Um Collina perverso e o anti-jogo do Porto...

Mais favoráveis são as Crónicas do jogo de outros diários, nomeadamente do
também galego Faro de Vigo.
Este jornal salienta que «o Porto soube segurar a bola para apurar-se com
justiça para a final».
E no madrileno Marca
frisa-se que foi uma «eliminatória nitidamente táctica que se decantou para
o lado luso pelo jogo, pelas ocasiões e pela fé». Com rasgados elogios ao
grupo de Mourinho, o jornal escreve ainda que o FC Porto «disputa cada jogo,
cada bola, como se disputasse a vida». «A sua defesa é rápida e
contundente, sem concessões, enquanto que o seu meio-campo devora quilómetros
sem deixar respirar o adversário», acrescenta-se. «Se a tudo isso
unirmos a qualidade de Deco e de Carlos Alberto e o oportunismo de Derlei, já
têm armado um possível campeão da Europa», conclui-se ainda.

O jornal espanhol El Mundo
fala do «dinâmico e tacticamente impecável Porto de Mourinho» e nota que
«os geniais Deco e Maniche impuseram classe frente a um grupo [do
Deportivo] atemorizado pelo muito que estava em jogo». «O Depor
consumiu-se em impotência, a fogo lento no guisado de Mourinho»,
constata-se.

Na Inglaterra, o site BBC
Sport realça que «a equipa de José Mourinho defendeu soberbamente,
quebrando a maioria dos ataques do Deportivo antes de estes chegarem ao terço
final do terreno e, através da visão de Deco, os campeões portugueses foram
sempre rápidos a utilizar bem a bola quando ganhavam a posse da mesma»,
escreve-se.
Por seu turno o italiano Goalcity.it
refere-se a «um Porto preparadíssimo, quer no aspecto técnico, quer
táctico», enquanto o francês Football365.fr
critica «o nível do futebol praticado» que «nunca esteve à altura do
que esperaríamos de uma meia-final da Liga dos Campeões». Apesar disso, o
site elogia a «boa organização defensiva do Porto», considerando
que «os jogadores do Corunha ofereceram espaços aos portugueses».