Miguel diz que foi desconsiderado pelo Benfica

SEM MOTIVAÇÃO PARA CONTINUAR NO FUTEBOL PORTUGUÊS
«Primeiro, eram 15 milhões, depois 11, agora parece que são
dez que pedem pelo meu passe», diz ainda Miguel, sublinhando que «para o
ano, se quiserem cinco, os clubes interessados só vão oferecer um
milhão».
Estes argumentos justificam a intenção de querer rescindir unilateralmente com o
clube, até porque o jogador confessa que «neste momento, não t[em] motivação
para continuar no futebol português». Miguel alega que o «aspecto
financeiro» não é a única justificação para querer mudar de ares e diz que
«ao longo destas cinco épocas houve muita gente a dizer-[lhe] para deixar o
Benfica». «Eu recusei-me sempre porque, além de
respeitar e gostar muito do clube, tenho os meus princípios», salienta.
«Mas a partir do momento em que fui desconsiderado, achei que tinha o direito
de agir de acordo com a minha consciência», conclui.
Sobre os rumores que falam de um eventual interesse na sua contratação por parte
do FC Porto, que procura um defesa-direito, Miguel assegura que «em Portugal,
jamais aceitar[á] jogar noutro clube que não o Benfica».

VEIGA ALEGA QUE MIGUEL ESTÁ A SER MANIPULADO
Quanto às razões jurídicas que motivam a tentativa de rescisão por justa causa,
Miguel conta que pediu «o segundo contrato nos serviços do clube, a
pretexto de estar a comprar uma casa, mas essa foi a única maneira de tê-lo em
meu poder», diz. «Antes, só tinha duas folhas e um
aditamento do mesmo», prossegue o atleta, realçando que solicitou também à
Federação Portuguesa de Futebol uma cópia do contrato e que constatou que
«havia vários pontos pouco claros, a começar pela ausência do reconhecimento
notarial». «Por isso, avisei o Benfica de que não
iria apresentar-me sem ver esclarecidos os pontos em questão», nota.
E perante a postura do lateral, o director-geral da SAD do Benfica, José Veiga,
considera que «não é o Miguel que está por detrás desta situação»,
conforme frisou em entrevista à SportTV. O antigo empresário de futebolistas
acredita que o título conquistado pelos encarnados «veio agitar muito as
águas e isto está a ser um reflexo», nota sobre o caso de Miguel. Para
provar que o internacional português está a ser manipulado, Veiga diz mesmo que
«no final da temporada o Miguel recebeu uma proposta de 12 milhões de
euros e recusou», frisa, realçando que «isso mostra que pretende ficar no
clube».

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