Bagão exige garantia bancária de pagamento aos clubes

PARA EVITAR PROCESSO DILATÓRIOS
«Para evitar que tudo isto se transforme em processos dilatórios, e embora a
Liga e a Federação não tivessem gostado, não abdico de uma garantia no valor em
dívida», nota Bagão Félix. O governante pretende que tal documento dê
entrada na Direcção Geral de Finanças antes das eleições legislativas próximas e
que estão agendadas para 20 de Fevereiro.
Apesar de revelar que está intransigente na cobrança do valor em débito, Bagão
Félix admite contudo que «há aspectos relacionados com a evolução das
receitas do totobola em que talvez o estado não tenha feito tudo o que era
possível». Note-se que os 20 milhões de euros pedidos pela Direcção Geral de
Finanças aos clubes respeitam a valores incluídos no âmbito do chamado
«totonegócio» e que não terão chegado aos cofres do estado devido às quebras nas
receitas do totobola. O dinheiro das apostas mútuas pertencente aos clubes foi
desviado ao abrigo daquele acordo para o estado como solução para o pagamento de
dívidas em atraso por parte dos clubes.

No término da reunião com Bagão Félix, o presidente da FPF anunciou ainda que
foram entregues ao ministro «dados que irão ser objecto de uma análise por
parte de uma Comissão Técnica» e que conta sejam usados a favor das
argumentações dos clubes. Gilberto Madaíl espera assim pelos resultados dessas
análises e pela reacção posterior do ministro para tomar uma posição sobre o
assunto.