Caso Hulk: FC Porto quer indemnização e demissões

O FC Porto exige ser indemnizado pelos prejuízos causados à equipa de futebol pela ausência de Hulk e Sapunaru dos relvados durante 17 jogos. O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reduziu de 4 e 6 meses de suspensão para apenas 3 e 4 jogos os castigos da Comissão Disciplinar (CD) aos dois jogadores e a SAD portista diz que só resta aos responsáveis da Liga
demitirem-se.




Em comunicado o FC Porto lembra a prolongada
ausência dos dois futebolistas dos relvados e pergunta «como teria sido o desempenho do FC Porto nestes compromissos, caso os dois atletas estivessem,
como deviam ter estado, disponíveis e quais os reflexos desta aberração na classificação da Liga 2009/10?» «Será que a verdade desportiva foi
defendida», questiona ainda.

O treinador Jesualdo Ferreira considera por seu lado que «será impossível avaliar o prejuízo» causado, «mas vamos
responsabilizar as pessoas», diz. Sublinhando que está «feliz por ver regressar o Hulk, também pelo Sapunaru poder jogar lá fora», o
técnico lamenta que «o FC Porto fez um mês de Janeiro e Fevereiro com uma enorme carga de jogos e sem esses activos», concluindo que o clube
«seria seguramente mais forte, como foi no ano passado, se tivesse todas as soluções».

A SAD azul-e-branca considera que a decisão do CJ vem comprovar «a perseguição da CD da LPFP [Liga Portuguesa de Futebol
Profissional] ao FC Porto e a cegueira persecutória de Ricardo Costa [presidente da CD], ratificada, ao melhor estilo de Pôncio Pilatos,
pelo presidente da LPFP, Hermínio Loureiro». «O futebol não esquecerá o péssimo serviço que lhe prestaram nesta matéria e, por conseguinte,
só lhes resta uma saída: obviamente, demitam-se», escreve-se ainda no documento.

Neste sentido a SAD anuncia que vai dar ordem aos seus advogados para encetarem «acções de responsabilização e indemnização, quer dos membros da
CD da LPFP, quer da própria instituição».

O CJ considera, conforme se lê no acórdão que divulga as reduções dos castigos de Hulk e Sapunaru, que os stewards são público e não intervenientes
no jogo, segundo foi o entendimento da CD. Factor este que foi determinante para a decisão, embora o CJ note que «não é muito líquido ou
satisfatório o enquadramento, mas conduz a uma punição sem excesso (a injustiça do critério adoptado pela CD é pela mesma reconhecido)», frisa-se
no acórdão.