderá estar um pouco dividido entre três grandes vetores ou grupos. Ou seja, temos o grupo de jogadores portugueses, o grupo de brasileiros, e por último, o grupo do resto do mundo, que devido a sucessivas viagens longas em nada contribuem para a melhoria do estado atual da equipa.

O problema é que no futebol não se pode ficar muito tempo a pensar qual será a melhor solução para colocar em prática, pois este tempo será sempre aproveitado pelos nossos adversários para se distanciarem na classificação geral, pese embora na Liga o FCP ainda estar na frente da classificação. O problema é que se nota que jogadores como o Rolando, a falta dos dois laterais que se encontram lesionados e a errada e contínua opção do Maicon em detrimento do Otamendi para aquela posição, para além da paupérrima falta de forma do Hulk, Guarín, Varela, Kleber e do próprio James, devido às constantes deslocações para jogarem nas seleções que têm sempre uma componente de enorme desgaste, contribuem e de que maneira para este estado das coisas.

Solução para esta crise de resultados? Penso que a melhor solução seria Domingos, e também assim pensaria JNPC antes mesmo de ter perdido Villas-Boas para o Chelsea como alternativa a médio prazo. Só que para mal do clube as coisas acontecerem de forma precipitada e com pouco tempo para decidir e o SCP soube antecipar-se com o êxito que se pode comprovar. Optou-se então pela solução mais direta, mais barata e mais simples, apesar de ser arriscada e errada como se veio a comprovar.

Contudo, como sempre, não tenho qualquer dúvida que JNPC saberá mais uma vez dar uma resposta cabal para inverter este estado de confiança e de menor fulgor do FCP. Eu continuo sempre a acreditar que a história desportiva da família portista continuará sempre espelhada na génese do seu próprio Hino, e não será um período menos conseguido que nos fará parar na senda do melhor clube português do momento, não só no futebol mas também no seu ecletismo desportivo.

Força FC Porto, eu acredito sempre na valia e na competência do meu clube do coração e da minha cidade natal.