Crónica: Jabulani ou como a FIFA arruinou o Mundial...

Então a Jabulani não era matreira para os guarda-redes?? Agora afinal é matreira é para os artistas?? Lol

..que depois vai ser só choradeira.Eu vi o Chile e a bola nos pés de Valdivia e Sanchez não chora.

...controle segundo os patrocionados da Nike e, alguns "jogadores" que possuem dois tijolos ao invés de "pézinhos". A FIFA (J. Blatter) quer somente grandes receitas, um facto que servirá para angariar votos e recanditar o mesmo parasita. Saudações

por acaso já tinha reparado nas dificuldades na recepção da bola, muitas vejes os jogadores têm que colocar todo o corpo à frente da bola para garantir que a apanham...

então se a Coreia do norte consegue trocar a bola a fazer dela o que quer entao porque não Portugal? o problema não é da bola....

...Ou outros tantos para a liberdade Primeiro passo: abrir bem devagar uma garrafa de alcool etilico. Com os dedos a tremer de tristeza tento rodar a tampa da garrafa fria de alcool para a direita e para a esquerda. Pareço indeciso, pareço confundido e sem ideias como os olhos do Professor Queirós, mergulhados em éter para lhe conservar as certezas perante as perguntas incomodas dos jornalistas. Não resulta. Tudo bem, não faz mal, ponho os dentes brancos de raiva a trabalhar e trinco a cabeça da garrafa como se trincasse o pescoço de um treinador com pescoço de avestruz, e carregando nas mãos, encharcadas em toneladas de desilusão, rodo o cu da garrafa em todos os sentidos possíveis, sem sentido. Finalmente consigo o que queria, abrir a garrafa, como quem abre o cérebro humano de um treinador sem ideias. Nos dentes vestígios de plástico misturados com carne esverdeada e visceralmente assustada pelo escarro de noventa minutos de futebol miserável. Segundo passo: juntar a jusante tudo o que é cobarde e que entra em ebulição Escolho um lugar sem escolhos. Sem olhos ou mau-olhado. Um local abrigado pelo braço da mudança e pela gruta em forma de boca, faminta de liderança e de bom futebol. No centro do furacão da revolta junto a madeira oca como cabeças de vento, os paus mandados e tão secos como a idade, os pernas de pau, os egos maiores do que o pilau, o lobo mau, o carapau de corrida, os pernetas aselhas como abelhas tontas, ZZZZZZ, os sonecas, os bigodes de gato, os unhas de fome, os mãos de vaca e os carecas sem palavra. No ar rodopia uma cotovia tardia, um mocho com caruncho e um abutre de latrina. Ouve-se ao longe a trovoada de 10 milhões de intestinos revoltos em surpresa e em cerveja. Terceiro passo: derramar o combustível abundantemente sobre a fogueira das vaidades. Gentil e lentamente deixo a alma de jardineiro tomar conta do meu frenesim. Quero dar de beber a estes tristes de língua seca e queimada, quero aliviar as gargantas inchadas de vedetismo, quero dissolver a placa bacteriana que entope o despertar das palavras, quero fazer despertar as vozes de revolta nas suas cordas vocais duras como gelo. Pego no álcool e rego. Abundantemente… Quarto passo: acender o rastilho Depois de tudo junto e misturado, visto, justiceiro, a batina que o Padre António Vieira vestiu quando fez um Sermão aos Peixes, calço as Sandálias do Pescador e, qual Constantine de Keanu Reeves, acendo um cigarro na poeira do vulcão que me arde nos olhos. Exorcizo os meus demónios e os pandemónios dos outros. Fumo obcecadamente, sorvo tudo à minha volta: más decisões, desilusões, aluviões, alusões, aviões e procissões. Em menos de cinco segundos fico com a beata a arder nos dedos. Nos segredos. Por fim fecho os olhos, misericordioso, balanço o braço, o antebraço e o baço, e sem pestanejar, atiro com a beata para o monte de sucata que tenho à minha frente. Quinto passo: deixar o mundial para quem o merece: as vuvuzelas. Deixar tudo para as varejas! Uma ultima reflexão Dito isto fica-me a decisão: que prefiro? O fim ou o inicio? Será preferível isto ou será preferivel continuar sofrer até ao fim? Acreditar na derrradeira queda ou na quimera e na assunção da primavera? Já decidi. Vou pegar numa borracha e apagar os cinco passos para o abismo. Vou construir um sexto passo: o passo do sonho e da coragem. O passo dos que não desistem. Apesar de Queirós….