Jorge Costa: Adeus Olhão, Porto à vista...

Atendendo ao momento actual do Porto e às (muitas) saídas que se avizinham, penso que a equipa terá que recuperar a tão falada "mística" que nos distingue dos outros clubes e, nesse aspecto, penso que o Jorge Costa seria o treinador ideal para o Porto. No entanto, parece-me que ainda não é suficientemente evoluído sobretudo do ponto de vista táctico e, nesse capítulo, ganham larga vantagem nomes como Domingos Paciência ou Manuel Machado. Além disso, são dois treinadores que acredito serem capazes de devolver garra à equipa. Quanto ao Paulo Bento, não gostaria de o ver no FCP, mas parece ser algo também muito provável.

Será mesmo? O Olhanense deu água pela barba aos três grandes… Afinal, que características se procuram? Com a derrota que se adivinha, vivendo em perigosos tempos de ameaça, para além da necessária competência, talvez se procure um comandante, forte capacidade de liderança, interesse pelo estado do clube – interesse para além do meramente profissional, afecto – … e o ex-capitão, um dos símbolos maiores do universo portista, poderia reocupar um lugar de destaque, seria a sua segunda vida. Vivenciou momentos gloriosos naquela casa, compreende o se espera de um jogador portista, compreende a responsabilidade do cargo, compreende os adeptos, certamente exigiria o máximo dos atletas, apoiando-se na sua experiência. Imagino eu, relembrando as grandes temporadas do eterno capitão… e como precisamos de um capitão. Enquanto treinador, observamos nele um trabalhador muito calmo – o que poderá mesmo causar alguma surpresa, devido a alguns excessos em tempo de jogador –, com um discurso interessante, mais que o discurso, uma postura muito agradável, não recordando nenhuma má educação ou polémica especial. O trabalho na cidade dos arcebispos foi complicado, terá corrido um risco dispensável ao lançar-se precocemente num projecto como aquele, pouco tendo feito até então. Não conseguiu os resultados que o presidente esperava, mas terá sido uma boa experiência, tendo em conta o excelente trabalho ao comando dos algarvios. Numa liga em que a competitividade e equilíbrio são por demais conhecidos, conseguiu a promoção com uma equipa construída naquele próprio ano, imensamente jovem. Agrada-me esta aposta declarada nos mais novos, devo confessar. Aposta que se manteria no seu clube do coração, não tendo qualquer motivo para o contrário pensar. Seria possivelmente um plantel mais equilibrado, estivesse ele entregue ao antigo número 2. E muito se elogia o tempo que André Villas Boas passou com o recente mestre dos treinadores, Jorge Costa conquistou mundos com ele, muito terá aprendido com o Especialíssimo 1 – sim, diferente aprendizagem em relação ao da Académica –, e outras boas influências terá, Robson também. Será um risco, obviamente que sim… Receio, contudo, uma possível e exagerada cumplicidade com o presidente, o que poderia enfraquecer a sua posição. Acredito também que o treinador conseguisse contornar essa situação, a existir situação semelhante… até porque o clube precisa de se reencontrar. Poderia ser, no mínimo, uma hipótese. (Domingos parece-me melhor treinador, seria ele)

Epoca 2010/2011 Porto: Domingos Paciencia Sporting: Vilas Boas Braga: Jorge Costa é a minha aposta, agora veremos. Cumps

mas desde quando a principal condição para ser treinador do fc porto é ser um grande portista? a principal condição é ser competente e o melhor! e com muita pena minha só em portugal há uma duzia de treinadores melhor que o jorge costa............