Liedson: «Primeiramente sou brasileiro, mas sou português também»

Com uma afirmação dessas já pareces o Roberto Leal...!

ponderadas,obvio que esta brasileirada é tudo menos portuguesa...

Actualmente é isto que sucede. Existe uma grande diferença entre selecção nacional e o agora mais que publicitado clube nacional. A diferença é que enquanto um escolhe os melhores dos melhores formados em Portugal, o segundo defende que possamos "contratar" no mercado, ao invés de formar. Não sou contra as naturalizações. Muito pelo contrário, penso até que com a fraca taxa de natalidade do país, mais tarde ou mais cedo seremos todos dependentes de quem venha para o nosso país, um pouco à semelhança do que aconteceu em França há umas décadas atrás. Se fosse uma questão xenófoba jamais defenderia jogadores como Bruno Alves ou de Roderick Miranda, dois jogadores em que os pais são estrangeiros (pelo menos um dos conjugues, para os mais picuinhas), mas que escolheram o nosso país para se fixarem e criarem raízes. Eu defendo a ideia genérica do Carlos Queiróz, em que uma selecção de futebol profissional, deve ser um trabalho de base que começa com os jovens e acompanha-os até à vida adulta. No entanto, não entendo como pode dizer isso e depois deixar um Makukula de fora das suas opções e, que desde sempre participou nas selecções jovens nacionais. Por mais talento que o Lie4son tenha, e o tem, por mais selecções que optam por naturalizar, e que o fazem, penso que devemos tentar manter os valores de uma selecção e não trazer para a baila a noção de clube. É essa noção que tem destruído, corrompido e descaracterizado todo o futebol nacional e internacional. Vocês já repararam, que hoje em dia, tirando um Brasil, uma Argentina, uma Inglaterra, uma Espanha e uma Itália, mais nenhuma selecção tem um estilo tão próprio? Já nem a Alemanha, a Holanda, a França, entre outras, mantiveram o seu estilo particular. Portugal desde 2004 para cá tem seguido esse caminho e quanto a mim sem necessidade. É certo que fomos um país colonizador e como tal, importamos muito talento das nossas colónias e que com isso também enriquecemos a nível de conhecimento. Mas, há uma coisa que esquecemo-nos muito facilmente: antigamente Portugal não fazia fronteira apenas com o oceano Atlêntico e Espanha. Em África, ensinava-se Português. Em África, ia-se à Missa ao Domingo. Em África, comia-se bacalhau na seia de Natal. Eram os costumes lusos em terras africanas. Com as independências, muita coisa quebrou, mas mesmo assim mantiveram-se e mantêm-se laços que jamais serão quebrados e que nos trouxeram à nossa selecção jogadores como Zé Bosingwa, Rolando, Nani, Makukula, entre outros de 2ª geração. O que é que todos eles tiveram de comum e que por exemplo Deco, Pepe e Liedson, não tiveram? FORMAÇÃO NACIONAL!

"Já tinha um respeito grande pelo Benfica e os torcedores por mim, porque eles sabem que estou no Sporting a fazer o meu trabalho, defendendo o meu clube. A maioria, quando me encontra, diz: 'És um grande jogador, mas estás na equipa errada. Vê se não marcas golos ao Benfica!". Mas são todos sempre muito educados. Hoje sou querido pelos adeptos de todas as equipas em Portugal", conclui. Grande exemplo dado por Liedson. O melhor jogador do maior rival do Benfica afirma ter respeito pelo Benfica. Algo que ficava muito bem a ALGUNS adeptos do clube leonino. Sigam o exemplo de Liedson e aprendam a respeitar o Benfica.