Seleccionador italiano também suspeito no caso de corrupção

Neste processo o nome da empresa Gea World, representante de direitos
desportivos que é dirigida pelo filho de Moggi, surge também como recorrente. E
a ligar aparentemente Moggi sénior e Lippi está o facto de o filho do
seleccionador, Davide, ser representado pela Gea. Note-se que esta empresa está
a ser acusada de concorrência desleal, havendo suspeitas de pressões ilícitas e
até de ameaças físicas e psicológicas a jogadores e treinadores para passarem a
ser representados pela Gea.
Este intrincado processo implica também pressões para a escolha de árbitros
favoráveis à Juventus com vista à manipulação de resultados, e há até vários
jogadores de vulto suspeitos de apostas ilegais, nomeadamente o guarda-redes
titular da Selecção italiana, Gianluigi Buffon. Mas o «sistema Moggi», como já se
fala em Itália, implica ainda alegadamente fraude fiscal. As autoridades
transalpinas efectuaram nesta quinta-feira buscas na sede da Juventus e nas
casas de Moggi e de Antonio Giraudo, administrador-delegado demissionário do
clube. Em causa estão neste caso mais-valias suspeitas registadas em Agosto de
2002 pela venda do médio Matteo Brighi ao Parma e ainda o processo negocial pela
aquisição de Gianluigi Buffon ao mesmo clube em 2001.

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