Bruno de Carvalho desmentido por advogadoFC Porto utiliza bem os fundos de investimento, reforçou Daniel Cravo. |
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11 de Setembro de 2014, às 10:42 |
Bruno de Carvalho disse em Manchester, durante a conferência Soccerex, que um advogado brasileiro afirmou que o FC Porto "era um exemplo do que não se deve fazer" com os fundos de investimento. O advogado em causa, Daniel Cravo, conta que não foi bem assim.
"Dei o exemplo do Internacional e do Fluminense, que conseguiram títulos usando essa ferramenta, e acrescentei que era também graças ao bom uso da mesma que o FC Porto, por exemplo, conseguia competir contra os grandes europeus", afirmou o brasileiro em entrevista ao jornal 'O Jogo'.
"Tudo que disse foi de forma altamente elogiosa. O FC Porto é, aliás, parceiro na nossa defesa de fundos", esclareceu Daniel Cravo.
Além disso, Cravo confrontou diretamente o presidente do Sporting em relação à Doyen Sports: "Questionei sobre o que o Sporting fez com a Doyen e quis saber se ele não pensa que aquela rescisão de contrato não é um sinal ao mercado de que é melhor fazer negócios com FC Porto e Benfica, que são clubes respeitadores. Ele disse que não tinha nada que me esclarecer", relatou o advogado.
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Rafiki, gabo a tua paciência
Enviado por andre dias a 11 de Setembro de 2014, às 12:01.Rafiki, gabo a tua paciência mas contra-argumentar esta malta, mas é chover no molhado. Não vale a pena. A questão de fundo que aqui se coloca é a seguinte: depois de a banca ter fechado a torneira aos clubes, estes olharam para os Fundos de Investimento como alternativa. Os Fundos até têm um objectivo legítimo: investem em determinado jogador, acreditando na sua valorização, e viabilizam transferências para clubes periféricos que, desse modo, podem competir melhor com os colossos. Só que ninguém sabe (e parece não haver vontade para tentar saber) quem são os rostos desses fundos e de onde o dinheiro é proveniente. Além disso, tal prática viabiliza a mobilidade constante de jogadores, já que quanto mais mudarem de clube, mais os fundos recuperam o investimento feito e encaixam lucros. Só que isto deveria ser melhor regulado e não há grande vontade na coisa. O mau da fita é, claro, o Bruno de Carvalho porque defende a transparência no futebol, coisa que poucos (em Portugal quase nenhum) está interessado. Depois há outra questão de base: os resultados desportivos imediatos. Ao contrário do que o dirigente brasileiro refere, uma boa utilização dos Fundos não resulta da possibilidade de conquistar títulos. O FC Porto até os pode conquistar, mas este tipo de operação coloca em causa a sanidade financeira e médio prazo, já que se valoriza jogadores cuja maioria dos passes não pertence ao clube. E aqui temos um problema cultural. Os adeptos querem títulos, independentemente de que forma seja, e os dirigentes precisam desses resultados para satisfazerem os adeptos (quando o principal objectivo deveria ser olhar para o crescimento sustentado do clube). E mesmo que o endividem, quem vier atrás que feche a porta, pois será sempre recordado como o presidente dos títulos X, Y e Z.
De facto estes artistas
Enviado por Rafiki. a 11 de Setembro de 2014, às 12:08.são tão pobres de espirito que já tive mais paciência para falar destas questões. Mas há que fazer um esforço ;-)
Gostei do teu comentário, e só acrescento o seguinte em jeito de resumo: hoje em dia quem tem um discurso diferente, é passado por Populista. É assim na politica, e é assim no futebol.
Bruno de Carvalho tem muitas batalhas que enfrentar se quer um futebol mais transparente, e dando também mais hipóteses para o próprio Sporting.
Cá ele é populista, lá fora é convidado para falar em público sobre futebol ;-)
Irra!! LOL
Em Portugal será muito
Enviado por andre dias a 11 de Setembro de 2014, às 12:29.Em Portugal será muito difícil. Já o disse anteriormente. Nos últimos trinta anos criou-se uma cultura de gestão do futebol português assente no medo, intimidação, influências, em que os clubes mais pequenos querem ser liderados (para receberem jogadores emprestados dos grandes, face às suas débeis finanças), e os grandes querem liderar a bel-prazer, recolhendo para si todas as receitas, esmagando a competição. Sobretudo FC Porto e Benfica são maiores que o próprio campeonato e não estão dispostos a ceder um cêntimo em prol da distribuição colectiva e na criação de uma "marca" mais forte para a Liga Portuguesa. Pinto da Costa criou a sua rede ao longo das décadas e Vieira não a quer mudar, mas sim dominar. Pior, a gestão Pinto da Costa fez "escola", emergindo dirigentes como Pimenta Machado, os Loureiro (pai e filho), José António Linhares, Luís Filipe Vieira, etc. E, no fundo, os adeptos só querem titulos "no matter how", Até os benfiquistas, fartos de serem enxovalhados por derrotas e humilhações, já pouco se importam se o seu Vieira utiliza o mesmo etilo e rede de Pinto da Costa e FC Porto, que tanto criticam. Bruno de Carvalho é incómodo, por que é do Sporting, primeiro, tem um estilo desafiador (ao contrário dos seus antecessores), está constantemente a ser-lhe dado voz e protagonismo e, não menos importante, coloca em causa poderes instalados. Em Portugal, para os adeptos, não há mentalidade desportiva, mas sim clubistica. Não se gosta de futebol, mas sim de clubes. E seguem os seus líderes como um rebanho segue o pastor. De forma acrítica e para quem os resultados são tudo.
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Enviado por Rafiki. a 11 de Setembro de 2014, às 12:43."Em Portugal, para os adeptos, não há mentalidade desportiva, mas sim clubistica. Não se gosta de futebol, mas sim de clubes. "
Mas independentemente disso, para o próprio Sporting é fundamental um futebol limpo. Pois neste país está mais que visto que não há espaço para que 3 clubes dominem os bastidores, e o Sporting, talvez pela sua cultura de maior nobreza em relação aos outros, está fora desta República das bananas, sendo enxovalhado a todos os níveis. Tem havido erros próprios, mas fora do clube também têm feito de tudo para o prejudicar !
Ou seja: até a nível clubístico (pelo menos para nós Sportinguistas) é fundamental que o futebol português seja o mais transparente possível.