Figo e Pauleta anunciam adeus à Selecção

Luís Figo e Pedro Pauleta não voltam a vestir a camisola das quinas. O adeus dos dois jogadores à Selecção portuguesa era esperado e foi confirmado por ambos após a derrota frente à Alemanha (3-1) na decisão do terceiro lugar no Mundial 2006. Numa partida onde o guarda-redes Oliver Kahn vestiu também pela última vez as cores da Manschaft, Pauleta não marcou qualquer golo, somando apenas um nas contas globais do torneio, e Figo jogou menos de 30 minutos devido a um problema físico...
Figo: fiz tudo para dignificar o meu país

Na hora de anunciar o adeus à equipa das quinas, Figo salienta que está «orgulhoso de ter feito parte desta Selecção magnífica», realçando que fez «tudo o que estava ao meu alcance para dignificar o meu país». O jogador que vai continuar a carreira no Inter de Milão aproveita para «agradecer o carinho» dos adeptos, frisando que «nunca deixaram de apoiar esta fantástica equipa».
O capitão diz que agora vai continuar a «torcer pela Selecção» como qualquer adepto e deixa o desejo de «que não tenhamos que esperar 40 anos para ver de novo a Selecção entre as quatro melhores do mundo».
Sobre o facto de só ter entrado na segunda parte do jogo frente aos alemães, Figo explica que apresentava «dores nos músculos» e que por isso Luiz Felipe Scolari entendeu que era melhor poupá-lo.

Pauleta: se não fiz mais foi porque não sabia

O “Ciclone dos Açores” anunciou o adeus à Selecção com as lágrimas nos olhos, salientando que é «muito difícil» e que este «é o dia mais triste» da sua carreira desportiva. «Esse é o meu clube de coração», destaca Pauleta, frisando que «marcar golos pela Selecção é o que eu mais gosto de fazer».
O avançado açoriano refere que deu «tudo nesses 9 anos pela camisola de Portugal», evidenciando que sai com «a consciência tranquila». «Se não fiz mais foi porque não sabia», assegura, confessando que «esperava acabar marcando», mas «pensei sempre no colectivo», nota, desvalorizando o facto de ter marcado apenas um golo neste Mundial.
«Se calhar estou a dar alegria a alguns que não gostam de mim», constata ainda Pauleta. O jogador do Paris-Saint Germain lembra os 47 golos que marcou, afirmando que espera ver alguém quebrar esse recorde.
«Nunca joguei num grande em Portugal, nunca pertenci a certos grupos, nunca tive certos empresários», aponta ainda Pauleta tornando público algum sentimento de injustiça.


Foto: Agência Lusa