Aberto o caminho para consumar descida do Gil Vicente

Sócios gilistas decidem futuroA invocação de Interesse Público dos campeonatos por parte da FPF suspende de imediato a providência cautelar que o Gil Vicente conseguiu no sentido de anular a descida de divisão decretada pela Comissão Disciplinar da LPFP e pelo Conselho de Justiça da FPF. As decisões tomadas por estes organismos, de despromover o Gil Vicente e de colocar o Belenenses no seu lugar na primeira Liga, passarão assim a vigorar. Os gilistas ainda podem contestar o Interesse Público das Ligas, mas um eventual recurso não terá efeitos práticos.A LPFP vai agora confirmar os jogos para o próximo fim-de-semana, enquanto se aguarda a posição do clube de Barcelos. Os sócios gilistas vão decidir como deve o emblema agir na quinta-feira, em Assembleia-Geral (AG) Extraordinária. O dirigente dos "galos" João Trigueiros apela na Rádio TSF à participação dos associados, solicitando-lhes que apareçam «em massa» e que «haja serenidade e bom-senso», frisando a importância de «ajudar o clube a sair deste impasse». Na mesma estação Trigueiros nota que é dirigente do Gil Vicente «há volta de 40 e tal anos, perto de 50, e este é o momento mais difícil da vida do clube», refere.A AG do emblema vai realizar-se no Pavilhão Municipal de Barcelos que tem capacidade para acolher 10 mil pessoas.Euro-deputados contra decisões arbitrárias da FIFAEntretanto no âmbito do "Caso Mateus" um grupo de euro-deputados, entre os quais o social-democrata português Silva Peneda, vai pôr a circular em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, um documento apelando à Comissão Europeia que defenda os seus membros daquilo que definem como as «decisões arbitrárias» da FIFA. A declaração refere-se ao caso concreto de Portugal, mas aborda ainda as situações recentes ocorridas com Grécia e Itália, sublinhando que «os actos da FIFA são contrários à Lei da concorrência da União Europeia». Os promotores da iniciativa pretendem que a UE «estabeleça medidas e regras estritas que protejam os Estados-Membros das decisões arbitrárias da FIFA, de modo a ser reconhecida a preponderância da Lei da UE em relação ao código de conduta da FIFA», refere-se na declaração.Susana Valente