Sejamos honestos, há uma diferença significativa entre Taça dos Clubes Campeões Europeus, dedicado exclusivamente aos campeões de cada país, e Liga dos Campeões, constituída para agregar os melhores clubes europeus independentemente de serem ou não campeões. A aferição é feita pelos rankings dos campeonatos e dos clubes. Apesar do sucesso comercial e do espectáculo que este modelo trouxe não deixou de haver críticas, justas aliás, no sentido de que premiava os maiores e mais ricos clubes europeus e dificultava o acesso e a progressão dos mais fracos e menos abastados. Talvez para querer minimizar essa diferença e para não esquecer a raíz de uma prova que tem como âmago os campeões europeus, avançou-se para esta medida. Mas, em boa verdade, faz pouco sentido. Porque os segundos classificados de ligas como Espanhola, Inglesa ou Alemão são claramente mais fortes que os campeões português, russo ou holandês. Isto é, a vantagem de jogar no pote 1 deixa, ou pode deixar, de existir. É verdade que o modelo vigente não é democrático mas garante algum equilíbrio competitivo. Ao passar o Benfica para o pote 1 e deixar Real Madrid no dois qual a vantagem de estar no 1?