Vitória da Itália no Mundial da Alemanha é o ideal

O estudo nota que «a Itália está em crescimento zero» e que «a sua
retoma permitiria à Europa recuperar alguma vitalidade, também em termos de
procura interna, e compensar os desequilíbrios da economia mundial». O mesmo
documento ressalva que quando ganhou o último Mundial da sua história, em 1982,
em Espanha, a Itália viveu uma duplicação do crescimento económico até 1,4%.
A importância do futebol na economia dos países a nível global é um dado
adquirido e o dito estudo nota que o vencedor do Mundial 2006 poderá «chamar
a atenção geral e contar com relações comerciais e investimentos mais
facilitados com outros países. O futebol facilita os contactos», revela-se
na citada análise. «As estatísticas mostram que cada vez que um país
conquistou a Taça do Mundo, o seu Produto Interno Bruto (PIB) registou um
aumento na ordem dos 0,7 por cento. Relativamente aos mercados financeiros, o
aumento chega a aproximar-se dos dez por cento», escreve-se ainda no
«Economia do Futebol 2006». O estudo, orientado pelo Departamento de Economia do
ABN Amro, nota que em média há 10% de efeitos positivos no país vencedor da
prova e 25% de efeitos negativos no país perdedor. As estatísticas indicam que
na Holanda o consumo de cerveja por habitante incrementa em 13% cada vez que a
Selecção "laranja" participa num Mundial, e em termos globais um sucesso num
Campeonato do Mundo aumenta a facturação do sector turístico e hoteleiro, bem
como as vendas de camisolas, DVD's e bolas, já para não falar dos lucros
crescentes nos bares e cafés, bem como o estado de espírito optimista que
abarca.