FC Porto irreconhecível empata com Rio Ave

O FC Porto voltou esta quarta-feira a desiludir os adeptos, que se despediram da equipa e de Julen Lopetegui com uma monumental assobiadela. A equipa azul e branca empatou em casa com o Rio Ave, por 1-1, em jogo da 16.ª jornada da liga portuguesa, somou o terceiro jogo seguido sem ganhar, e foi alcançado no segundo lugar da tabela pelo Benfica. O Sporting é mais primeiro, com quatro pontos de vantagem.

Se a margem de manobra de Lopetegui era muito curta, a permanência do treinador ter-se-á agora tornado impossível. O FC Porto, com um plantel de grande qualidade e em que foram feitos grandes investimentos, joga pouco e tem vindo a piorar ao longo da época. O jogo desta noite foi mais um exemplo.

O treinador basco voltou a “inventar” no onze com que começou o jogo. Maicon e Ruben Neves foram relegados para o banco, onde Tello nem sequer se sentou. Marcano, que não defrontou o Sporting, voltou a ser titular, assim como André André.

O FC Porto, incentivado pelo pouco público nas bancadas (19.116 espectadores), até entrou bem e procurou o golo desde cedo. Com rapidez, a usar os flancos, os dragões empurraram os vilacondenses para a sua defensiva e chegaram com naturalidade ao golo, aos 22 minutos. Herrera rematou forte à entrada da área, a bola ressaltou em Kizito e traiu Cássio.

Parecia que o mais difícil estava feito e que o FC Porto iria controlar as operações a partir do golo. Puro engano. O Rio Ave, equipa muito bem orientada por Pedro Martins mas que até então pouco ou nada tinha feito, reagiu e começou a aproximar-se da baliza adversária. O golo do empate surgiu, no entanto, quando nada o fazia prever, aos 34 minutos. João Novais rematou, a bola desviou em Danilo e enganou Casillas.

O FC Porto ficou intranquilo com o golo. Apesar de ter tentado chegar à vantagem até ao intervalo, as jogadas não saíam como os jogadores queriam. O mais perto que esteve do golo foi quando André André, a remar contra a maré, cabeceou a bola ao poste aos 41 minutos.

A segunda parte do FC Porto foi ainda pior que a primeira. Sem ideias, sem rasgos individuais ou coletivos, sem confiança, os jogadores azuis e brancos foram presa fácil para o Rio Ave, que controlou as operações sem passar por grandes calafrios. Os espectadores foram perdendo a paciência e recomeçaram os assobios, que se intensificaram até ao apito final.

Lopetegui mexeu na equipa, mas sem qualquer resultado prático. Brahimi e Maxi Pereira, os melhores da equipa da casa esta noite, ainda tentaram causar alguma agitação pelos flancos, mas os defesas do Rio Ave foram sempre melhores que os avançados portistas.

No final, destacaram-se os assobios, enormes, e os lenços brancos que deram algum colorido ao cinzentismo da noite e do espetáculo em campo.

Equipas:

FC Porto - Casillas; Maxi Pereira, Marcano, Martins Indi e Layún (Varela, 86’); André André, Danilo (Rúben Neves, 65’) e Herrera; Corona (André Silva, 71’), Aboubakar e Brahimi.
Suplentes: Helton, Maicon, Rúben Neves, Evandro, Imbula, Varela e André Silva.

Rio Ave - Cássio; Pedrinho, Marcelo, Roderick e Edimar; Wakaso e João Novais (Vilas Boas, 88’); Ukra (Lionn, 81’), Krovinovic (Zé Paulo, 71’) e Kizito; Yazalde.
Suplentes: Rui Vieira, Lionn, Vilas Boas, Nélson Monte, Abalo, Zé Paulo e Guedes.